“Área Q” é consagrado pelo público na abertura do II Festival de Cinema Transcendental, Brasília |
Um filme humanista, de valores. Um argumento original na história do cinema brasileiro. Representante de um gênero pouquíssimo explorado na cinematografia do país. Enredo que, por trás das aparições de supostos OVNIs nas cidades de Quixadá e Quixeramobim, no interior do Ceará, traz uma mensagem positiva, uma reflexão sobre a nossa atuação no planeta e um chamado para intensificarmos ainda mais a necessidade de mudança e envolvimento. Foi isso que o diretor Gerson Sanginitto, o ator Murilo Rosa e o produtor Luís Eduardo Girão defenderam na entrevista coletiva do filme “Área Q”, que abriu o II Festival de Cinema Transcendental numa lotada sala Martins Penna do Teatro Nacional, em Brasília. Já no hall de entrada, a expectativa e a curiosidade do público eram visíveis. E após as quase duas horas de projeção sucederam-se palmas entusiasmadas e gestos de ovação pouco comuns, comprovando que o objetivo da equipe foi alcançado. Coprodução Brasil/EUA, “Área Q” impressionou pela qualidade técnica acima da média, pela química entre os atores principais Isaiah Washington (da série Greys Anatomy e protagonistas de diversos filmes importantes nos EUA), Murilo Rosa, Tânia Khalil e Ricardo Conti. Misturando drama, comédia e ficção, “Área Q” também coloca a própria paisagem única das duas cidades, grandiosas e misteriosas, como um personagem da trama. Os panoramas sobre as montanhas de Quixadá e Quixeramobim, fundamentais no desenvolver da história, foram favorecidos pelo uso de câmeras Panavision, uma das melhores do mundo. Para Sanginitto, o filme carrega bastante simbologia. Nas locações, nos nomes dos personagem e em cada detalhe. Destacando o cuidado com o aspecto técnico, o acabamento e o próprio trato com os atores, que diferenciam a produção. Murilo Rosa falou sobre sua experiência no set de filmagem: “Uma semelhança entre o meu personagem e as pessoas que eu conheci lá é que são pessoas evoluídas. Evolução não tem a ver com dinheiro, com poder. Tem a ver com pureza, com valores. E no interior, de todo o Brasil encontramos essas pessoas. Gente que não está contaminada pelo excesso de informação que temos na metrópole. E foi um laboratório pra mim, para um personagem que precisava dessa pureza”. Luís
Eduardo Girão, diretor da ONG Estação Luz e
coprodutor do filme, completa: “É uma mensagem de
transição planetária, de cultura de paz, de
renovação, um filme que é muito deslocado de tudo
que já fizemos até hoje pela abordagem. Então essa
mensagem de renovação da vida e respeito ao meio ambiente
é nova nos filmes que falam de OVNIs. Com exceção
de alguns filmes de Steven Spielberg, esse é um viés
único no mundo”. Segundo Girão, a escolha de Brasília para sediar o lançamento oficial de “Área Q” no Brasil – que estará nos cinemas no dia 13 de abril – e o próprio Festival de Cinema Transcendental se dá não apenas pela importância da cidade mas pelo grande histórico da região em relação a temas espiritualistas e a enorme presença de pessoas ligadas à área. A noite de abertura contou ainda com o belo show de Flávio Fonseca, renomado artista brasileiro. Hoje, o II Festival de Cinema Transcendental continua com o lançamento do livro “As Mães de Chico Xavier”, com a presença do autor Saulo Gomes, autografando a obra, a exibição do filme “O Moinho e a Cruz”, do diretor polonês Lech Majewski e o começo da Mostra Competitiva de Curtas. Os ingressos podem ser trocados por 2 kg de alimentos não perecíveis. Programação 2º Dia de Festival - Dia 27 de março 19h – Mostra de Curtas Seja Diferente - Dir. Luiz Vicente Braga (Distrito Federal) - 13min Dona Romana e o grande eixo da terra - Dir. Paulo Rezende (Goiás) - 20 min O Medalhão - Dir. Ricardo Borges (Goiás) - 7 min Sunday - Dir. Fábio Delai/ Renne Castrucci (São Paulo) - 18 min 20h – O Moinho e a Cruz SINOPSE: Flandres (hoje Bélgica), século 17, época da ocupação espanhola. Enquanto constrói o quadro A Procissão Para o Calvário, o artista Pieter Bruegel, o Velho, vai se inspirando em personagens e fatos históricos para compor a sua obra. Judas, um fazendeiro, um burguês se tornam vivos na pintura, assim como uma amiga serve de inspiração para a Virgem Maria. No quadro ele vai expressando as dores, os tormentos, os confrontos religiosos e os fatos que marcaram a vida humana na Idade Média. O FILME: Drama histórico filmado em locações fantásticas na Polônia, Áustria e Nova Zelândia, tendo, sempre, como pano de fundo um gigantesco quadro de Pieter Brugel pintado a mão. Quadro e filme retratam a arte flamenga do século 16.
Ficha Técnica:O MYLOS KAI O STRAVROS/The Mill and the Cross. Polônia, 2011. Diretor: LechMajewski. Roteiro: Majewski, Michael Francis Gibson. Fotografia: Majewski e Adam Sikora. Montagem: Eliot Sem e Norbert Rudzik. Música: Majewski e Josef Skrzek. Elenco: Rutger Hauer (Pieter Bruegel), Charlotte Rampling (Mary), Michael York (Nicolaes Jonghelinck), Joanna Litwin (MarijkenBruegel), Dorota Lis (Saskia Jonghelinck), Oskar Juliczka (Músico) e Marian Makula (Miller). Produção: Lech Majewski/Freddy Olsson/Dorota Roszkowska. Lume Filmes. 92 minutos. Veja os postos de troca de ingressos: FEDF Sede Sudoeste: QMSW 05 Lote 05 – Sudoeste Fone / Fax: 3344 8237 LBV - SGAS 915, lote 74 — Asa Sul Comunhão Espírita Avenida L2 Sul, Quadra 604, Lote 27 Após a realização do festival em Brasília, será a vez de Fortaleza prestigiar a mostra, que acontece na capital cearense entre os dias 9 e 12 de abril. Mais informações: Estação da Luz - (85) 3260-5140 Frisson Comunicação: (61) 3964-8104 Site: www.cinematranscendental.com. Twitter: @ctranscendental Crédito das fotos: Renato Alves Fontes para entrevistas: Lucas de Pádua – Coordenador do Festival Veja fotos do evento em www.facebook.com/media/set/?set=a.312737902125943.76264.278495788883488&type=1 02/04/2012 |
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