O Espiritismo sempre foi uma Doutrina de vanguarda e que em todos os momentos se posicionou com coerência em defesa da vida e contra todo e qualquer tipo de discriminação.
Muito antes da Lei Áurea, grandes vultos do Espiritismo já escreviam livros abolicionistas, ainda antes de aderirem ao Espiritismo.
Considerando que a Lei do Ventre Livre data de 1871 e a Lei Áurea de 1888, é realmente significante o fato de Antônio da Silva Neto ter publicado o livro “Estudos sobre a emancipação dos escravos no Brasil” em 1866, além de mais dois outros trabalhos sobre o assunto, em 1868 e 1869. Adolfo Bezerra de Menezes foi mais um abolicionista, que em 1869 publicou a “A escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem dano para a nação ”, obra que no mesmo ano foi publicada no jornal “Sentinela da Liberdade”, periódico no qual veio a ser redator.
Outra questão que merece destaque é o pioneirismo das mulheres espíritas, ainda no século XIX. Desejamos destacar aqui cinco delas.
Adelaide Augusta Câmara, mais conhecida como Aura Celeste, é a primeira delas. Nascida em Natal, no Rio Grande no Norte, tendo recebido instrução de qualidade e se formado em professora normalista, chegou ao Rio de Janeiro em 1896. Adelaide começou a lecionar no Rio de Janeiro e através da coluna “Estudos Filosóficos”, publicada por Bezerra de Menezes, no jornal “O Paiz”, conheceu o Espiritismo. Foi sob a supervisão desse benfeitor que Aura Celeste