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Notícia

Chico Xavier na intimidade


Minha tia-avó Nair Machado Paschoal foi contemporânea de Chico Xavier em sua meninice na cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Nascida em 11 de abril de 1914, ela era apenas 4 anos mais moça que Chico. Contava-nos ela que costumava levar para o Grupo Escolar de Pedro Leopoldo a merenda que a mãe, minha bisavó Georgina Cândida Machado, fazia questão de enviar aos alunos mais pobres. O menino Chico era um dos que recebiam essa colaboração fraternal e desde então estabeleceu-se entre a família de Chico e os Machado grande afinidade. Temos um trecho de uma carta dele em que ele afirma que minha bisavó Georgina Cândida Machado era a melhor amiga de sua mãe, Maria de São João de Deus.

Muitas décadas depois, num dos chás beneficentes de Chico Xavier, promovidos em São Paulo por sua grande amiga Mercedes, Chico abordou publicamente esse fato, chamando à sua presença nossa querida tia-avó Nair, para lhe ofertar publicamente as rosas de sua gratidão. Esta era uma das características principais da personalidade incomparável do amado Chico: a gratidão! Como ninguém, Chico sabia fazer amigos, respeitá-los, cultivar sua amizade e ser-lhes fiel. Traço próprio das almas justas e generosas como ele.

O pai de Chico, Sr. João Cândido, era vendedor de loterias e sabendo que o filho Chico tinha uma voz e uma afinação muito apreciada levava o garotinho, entre os seus 5 e 9 anos idade para cantarolar, alegrando seus prováveis clientes. Tia Nair nos contava que morria de inveja da voz maravilhosa do Chico e um dia, décadas depois, contou esse fato a ele. Para surpresa sua, Chico lhe confessou: “Nair, minha nega, pois eu morria de vergonha de cantar em público!" – e os dois deram boas risadas.

Passaram-se os anos, Tia Nair casou-se com o engenheiro de Belo Horizonte Sylvio do Couto Paschoal, que, conhecendo, então, Chico Xavier, converteu-se também ao Espiritismo. O casal mudou-se para Cruzeiro, e depois São Paulo, capital, onde tiveram 5 filhos e criaram raízes. Nos finais da década de 1960, tia Nair contou-nos que se afeiçoou a uma cadelinha extremamente gentil, que foi apelidada de Brownie, em alusão à cor de seu pelo amarronzado. De uma hora para outra, Brownie ficou arredia, macambúzia, parou de brincar esfuziante, como era de seu costume, e começou a se esconder pela casa, ora debaixo das camas, ora no alpendre que dava para a Rua Cardoso de Almeida no bairro Perdizes, da capital paulista, onde residiam. Nenhum veterinário conseguiu desvendar o mistério de seu comportamento e a cadelinha permanecia amuada e triste, enfraquecendo-se a olhos vistos. Numa tarde, Tia Nair, cuidando de seus afazeres domésticos, notou que um automóvel havia parado na porta de sua casa, dele saltando alguém, que abriu o portãozinho delicadamente, dirigindo-se à varanda de sua entrada. Acompanhando a cena com emoção, verificou ela tratar-se de Chico Xavier. Para surpresa dela, Chico deteu-se por longo período acariciando o pelo da cadelinha Brownie, como se estivesse ali a prosear com ela. Alheado de tudo em volta, Chico orou pedindo a bênção dos céus em favor do animal. Emocionada e surpresa, Tia Nair abriu a porta, antes que Chico pudesse tocar a campainha, e os dois se abraçaram longamente, com alegria e emoção. Como quem solucionava o problema de imediato, Chico Xavier lhe falou: “Minha boa Nair, a nossa Brownie (ninguém havia lhe contado o nome dela) está tristezinha assim porque ela deseja ter uma prole numerosa. Ela precisa cruzar e ser mãe!"

Dias depois, providenciado o cruzamento de Brownie, era de se ver a sua algazarra alegre novamente!

Geraldo Lemos Neto
Casa de Chico Xavier de Pedro Leopoldo


Enviado por Ismael Gobbo
02/04/2010
 


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