Nicolas Gisin é, há décadas, um dos maiores físicos quânticos, é um dos autores deste preciosíssimo artigo, deste trabalho. Este trabalho foi publicado na Nature Physics que é uma das mais importantes revistas de publicações científicas do mundo. Este importantíssimo artigo nos traz mais evidências de que "Há muito mais entre o céu e a terra, do que supõe nossa vã filosofia", como disse muito bem William Shakaespere. É como Emmanuel nos fala no prefácio do livro "Nos domínios da Mediunidade", que "os cientistas estão se tornando sacerdotes do espírito, sem o desejarem..." . No artigo abaixo, estes sensacionais físicos a quem muito agradecemos por suas fantásticas descobertas que estão nos ajudando a nos instrumentalizarmos e a nos armarmos com as ferramentas das descobertas que a ciência está nos dando, para com elas fundamentarmos o ESPIRITISMO, sempre dentro de possibilidades e dentro do razoável, no artigo abaixo eles nos falam das conclusões a que estão chegando através da sua ciência, da possível existência de realidades físicas fora do nosso ESPAÇO-TEMPO, fora do nosso universo físico. Esta linha de pesquisa deles, usando a Mecânica Quântica, principalmente a Não-Localidade e o Emaranhamento Quântico, é mais uma evidência a favor da existência destas outras possíveis realidades físicas existentes fora do nosso universo, evidência que se somam a outras evidências trazidas por outras áreas da física como a das pesquisas sobre a existência de universos paralelos, como as das pesquisas sobre o Vácuo Quântico que cria, gera, e sustenta o nosso universo físico, como as pesquisas vindas de outras áreas da Mecânica Quântica que fundamentam a possível existência dos universos, realidades e planos de existências, paralelos, como também as contribuições que a Teoria Cosmológica Inflacionária nos dá e nos leva nesta direção, implicando obrigatoriamente na existência de universos paralelos, e como a teoria da Relatividade Geral de Einstein também faz o mesmo nos levando a considerar como possível, estas realidades físicas paralelas à nossa. Também as pesquisas sobre a existência possível de outras dimenões físicas de espaço nos levam a acreditar que pode existir muito mais coisa além do que vemos e tocamos, e não podemos nos esquecer das pesquisas sobre a matéria escura que apontam também na direção de possíveis universos paralelos. Como já disse Murray Gell-Mann, prêmio nobel de física, a física mais impressionante acontece no INVISÍVEL. Só conhecemos, pouco e relativamente, apenas 4% do nosso universo e o resto, 96% dele, nos é invisível e completamente desconhecido. Então falar da possível existência de realidades físicas além do nosso universo físico, além do nosso espaço-tempo, incluindo aí o próprio conceito de PLANO ESPIRITUAL que o Espiritismo nos dá, não é mais absurdo e não é mais somente assunto e tema de domínio da filosofia e da Religião. É assunto, objeto e matéria de estudos muito sério da FÍSICA MODERNA. Finalizando, quero relembrar o que dois gênios da física falaram e que eu cito muito. Primeiramente Paul Dirac, prêmio nobel de física e um dos principais pais da Mecânica Quântica, que diz que a nossa realidade física é gerada por UM OCEANO DE ENERGIA INVISÍVEL, é uma espuminha desse OCEANO. Em segundo lugar, temos o que outro gigante da física, David Bohm, diz, que a nossa realidade, que ele chama de ORDEM EXPLÍCITA, é gerada por uma realidade mais profunda que ele chama de ORDEM IMPLÍCITA. O que é colocado, apresentado, no texto é que "pode não se tratar apenas de uma teoria mais fundamental, "por baixo" de tudo, mas de uma outra realidade, "por baixo" da realidade do nosso próprio Universo".Dauro Mendes Ferreira Filho ......................................................................
"Influências escondidas" podem existir além do espaço-tempoRedação do Site Inovação Tecnológica - 12/11/2012Pode não se tratar apenas de uma teoria mais fundamental, "por baixo" da Relatividade e da Mecânica Quântica, mas de uma outra realidade, "por baixo" da realidade do nosso próprio Universo.
Físicos estão propondo um experimento que pode nos obrigar a fazer uma escolha entre explicações radicais para descrever a natureza e o comportamento do Universo. Explicações muito mais radicais do que a recentemente demonstrada natureza fundamental das partículas quânticas.Se o resultado do experimento der um cabalístico 7, então o Universo segue as leis da relatividade de Einstein, tudo se move suavemente e a velocidade da luz continuará sendo o limite universal de velocidade - tudo continuará bem familiar.Mas se o resultado superar o 7 - para ser mais exato, se ele chegar a 7,3 - então não apenas os físicos, mas também os filósofos terão que fazer uma convenção mundial para tentar traçar parâmetros para uma forma totalmente nova de pensar o mundo - e superar a velocidade da luz passaria a ser algo trivial.Relatividade versus Mecânica QuânticaO experimento visa responder uma questão que desafia os físicos há um século: qual é a explicação mais fundamental para a natureza do Universo?Seria a Relatividade, seria a Mecânica Quântica, ou haveria algo mais fundamental por baixo de tudo?Observatório desafia física pós-EinsteinO que Jean-Daniel Bancal e seus colegas agora estão cogitando é que pode não se tratar apenas de uma teoria mais fundamental, "por baixo" de tudo, mas de uma outra realidade, "por baixo" da realidade do nosso próprio Universo.Quando duas ou mais partículas ficam entrelaçadas, tudo o que acontecer a uma imediatamente afeta a outra, independentemente da distância que as separe.
Universo não-localA Teoria da Relatividade está longe de ser simples, mas, em um campeonato de estranhices, a Mecânica Quântica ganha disparado.Então, se a natureza quântica do mundo for confirmada, o que isso significaria?Há duas possibilidades.A primeira é confrontar a Relatividade de Einstein e aceitar que é possível mover informações, ou o que seja, mais rápido do que a luz.O problema é que a Relatividade é uma teoria extremamente bem-sucedida, e não é fácil encontrar pesquisadores que a questionem frontalmente. Assim, para muitos físicos, esta seria a possibilidade mais radical.Mas dificilmente se poderia negar à outra possibilidade de explicação do mundo o adjetivo "radical".A opção restante seria aceitar que existe algum processo subjacente - por assim dizer, "fora" do nosso Universo - que tem um efeito sobre o nosso espaço-tempo equivalente a considerar que uma coisa pode afetar outra, independentemente da distância entre elas, em uma velocidade infinita.Seria o efeito borboleta levado ao extremo dos extremos, no sentido de que alguma coisa poderia afetar outra, em qualquer parte do Universo, não como uma cadeia de acontecimentos sucessivos, mas direta e imediatamente.Causalidade quântica questiona sequência de causa e efeitoEstaríamos então em um Universo marcado pelo que os físicos chamam de "não-localidade".Em um Universo não-local, cada pedaço do Universo pode ser conectado a qualquer outro pedaço, em qualquer lugar, instantaneamente - seria algo como a abolição do movimento como fenômeno necessário para interligar dois pontos.É claro que isso desafia a nosso senso comum sobre a realidade, representando uma outra solução radical.Mas os físicos afirmam que é preferível aceitar essa opção do que a comunicação a uma velocidade mais rápida do que a da luz, porque então eles não teriam nenhum outro fenômeno, e os experimentos mostram que nem neutrinos superam a velocidade da luz.Pulsos superluminais ludibriam física para viajar mais rápido que a luz"Nosso resultado dá peso à ideia de que as correlações quânticas surgem, de alguma forma, de fora do nosso espaço-tempo, no sentido de que nenhuma história no espaço e no tempo conseguiria descrevê-las," explicou Nicolas Gisin, da Universidade de Genebra, na Suíça, membro da equipe internacional que está propondo esse desempate entre Relatividade e Mecânica Quântica.Como explicar o entrelaçamento quânticoO experimento propriamente dito consiste em medir as interações não-locais entre quatro partículas quânticas entrelaçadas.O entrelaçamento quântico - ou emaranhamento quântico - já está muito bem demonstrado experimentalmente, sendo utilizado, entre outros, na busca pela construção dos computadores quânticos.Quando duas ou mais partículas ficam entrelaçadas, tudo o que acontecer a uma imediatamente afeta a outra, independentemente da distância que as separe.E, como isso não é teoria, mas realidade, a questão é como elas fazem isso.Aqui também há duas possibilidades.A primeira é que elas "combinariam" de antemão a modificação e, por algum processo desconhecido, saberiam exatamente quando sofrer a alteração. Essa proposta tem sido sistematicamente rejeitada por experimentos que mostram violações da chamada inequalidade de Bell.A outra opção é que as duas partículas trocariam um "sinal" para que uma soubesse que a outra foi afetada, e alterar-se igualmente.Autores da proposta (da esquerda para a direita): primeira fila, Yeong-Cherng Liang e Jean-Daniel Bancal; fila do meio, Antonio Acín e Nicolas Gisin; fila superior, Valerio Scarani e Stefano Pironio.
Influências escondidasO problema é aceitar que esse "sinal" - essencialmente uma informação, que seria usada pela segunda partícula para alterar-se em resposta a uma alteração da primeira - possa viajar mais rápido do que a luz.Por exemplo, se há mesmo uma troca de sinais, no experimento agora proposto, essa informação teria que viajar mais de 10.000 vezes mais rápido do que a velocidade da luz.Então a equipe de físicos que propôs o teste embalou junto uma nova teoria: a de que os sinais não seriam informação, mas "influências escondidas" que não seriam usadas para nada - assim, elas não violariam a Teoria da Relatividade.Se essas influências escondidas existirem de fato, elas poderiam ser deduzidas de um sistema de quatro partículas quânticas entrelaçadas, que estariam conectadas por influências absolutamente fantasmagóricas - de fora do nosso espaço-tempo.É bom lembrar que Einstein chamou o "mero" entrelaçamento quântico de "ação fantasmagórica à distância" - seria interessante saber como ele chamaria essas influências quânticas escondidas, que seria algo como "úteis, mas inservíveis".80 dimensõesMatematicamente, o sistema quântico do experimento proposto é descrito por um objeto de 80 dimensões.A inequalidade escondida - cujo resultado poderá ser até 7, ou até 7,3 - é o limite da sombra que esse objeto de 80 dimensões projeta sobre 44 dimensões.Dimensões evaporam-se na gravidade quânticaO grupo mostrou que as previsões quânticas podem estar fora desse limite, o que significa que elas estariam indo contra um dos pressupostos.Fora do limite, ou as influências não podem ficar escondidas, ou elas devem ter uma velocidade infinita.Entrelaçar quatro partículas é algo já feito por vários grupos experimentalistas, o que torna o teste agora proposto viável em um futuro próximo.Antes, porém, a precisão dos experimentos terá de melhorar para tornar a diferença mensurável.___________________________ Bibliografia: Quantum nonlocality based on finite-speed causal influences leads to superluminal signalling Jean-Daniel Bancal, Stefano Pironio, Antonio Acín, Yeong-Cherng Liang, Valerio Scarani, Nicolas Gisin Nature Physics Vol.: Published online DOI: 10.1038/NPHYS2460
Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | Dauro Mendes Ferreira Filho | In: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=alem-espaco-tempo-influencias-escondidas&id=010130121112
20/11/2012
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