Seguir a Jesus é algo que não conseguimos determinar, ou melhor, priorizar em nossas vidas.
A presença de Jesus na Terra, encarnado, nascido e vivendo entre nós, foi revolucionária, decisiva para toda a humanidade. E não só moralmente. Dia chegará que entenderemos isso.
Essa presença fez com que nossas estruturas íntimas fossem abaladas ao extremo. Ele viveu em uma inversão de valores até então nunca tão enfatizada; valorizou e viveu na humildade.
Como compreender que um salvador anunciado centenas de anos antes nascesse entre os humildes e dominados, sem poder temporal algum, um simples carpinteiro?
Foi obra do acaso? Falta de opção?
Sabemos que não. Foi escolha preponderante dele ao demonstrar um poder que não conhecíamos antes, e bem pouco – ainda – conhecemos agora: o amor incondicional.
Viveu na simplicidade autêntica, quando poderia ter tudo; optou por ser a personificação do amor e da caridade, sem a mínima ostentação exterior. Não escreveu livros ou papiros, mas grafou de forma indelével, em nossos corações, através de sua vida de amor, as lições que – ainda que não queiramos – um dia precisaremos aprender.
Tão forte que dividiu a História. E repito: sem ter praticado ato algum de violência ou acumulado poder ou valores materiais; tão pouco concitou seus seguidores a isso.
Ele traçou um caminho inequívoco para a humanidade, eternamente, através da caridade, simplicidade e amor. Precisamos, urgentemente, segui-lo.
Vale lembrar que essa postura foi percebida, na época, por muitos dos seus contemporâneos, como loucura e, costumeiramente, fraqueza. Fraqueza por não ter vivido sob os padrões mundanos, em que a riqueza e a belicosidade seriam símbolos de fortaleza, poder e, infelizmente, até de nobreza.
O “Filho do Homem” não possuía sequer uma pedra para repousar a cabeça ao final do dia. No entanto, era e é tudo que precisamos “ser”. É preciso que dediquemos mais tempo à compreensão da mensagem cristã, buscando vivenciá-la, sentindo-a nos exemplos da vivência do Cristo. Ele nos mostrou que devemos renunciar ao mundo para ganharmos os “céus”, ou plano espiritual superior, como queiramos entender.
Assim, em Matheus 19: 16-23, o jovem rico aproxima-se do Mestre nazareno e é concitado a doar a suas “coisas”, sua riqueza, e segui-lo, o que – como a grande maioria de nós – não conseguiu realizar. Claramente nos mostrando que enquanto nossa atenção e nosso coração estiverem ligados às aquisições temporais definitivamente não estaremos seguindo o Cristo. E isso independentemente da religião que abraçamos, pois, sem essa mudança de entendimento o “abraço” será apenas exterior, e não interior...
Essa questão é tão forte nos homens, que quando certos missionários vêm à Terra para nos mostrar, iluminar estes caminhos com seus exemplos, vivenciando a renúncia às coisas temporais, são desacreditados, tidos por loucos ou fracos. Assim foi com Francisco de Assis, Madre Tereza de Calcutá, Gandhi, Chico Xavier, dentre outros.
Graças a esses abnegados do Cristo, o íntimo coletivo da humanidade começa a dar sinais de mudança. E percebemos que aqueles que entendíamos como fracos, antes, são, na verdade, a fortaleza de que precisamos.
Uma vida desvinculada da riqueza e do poder temporal, voltada ao amor em ação, ou seja, à tão falada e pouco vivenciada caridade. São exemplos que não passam mais despercebidos.
Chico Xavier foi considerado “O Mineiro do Século” e, há pouco, “O Maior Brasileiro de Todos os Tempos”. Fatos interessantes e importantes. E por quê?
Por ter sido o maior médium espírita? Estudado pela ciência contemporânea, nos EUA e Europa? Por ter psicografado mais de 460 livros?
A verdade é que ele foi eleito, espontaneamente, por ter sido exemplo de humildade, por vivenciar o amor incondicional. E sabemos que, inconscientemente ou não, nele buscamos e encontramos exemplos de vivências que nos possibilitam seguir a Jesus, coisa que nenhum doutor ou catedrático do mundo até agora conseguiu nos oferecer.
Não foram os espíritas que o elegeram, em nenhuma das duas ocasiões. Foi o “povo”, a grande massa que não viu nele o espirita, nele percebeu as “qualidades crísticas”, poucas vezes vistas na história da humanidade.
"Chico Xavier é como um rio desde a nascente/ Ele colhe como quem planta a semente/ Suas margens são prenúncio pro futuro..." Fabio Jr.
Hélio de Matos Corrêa Júnior | Analista de Tecnologia da Informação e voluntário na Instituição Nosso Lar, em Araçatuba. Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | Hélio de Matos Corrêa Júnio
27/05/2013
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