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Notícia

PODSABER Especial Recordando Chico Xavier #6 - Partida de Pedro Leopoldo já está disponível! Ouça agora!!!





Para ouvir o episódio, clique aqui.


Trecho da entrevista de Jhon Harley à Campina Espírita

"(...) Fale-nos sobre a saída de Chico de Pedro Leopoldo. Segundo o filme de Daniel Filho, isso teria se dado de forma intempestiva, após uma discussão familiar. Teria sido assim mesmo? Ou teria ocorrido uma saída processual? Como biógrafo, o que você tem a dizer sobre isso, já que o livro focaliza o período que culmina com essa mudança?
 
Eu diria que o diretor Daniel Filho usou uma licença poética, porque falar, em duas horas, sobre uma figura humana como Chico é humanamente impossível! Mas o fato histórico não aconteceu daquela forma. Aquela “discussão” em família se deu em 1948 e como era natural ocorreu por que não era qualquer um que conseguiria viver ao lado do Chico, pois ele era intensamente solicitado. A casa, de fato, pertencia à família, mas a irmã estava casada e o marido, que era católico, não suportou o nível de procura por Chico à sua porta. Saindo dessa casa, ele foi para a casa de outra irmã, Maria Luiza Xavier, considerada praticamente a terceira mãe de Chico, com quem ele morou por, aproximadamente, dois anos; depois, nos últimos oitos anos, de 1950 a 1958, ele morou numa residência própria, que ficava nos fundos da casa dessa irmã. Então, a saída dele ocorreu dessa forma e não de modo intempestivo, como mostrado no filme. Porém, várias razões concorreram para a sua saída, dentre elas o desejo de saída manifestado pelo próprio médium, como pude comprovar numa carta que ele escreveu a uma grande amiga da cidade de Matozinhos, D. Hermelita. Ele tinha o desejo de se mudar para Uberaba, sobretudo quando Waldo Vieira tivesse se formado em Medicina. Eles já tinham se conhecido por volta de 1956 e mantiveram uma correspondência, psicografando obras em parceria, em cidades diferentes. Eu diria que o Chico teve que antecipar a saída, não por causa da irmã, mas sim pelas graves acusações de um dos seus sobrinhos – o Amaury, filho de outra irmã, mais velha, aquela que passou por problemas obsessivos e que, involuntariamente, o levou ao Espiritismo, em 1927. Esse rapaz o acusou publicamente de mistificador. O Chico não se defendeu, porque se ele se defendesse atacaria a própria família. Silenciou, mas aquilo o machucou demais. O discurso oficial, narrado pelo próprio Chico, dizia que ele teria saído de Pedro Leopoldo em razão do clima, que comprometia, ainda mais, a sua labirintite. Ele não mentiu, mas também não disse, digamos, toda a verdade. Que clima era esse? Era o clima estabelecido pelo sobrinho. Essa foi a grande razão da saída e, esta, sim, uma saída traumática; ele não desejava sair como saiu. Digo mais, como pedroleopoldense: acredito que ele precisava sair para ampliar suas atividades no campo doutrinário. (...)"
 
 
Ficha técnica

Técnico de gravação: Henrique Lisboa
Design: Thiago Panegassi
Edição: Denis Perdigão
Webmasters: Henrique Lisboa - Marco Gandra
Participantes: Marconi Gomes, Marco Gandra, Dauro Mendes, Guilherme de Barros, Geraldo Lemos Neto, Luis Sérgio Marotta, Henrique Lisboa, Livia Dias, Marco Di Spirito, Silvana Saldanha

 
Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | In: http://www.portalsaber.org/2013/07/podsaber-especial-recordando-chico.html?utm_source=banner-lateral-esquerda&utm_medium=rcx-6&utm_campaign=banner-lateral-esquerda-rcx-6
05/08/2013
 


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