"(...) Certo é que o inolvidável tecelão trazia o seu ministério divino; mas quem estará no mundo sem um ministério de Deus? Muita gente dirá que
desconhece a própria tarefa, que é insciente a tal respeito, mas nós
poderemos responder que, além da ignorância, há desatenção e muito
capricho pernicioso. Os mais exigentes advertirão que Paulo recebeu um
apelo direto; mas, na verdade, todos os homens menos rudes têm a sua
convocação pessoal ao serviço do Cristo. As formas podem variar, mas a
essência ao apelo é sempre a mesma. O convite ao ministério chega, às
vezes, de maneira sutil, inesperadamente; a maioria, porém, resiste ao
chamado generoso do Senhor. Ora, Jesus não é um mestre de violências e
se a figura de Paulo avulta muito mais aos nossos olhos, é que ele
ouviu, negou-se a si mesmo, arrependeu-se, tomou a cruz e seguiu o
Cristo até o fim de suas tarefas materiais. Entre perseguições,
enfermidades, apodos, zombarias, desilusões, deserções, pedradas,
açoites e encarceramentos, Paulo de Tarso foi um homem intrépido e
sincero, caminhando entre as sombras do mundo ao encontro do Mestre
quase fizera ouvir nas encruzilhadas da sua vida. (...)"
Prefácio de "Paulo e Estêvão" | Emmanuel por Chico Xavier
Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | Portal Saber
15/03/2015
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