Chico Xavier no programa Pinga-Fogo na década de 70 Certa manhã fria de outubro de 1971, o médium Francisco Cândido Xavier surpreendeu-se ao ver estacionado em frente à porta de sua casa um possante caminhão.
Dentro de sua carroceria, um “fuscão”, último modelo, de luxo, zero quilômetro. E mais admirado ficou ainda quando o motorista começou a descarregá-lo.
Finda a operação, o homem perguntou-lhe se conhecia e se sabia se Chico Xavier se encontrava em casa:
– Sou eu mesmo! – respondeu-lhe, timidamente.
Sem mais indagar, o interlocutor informou-lhe o motivo de sua presença:
– Pois aqui estão os documentos e as chaves do carro. Uma empresa de transportes pagou-me para trazê-lo e entregá-lo ao Sr.. foi um industrial de São Paulo quem mandou, mas não sei o seu nome. Não adianta me perguntar!
E se foi.
O humilde porta-voz da Espiritualidade Superior por várias vezes balançou a cabeça. Por fim, sorriu e encaminhou-se para seu quarto – ia orar e meditar. O automóvel ficou na rua, abandonado ao sol. Horas depois, chegou o dono do estabelecimento comercial que fornecia gêneros e verduras para a “sopa dos pobres” do Chico. O médium convidou-o para olhar o presente que recebera.
Visivelmente encabulado, indagou-lhe:
– Que tal? Gostou?
–
Magnífico! Extraordinário! Que linda cor! – exclamou o entusiasmado visitante.
–
Leve-o. – falou mansamente o irmão de todos os sofredores e desvalidos. – Você me paga em macarrão para as minhas sopas e sacolas.
O simples e puro Chico, ainda não contaminado pela ganância e pelo egoísmo dos seres humanos, acabava de efetuar um negócio altamente lucrativo: trocara um bem transitório, que as traças consomem e os ladrões roubam, pelo ouro inoxidável da caridade, que nem as traças roem e nem os ladrões roubam.
Cel. Edynardo Weyne
Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | Lia Melo | Imagem in: http://jovempan.uol.com.br/entretenimento
08/04/2014
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