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Notícia

Coisas de Chico Xavier - Episódio envolvendo o empresário José Carlos Mendonça, responsável pela produção dos shows de Roberto Carlos


O empresário José Carlos Mendonça, o Pinga, vai ganhar uma biografia. Quem assina é a jornalista Cássia Cruz, casada com o único filho dele, Erivaldo. Histórias, não faltam. Na contabilidade do homem por trás da Pinga Promoções, números, muitos números. Foram nada menos do que 285 shows de Roberto Carlos, 393 shows de Elba Ramalho, 265 de Chico Anísio, 238 de Fernando Mendes, 137 de Alceu Valença, 123 de Fábio Junior, 136 de Luiz Gonzaga, 80 de Maria Bethania, 76 de Gilberto Gil, 99 de Milton Nascimento, 124 de Ney Matogrosso, entre muitos, muitos, muitos outros no Brasil e exterior.

O empresário ficou conhecido por sua forte ligação com Roberto Carlos, tão estreita que o Rei deixou de fazer contrato por escrito com ele. Não é a única proeza de Pinga, responsável pelas últimas apresentações de Luiz Gonzaga, Mamonas Assassinas e pelos shows de inauguração do Teatro Guararapes (Ney Matogrosso) e Chevrolet Hall (adivinhe? Roberto Carlos). Existem outras, como o fato de absolutamente todos os artistas que trabalham com ele se apresentarem de graça em Propiá, cidade onde ele nasceu.

          O livro traz depoimentos de Tom Cavalcanti, Roberto Carlos e Pelé (Fotos: Reprodução)

É, aliás, Roberto Carlos quem assina a apresentação da biografia, que terá prefácio de Pelé e contracapa de Padre Zezinho. Confira um trecho do livro, em que ele fala sobre seu encontro com Chico Xavier:

Eu, passando por Uberaba, no meio de uma turnê com Roberto Carlos (sempre acontecem as coisas com Roberto Carlos no meio da história), ele me chamou para ir à casa de Chico Xavier. Chegando lá eu vi uma foto muito bonita de Jesus Cristo. Gostei muito da foto e desejei tê-la, mas não pedi, apenas desejei em meu pensamento. Quando estávamos para ir embora, Roberto Carlos me apresentou ao Chico Xavier como Pinga e não como José Carlos Mendonça, mas como o produtor dos shows de Uberaba, Uberlândia, Ituitaba, Ituviara, Goiânia, terminando em Brasília. Isso foi em fevereiro de 1973. Aí o Chico disse: “Meu caro José Carlos Mendonça! Eu tenho um quadro igual àquele e gostaria de lhe presentear”. Eu fiquei flutuando e me arrepio até hoje. Quando ele o trouxe, eu vi e pensei que queria que ele autografasse. E aí o Chico falou: “Você me permite uma dedicatória?” Eu disse sim. Eu ainda tenho esse quadro. Está bem velhinho, quase não dá pra ver a imagem, nem a dedicatória, já são 38 anos. E eu só vim a pegar esse quadro 15 anos depois. Minha mãe disse que havia um quadro para eu colocar na moldura, porque poderia estragar. Parece até que, antes disso, eu estava proibido de comentar sobre isso. Até com Roberto Carlos, ao voltarmos para o hotel, eu não comentei com ele. Só 15 anos após foi que eu começei a comentar sobre isso.”



Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | In: http://www.folhape.com.br/blogfoco/?cat=31
06/02/2012
 


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