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As cartas de Chico Xavier: uma análise semiótica | Cintia Alves da Silva
Resumo: Este estudo tem como objetivo compreender os processos de
construção do éthos, concebido enquanto “imagem” ou “identidade” do
enunciador, nas cartas familiares escritas por Chico Xavier e atribuídas
a “autores espirituais”, sob a perspectiva da Semiótica greimasiana.
Por meio da análise das cartas psicografadas, pretende-se demonstrar
como a sua configuração semiótica (enunciva e enunciativa) permite
caracterizá-las como um tipo de texto em particular, diferenciando-o dos
textos epistolares “típicos”. O córpus analisado é composto de dez
cartas psicografadas publicadas entre os anos de 1973 e 1980, e
atribuídas a três autores: Augusto César Netto, Jair Presente e Laurinho
Basile. Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | Alexandre Caroli Rocha | In: http://cartasdechicoxavier.blogspot.com.br/2012/05/dissertacao-as-cartas-de-chico-xavier.htmlEntre os conceitos que orientam as análises estão os de práticas semióticas, contrato fiduciário, presença e as relações entre éthos e estilo. O percurso analítico deste estudo inicia-se pela definição da carta como objeto semiótico. Para isso, foram adotadas as contribuições de Jacques Fontanille, na aplicação de uma hierarquia de níveis de pertinência semiótica. Essa hierarquia permitiu a delimitação do percurso da carta psicográfica, desde a sua prática geradora até a sua inscrição em outros objetos-suporte. As noções de práxis enunciativa, práticas semióticas e gênero auxiliaram a caracterização do gênero epistolar psicográfico, enquanto objeto produzido no interior da prática psicográfica epistolar. A sua articulação com a prática de edição, em um nível estratégico, revelou-nos de que maneira a intervenção do editor resulta na ressignificação do texto, inserindo-o, assim, no âmbito editorial. Após a análise do córpus, foi possível constatar que o texto epistolar psicográfico é caracterizado por um éthos dual e ambíguo, coerente com os valores que permeiam a prática da psicografia epistolar. Clique aqui para fazer o download do texto na íntegra. 28/05/2012 |
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