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Notícia

Edição de outubro da Folha Espírita já está no ar!





Edição outubro de 2013


Os principais destaques da edição de outubro da Folha Espírita são:

 As nossas famílias estão doentes?
 A corrupção é o cupim da República
 A modernidade e o individualismo
 Emmanuel, o educador de almas
 A responsabilidade de quem sabe mais
 Candace Pert e a ciência da nova era

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Palestras ao vivo

Aqui você pode acompanhar palestras transmitidas ao vivo do auditório do Grupo Espírita Cairbar Schutel. As palestras são relativas a estudos de livros espíritas e temas variados, e ficam também gravadas para serem assistidas posteriormente.

O calendário de transmissões ao vivo é o seguinte:
Terças-feiras das 19h às 20h: estudo do livro Cristianismo e Espiritismo
Terças-feiras das 20h às 21h: estudo do livro O Dom da Mediunidade
Quintas-feiras das 19h às 20h: estudo do livro O Passe Como Cura Magnética

 Clique aqui para assistir.


Por que medicina e espiritualidade?

Abaixo o pensamento de Marlene Nobre - presidente da Associação Médico Espírita do Brasil (AME-Brasil) e da AME-Internacional, palestrante que esteve presente na jornada da AME-Sergipe, realizada em Aracaju, 18 a 20 de maio de 2012.

Qual o papel das AMEs?

Divulgar o paradigma médico-espírita, sua visão holística da saúde, que considera todos os processos mórbidos como sendo essencialmente mentais, comandados pelo Espírito. Nessa visão integral, compete à alma metabolizar e integrar todos os fenômenos – físicos, biológicos, sociais, culturais e espirituais – que a influenciam.

Mas, além disso, tem procurado também dialogar com colegas do Brasil e do exterior, engajados na mesma causa de Saúde e Espiritualidade, porque entendemos que o médico deve dar exemplo de verdadeiro ecumenismo, respeitando as crenças e descrenças de seus pacientes, para assisti-los da maneira mais ampla e integral possível. Esta compreensão não pode ser diferente em relação às crenças e descrenças de seus próprios colegas. E esta atitude é mais bem compreendida, nos dias de hoje, no âmbito deste movimento abrangente que propõe uma nova medicina para um novo milênio.

Ciência versus religião: novos rumos ao progresso humano

Lamentavelmente, nos últimos quatro séculos, houve um aprofundamento do fosso entre ciência e religião. Ante a atitude religiosa de incompreensão, a maioria das comunidades científicas preferiu demarcar, nitidamente, seu próprio território, distanciando-o dos assuntos vinculados à fé, comumente considerados incompatíveis com os objetivos da ciência. Infelizmente, porém, ao elegerem o paradigma materialista, reducionista como seu pilar de sustentação, alguns cientistas têm se revelado, em determinadas questões, tão dogmáticos e sectários quanto os religiosos.

É lamentável que esta separação entre fé e razão ainda persista porque é extremamente danosa ao progresso humano. Com esse descompasso, há o predomínio do egoísmo e do orgulho, o que favorece o recrudescimento do hedonismo, da violência, da ambição sem freios, dos vícios, da intolerância religiosa e científica, das grandes desigualdades e calamidades sociais. Felizmente, porém, já se constata que, nas quatro últimas décadas, ao lado desta corrente majoritária, cresce o número de “minorias criativas”, conforme previu o historiador Arnold Toynbee, que pensam diferentemente do modelo predominante, e que oferecem novos rumos ao progresso humano.

Estão na base dessa nova visão do ser e do mundo as mudanças conceituais que revolucionaram a Física, desde as primeiras décadas do século XX. Com o advento da Teoria da Relatividade e da Física Quântica, surgiram novos e revolucionários conceitos sobre matéria e energia, que já deveriam ter mudado o paradigma materialista dos cientistas.

A cada dia, mais pessoas enxergam o ser humano de forma integral, corpo e espírito, conectado a uma imensa teia invisível, que engloba micro e macrocosmo. Na área da saúde, essas “minorias” têm trabalhado incansavelmente visando à aliança definitiva entre fé e razão.

Esse movimento novo vem ocorrendo, particularmente, na última década, com a introdução do fator Espiritualidade nos estudos, pesquisas, e na própria práxis médica. O termo Espiritualidade tem sido empregado com a conotação que lhe deu William James, o de sentimento mais elevado, mais nobre, que une a criatura ao Criador. Assim utilizam-no médicos e profissionais da saúde das mais diversas confissões religiosas ou mesmo os que simplesmente creem no Ser Supremo, sem os liames de uma religião formal.

Fonte de pesquisa: Entrevista a revista Cultura Espírita de fev 2012

Editorial outubro de 2013

A modernidade e o individualismo

Segundo Steinberg e Kincheloe (2001), a partir da década de 1950, as condições sociais, econômicas e culturais começaram a alterar-se intensa e velozmente, implicando modificações profundas na família. São exemplos importantes de tal mudança: a saída das mulheres do lar para o ingresso no mercado de trabalho; o aumento significativo e sempre crescente do número de divórcios; o desaparecimento de uma rede comunitária de apoio à educação das crianças; e a recessão econômica, que acarreta o aumento da jornada de trabalho e o incremento do papel da mídia na vida diária das famílias, que se têm tornado cada vez mais intenso.

Há, entre as consequências desse processo, a criação artificial de desejo, no qual os bens de consumo são apresentados e transformados em necessidade real e intensa, e, tão logo consumidos, criam novas “necessidades”, já que os artefatos são rapidamente ultrapassados por novos modelos constantemente criados.

Exemplos desse fato estão espalhados em todos os âmbitos da nossa vida afetiva e prática. Temos necessidade de novos modos de ser e essa necessidade cria uma onda de desejo pelo novo, pois é o novo que nos dá a possibilidade de ser melhor e diferente do outro. Tal é o sujeito pós-moderno: eternamente insatisfeito e frustrado com a realidade, preso na sedução da imagem. Dada a natureza inatingível do último e sendo a produção do desejo incessante, movimenta-se a engrenagem da máquina consumista.

Para Deleuze (1992), está acontecendo a progressiva passagem de uma sociedade disciplinar, conhecida como moderna – caracterizada como uma sociedade de confinamento do espaço e de rotinização do tempo – para uma sociedade de controle – cuja permanência é uma das principais características. A sociedade cria estímulos e atrativos para que se permaneça cada vez mais tempo na televisão, no computador, nos shoppings, nos aeroportos, apelos de um mundo de consumo e diversão. O impermanente roubou lugar dos valores permanentes e não conseguimos ficar conosco e com nossos semelhantes. A permanência, paradoxalmente, acaba sendo a incapacidade de permanecer realmente com a vida e sermos responsáveis
por ela.

Segundo Bauman (2001), ‘ser’, para a realidade atual, significa, hoje em dia, a incapacidade de parar e ainda menos de ficar parado. Movemo-nos e continuaremos a nos mover não tanto pelo ‘adiamento da satisfação’, mas por causa da impossibilidade de atingir a satisfação: o horizonte da satisfação, a linha de chegada do esforço e o momento da autocongratulação tranquila movem-se rápido demais e acabam sendo um fator que impede qualquer tipo de esperança e busca de objetivo. A ilusão moderna anterior, de que há uma ‘luz no fim do túnel’, está desaparecendo. E declina a certeza de que os ideais modernos nos guiariam até uma sociedade ‘boa’, justa, igualitária, fraterna; até uma harmonia perfeita de nossas relações; até uma disposição social finalmente pura, limpa, bonita e perfeitamente ordenada, sem que nada fugisse ao nosso controle, sem que nada escapasse de nossas mãos. O resultado, são comportamentos em que não existe a reflexão sobre os efeitos; as consequências não importam; os atos são desprovidos de implicações maiores; um universo onde o outro é negado e a responsabilidade deixa de ser necessidade. A única responsabilidade refere-se à responsabilidade de suposta emancipação:
a tarefa da conquista da liberdade e da felicidade é deslocada da sociedade para o indivíduo, ou seja, foi privatizada, desregulamentada.

Pós-modernidade

A pós-modernidade marca o declínio da Lei do Pai, cujo efeito mais imediato no social é a anomia, em que a perversão está livre para se manifestar em diversas formas, como na violência urbana, no terrorismo, nas guerras ideologicamente consideradas “justas”, “limpas” ou “cirúrgicas”. A palavra tem origem grega e vem de a nomos ( “a” significa ausência, falta, privação, inexistência; e “nomos” quer dizer lei, norma). Etimologicamente, portanto, anomia significa falta de lei, ou ausência de norma de conduta.A anomia é um estado de falta de objetivos e perda de identidade, provocado pelas intensas transformações ocorrentes no mundo social moderno. A partir do surgimento do capitalismo, e da tomada da Razão, como forma de explicar o mundo, há brusco rompimento com valores tradicionais, fortemente ligados à concepção religiosa. A Modernidade, com seus intensos processos de mudança, não fornece novos valores que preencham os anteriores demolidos, ocasionando uma espécie de vazio de significado no cotidiano de muitos indivíduos. Há um sentimento de “estar à deriva”, participando inconscientemente dos processos coletivos/sociais: perda quase total da atuação consciente e da identidade.

Na pós-modernidade, a perversão e o estresse são sintomas resultantes da falta de lei, da falta de tempo, e da falta de perspectiva de futuro, porque tudo se desmoronou (do muro de Berlin à crença nos valores e na esperança). “Tudo se tornou demasiadamente próximo, promíscuo, sem limites, deixando-se penetrar por todos os poros e orifícios”, diz Zizek.

Nossa sociedade é regida mais do que pela ânsia de “espetáculo”, mas pela ânsia de obter prazer a qualquer preço. Todos se sentem na obrigação de se divertir, de “curtir a vida adoidado” e de “trabalhar muito para ter dinheiro ou prestígio social”, não importando os limites de si próprio e dos outros. Não é sem motivo que os lugares de trabalho em que a competição é mais acirrada, onde não existem limites definidos entre trabalho, estudo e lazer, que encontramos pessoas queixosas, infelizes, frequentemente visitando médicos e hospitais. Se a modernidade prometia a felicidade promovida pedo progresso da ciência ou de uma revolução, a pós-modernidade promete um nada que pretende ser o solo para tudo.

Como se percebe, esta realidade em que vivemos torna cada vez mais banal a vida e nos atira numa relação individualista e potencialmente destrutiva.
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Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora| Nuno Emanuel
15/10/2013
 


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