JORGE HESSEN | Brasília - DF
ANÁLISE SOBRE AS CRÍTICAS QUE TÊM SIDO FEITAS ÀS OBRAS DE EMMANUEL
Circula pela
internet, e
também em alguns
periódicos
espíritas,
absurdas
críticas à
literatura de
Emmanuel.
Trata-se, sem
dúvida, de
improfícua
tentativa de
desmerecer a
extraordinária
obra do excelso
médium Chico
Xavier e de
entronizar-se a
hegemonia
ideológica
desses agentes
da perturbação.
Não é preciso
fazer um grande
esforço para
identificar
nesses irmãos a
carência de
sensatez, pelo
fato de se
encontrarem
inteiramente
distanciados da
Doutrina dos
Espíritos,
engolfados nas
malhas do
fascínio
obsessivo.
Melancólicos
críticos de
Chico Xavier,
Emmanuel e André
Luiz tais
confrades
permanecem no
torpor
hipnótico,
delirando no
interior de uma
composição
descarrilada que
culminou na
tolice apontada
como "emmanuelismo",
patrocinada por
“espíritas” que
não têm mais o
que fazer de
útil.
Essa ojeriza a
Emmanuel há
muito existe no
movimento espírita, da
mesma forma a
aversão a André
Luiz, desde a
publicação do
livro Nosso Lar.
Recentemente,
deliberamos
assistir a uma
apresentação em
vídeo sobre o
que apelidam de
“Emmanuelismo”.
Vimos, contudo,
não suportamos a
mutilada
pseudopesquisa e
paramos de
assistir para
não obliterar
nosso mundo
cerebral.
Entre as
“preciosidades”
do conteúdo,
afirma-se que
até para os
próprios
“espíritas”
Emmanuel é um
“pseudossábio”.
Não sabemos em
qual fonte
bebericaram para
afirmação tão
incoerente.
Emmanuel: um
pseudossábio?
A fundamental
descrição de
Emmanuel que
fazemos é: ele
nem enaltece,
nem recrimina.
Demonstra,
conscientiza. É
veemente, faz
notar que os que
se recuperam são
incólumes aos
horrores do
amanhã. Por isso
exorta-nos à
reforma íntima.
Nós que o
interpretamos, e
consentimos em
admirá-lo,
deixamos escapar
um grito de
conforto: "Sim,
nós somos
capazes!” Isso é
meio poético,
mas é assim que
sentimos o
benfeitor
Emmanuel.
É evidente que
para um espírita
consciente o
assunto cheira a
discussão
estéril, sem
lógica.
Retrucá-lo pode
ser perda de
tempo, mas,
mesmo assim,
vamos utilizar
um tempinho para
escrever sobre
essa doideira,
lembrando que
teremos o
cuidado para não
esbarrarmos na
mesma faixa de
sintonia.
É risível o
esforço dos
confrades
(reencarnações
tupiniquins dos
ex-científicos
do século XIX)
que consideram
Emmanuel um
pseudossábio.
Quem consideram
sábio? Afonso
Angeli Torteroli?
Ou eles mesmos? Irrisão!!!
Escrevemos com o
propósito de
alertar os
leitores, pois
“conforme as
circunstâncias,
desmascarar a
hipocrisia e a
mentira pode ser
um dever, pois é
melhor que um
homem caia do
que muitos sejam
enganados e se
tornem suas
vítimas".
(1)
Esses irmãos,
sob o guante de
fértil
imaginação e
desnorteados no
raciocínio,
reverberam que o
jovem “católico”
Chico Xavier,
quando teve a
visão mediúnica
daquele que
teria sido o
padre Manoel da
Nóbrega em
pretérita
encarnação, e
que passou a ser
identificado
como Emmanuel,
certificou-se de
que este seria o
seu mentor
espiritual. Com
isso, todo o
processo
mediúnico do
extraordinário
médium mineiro
teria sido
plasmado por um
“misticismo
católico”.
(!?...)
Espiritismo: uma
academia de
expoentes do
“saber”?
Destarte, os
atuais idólatras
de Torteroli
(aquele
“científico” que
abusava da
resignação do
“místico”
Bezerra de
Menezes, no
século XIX)
andam dizendo
que, por ter
sido jesuíta,
Emmanuel impôs
um viés
catoliquizante
ao movimento espírita. Ora,
se esses
companheiros
estudassem com
inteligência os
princípios
espíritas,
identificariam
que o
Espiritismo não
precisou se
catoliquizar com
as sublimes
mensagens do
grande arquiteto
do catolicismo,
o Doctor Gratia,
Aurélio
Agostinho,
ex-bispo de
Hipona, que
ditou dezenas
mensagens
insertas no pentateuco kardeciano. O
importante é a
essência de suas
orientações, que
em nada ferem a
Terceira
Revelação; ao
contrário,
contribuem para
clareá-la ao
fulgor do
Evangelho. "O
Espiritismo é
uma doutrina
moral que
fortalece os
sentimentos
religiosos em
geral, e se
aplica a todas
as religiões; é
de todas, e não
pertence a
nenhuma em
particular. Por
isso não
aconselha
ninguém que mude
de religião.”
(2)
A rigor, o que
está escamoteada
na retórica
desses
aventureiros da
ilusão, sob o
tema “Emmanuelismo”,
é, nada mais
nada menos, uma
restrição velada
ao aspecto
religioso da
Doutrina
Espírita
sustentado
dignamente no
Brasil pela FEB
e abrilhantado
por Chico Xavier
na prática
mediúnica.
Esses
kardequeólogos
“PhD’s de coisa
nenhuma”, longe
do uso do bom
senso, insistem
em divulgar a
“progressista”
tese de que se é
preciso fugir do
“Cristo católico”, do
religiosismo, do
igrejismo no
Espiritismo e
transformá-lo
numa academia de
expoentes do
“saber”, sob a
batuta deles,
obviamente! Isso
só pode ser
chacota!
Jesus: o tipo
mais perfeito,
nosso guia e
modelo
Sob o império
dessa compulsiva
tendência
filosófica, vão
para a internet,
redigem livros,
artigos,
promovem
palestras
inócuas,
aguilhoados às
diretivas
telepáticas das
“inteligências”
sombrias do
Umbral. Mas,
gostem ou não,
queiram ou não,
o Cristo é o
modelo de
virtudes para
todos os homens,
e não foi
Emmanuel quem o
disse, mas os
imortais que
participaram da
codificação do
Espiritismo e o
próprio Kardec.
Não nos custa
lembrar aqui o
que lemos na
questão 625 d´O
Livro dos
Espíritos: “Qual
o tipo mais
perfeito que
Deus tem
oferecido ao
homem para lhe
servir de guia e
modelo?”
Resposta:
“Jesus”.
Comentando a
resposta, Kardec
anotou, em
seguida: “Para o
homem, Jesus
constitui o tipo
da perfeição
moral a que a
Humanidade pode
aspirar na
Terra. Deus
no-lo oferece
como o mais
perfeito modelo
e a doutrina que
ensinou é a
expressão mais
pura da lei do
Senhor, porque,
sendo ele o mais
puro de quantos
têm aparecido na
Terra, o
Espírito Divino
o animava”.
(L.E., item
625.)
Tais confrades
têm-se colocado
como vítimas da
pecha de
afugentadores do mestre Jesus das
hostes
doutrinárias.
Trôpegos,
cavalgam sem
norte,
suspirando a
falácia de que
peregrinam o
calvário do
xenofobismo
contra eles.
Talvez porque,
numa entrevista
cedida a
confrades de
Uberaba, Chico
advertiu: "Se
tirarem Jesus do
Espiritismo,
vira comédia. Se
tirarem a religião
do Espiritismo,
vira um negócio.
A Doutrina
Espírita é
ciência,
filosofia e
religião. Se
tirarem a
religião, o que
é que fica?
Jesus está na
nossa vivência
diária,
porquanto em
nossas
dificuldades e
provações, o
primeiro nome de
que nos
lembramos, capaz
de nos
proporcionar
alívio e
reconforto, é
Jesus". (3)
Jesus: Messias
divino, o
enviado de Deus
Atacam, com o
mesmo propósito,
até a figura do
pioneiríssimo
Olympio Teles de
Menezes,
alcunhando-o de
espiritólico.
As hordas das
regiões densas
são poderosas e
se "organizam",
uma vez que têm,
como meta, a
proscrição de
Jesus dos
estudos
espíritas.
Confrades esses,
aprisionados por
astutos
cavaleiros das
brumas
umbralinas,
atestam que
Kardec escreveu
o Evangelho para
apaziguar os
teólogos,
tentando uma
aproximação com
a Igreja (pasme,
leitor, e
acredite se
quiser!).
Ficam rubros de
fúria quando
leem Kardec, que
afirmou: "O
Espiritismo é
uma religião e
nós nos ufanamos
disso". (4)
Além disso, o espírito São
Luís adverte que
"os espíritos
não vêm
subverter a
religião, como
alguns o
pretendem. Vêm,
ao contrário,
confirmá-la,
sancioná-la por
provas
irrecusáveis.
Daqui a algum
tempo, muito
maior será do
que é hoje o
número de
pessoas
sinceramente
religiosas e
crentes".(5)
O mestre lionês
assevera com
todas as letras
que o
"Espiritismo
repousa sobre as
bases
fundamentais da
religião e
respeita todas
as crenças; um
de seus efeitos
é incutir
sentimentos
religiosos nos
que os não
possuem,
fortalecê-los
nos que os
tenham
vacilantes".
(6)
Para os arautos
da antirreligião
que afirmam ser
"Jesus somente o
emergir de um
arquétipo
plasmado no
inconsciente
coletivo",
lembramos que o
Mestre da
Galileia foi a
manifestação do
amor de Deus, a
personificação
de sua bondade.
E para Kardec, o
célebre pedagogo
e gênio de Lyon,
o Cristo foi um espírito
superior, dos de
ordem mais
elevada e
colocado, por
suas virtudes,
muitíssimo acima
da humanidade
terrestre:
“Pelos imensos
resultados que
produziu, a sua
encarnação neste
mundo
forçosamente há
de ter sido uma
dessas missões
que a Divindade
somente a seus
mensageiros
diretos confia,
para cumprimento
de seus
desígnios. Mesmo
sem supor que
ele fosse o
próprio Deus,
mas unicamente
um enviado de
Deus para
transmitir sua
palavra aos
homens, seria
mais do que um
profeta,
porquanto seria
um Messias
divino”.
(7)
–––––––––––––––––
Referências
bibliográficas:
(1)
Kardec, Allan. O
Evangelho
segundo o
Espiritismo, RJ:
Ed. FEB, 2000,
cap. X, 20:21
(2)
Kardec, Allan.
Revista
Espírita,
fevereiro de
1862 - Resposta
dirigida aos
Espíritas
Lionenses por
ocasião do
Ano-Novo,
Brasília:
Edicel, 2001
(3)
Entrevistas com
Chico Xavier
disponíveis em
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/religiao/espiritismo-sem-jesus.html
e http://www.meumundo.americaonline.com.br/eespirita/espiritismo_sem_jesus.htm
(4)
Kardec, Allan.
Revista
Espírita,
dezembro de
1868, discurso
de Kardec em
reunião pública
realizada na
noite de
01/11/1868, na
Sociedade
Parisiense de
Estudos
Espíritas,
Brasília:
Edicel, 2001
(5)
Kardec, Allan.
O Livro dos
Espíritos, RJ:
Ed. FEB, 2002,
perg. 1.010 (a)
(6)
Kardec, Allan.
O Livro dos
Médiuns RJ: Ed.
FEB, 2000,
Capítulo III, Do
Método, Item 24,
(7)
Kardec, Allan.
A Gênese, RJ:
Ed. FEB, 1998,
XV, item 2.
Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | O Consolador | Ano 6 - N° 282 - 14 de Outubro de 2012 | In: http://www.oconsolador.com.br/ano6/282/especial.html
18/10/2012
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