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Em
1971, Chico Xavier submeteu-se a uma entrevista no programa Pinga-Fogo,
da TV Tupi. Através da mediunidade auditiva, conforme declararia mais
tarde, Chico foi totalmente assessorado por Emmanuel em suas respostas. E
a pergunta que nos interessa lhe foi feita nos seguintes termos:
"Eu
queria saber agora o seguinte: os espíritas dizem que os renascimentos
sucessivos da criatura humana têm por objetivo a sua evolução. Outras
correntes espiritualistas, como os teosofistas, os messiânicos, também
dizem que nós estamos no limiar de uma era de grande beleza, a Era de
Aquário, na qual a humanidade será muito feliz. Eu gostaria de perguntar
ao senhor o seguinte: se temos mais de uma dezena de séculos de
evolução, se estamos no limiar de uma era de encontro da criatura humana
consigo própria, como que o senhor explica as violências do mundo atual,
como a guerra do Vietnã, a violência da sociedade de consumo? Isso, a
nosso ver, não representa uma grande evolução da humanidade."
Ao que obteve a seguinte resposta: "Esses
fenômenos todos — diz o nosso Emmanuel que está presente — caracterizam
mesmo o período de transformação em que nós nos encontramos. Diz ele: O
nosso companheiro materialista dirá: natureza. Mas para nós, os
religiosos, natureza é sinônimo de manifestação de Deus. Então Deus cria
a natureza, Deus cria a vida, mas o homem, os homens, ou as mulheres do
planeta são filhos de Deus e podem modificar a criação de Deus. Nós nos
encontramos no limiar de uma era extraordinária se nos mostrarmos
capacitados coletivamente a recebê-la com a dignidade devida. Se os
países mais cultos do globo puderem suportar a pressão dos seus próprios
problemas sem entrar em choques destrutivos, como, por exemplo, guerra
de extermínio, que deixará consequências imprevisíveis para nós todos
no planeta, então veremos uma era extraordinariamente maravilhosa para o
homem, porque a própria automação — diz ele — nos está dizendo que
vamos ser aliviados ou quase que aposentados do trabalho mais rude no
trato com o planeta, para a educação da nossa vida mental, através de
informações sobre o Universo com proveito enorme, proveito incalculável
para benefício da humanidade. Mas isso terá um preço. Será o preço da
paz. Se pudermos nos suportar uns aos outros, amar uns aos outros,
seguindo os preceitos de Jesus até que essa era prevaleça,
provavelmente no próximo milênio, não sabemos se no princípio, se nos
meados ou se no fim, o terceiro milênio nos promete maravilhas, mas só se o
homem, filho e herdeiro de Deus, também se mostrar digno dessas
concessões. Senão vamos aguentar nós todos, talvez com a estaca zero,
ou quase zero, para recomeçar tudo de novo.
***
“Será possível, ainda, em nossa civilização, o homem entrar em contato com civilizações de outros planetas?"
Ao que obteve a seguinte resposta: "Se
não entrarmos numa guerra de extermínio nos próximos 50 anos, então
poderemos esperar realizações extraordinárias da ciência humana,
partindo da Lua. (...) Portanto, não podemos acusar nossos irmãos que
estão se dirigindo à Lua para pesquisas que devem ser consideradas da
máxima importância para o nosso progresso futuro, pois as despesas serão
naturalmente compensadas com, talvez, a tranqüilidade para uma
sociedade mais pacífica na Terra, porque se não entrarmos num conflito
de proporções imensas, é possível que o homem construa na Lua cidades de
vidro — cidades estufa — onde cientistas possam estabelecer pontos de
apoio para observação da nossa galáxia. Tais cidades não
são sonhos da ciência, e com muito sacrifício da humanidade poderão ser
feitas, e com elas poderão obter azoto, oxigênio, usinas de alumínio e
formações de vidro e matéria plástica na própria Lua, e a água será
fornecida pelo próprio solo lunar. Teremos, quem sabe, a possibilidade
de entrar em contato com outras comunidades da nossa galáxia, então
vamos definitivamente encerrar o período bélico na evolução dos povos
terrestres, pois vamos compreender que fazemos parte de uma grande
família universal, pois não somos o único mundo criado por Deus.
Portanto nós precisamos prestigiar a paz nos povos, com a delegação
máxima para a ciência, para que possamos auferir esses benefícios num
futuro talvez mais próximo do que remoto, se fizermos por merecer."