Artigos científicos apontam para a existência de um mundo espiritual |
Em um momento de tanta baixa-estima nacional, em várias áreas, nosso país pode orgulhar-se de uma coisa: pesquisadores sérios, cientistas em várias áreas, que tentam confirmar, ou infirmar, a existência de fenômenos espirituais. Quem tem capitaneado e congregado grande parte desses esforços é o professor de psiquiatria da Universidade Federal de Juiz de Fora, Alexander Moreira-Almeida, especialista, mestre e doutor em psiquiatria pela USP, hoje provavelmente o psiquiatra que mais entende de espiritualidade, relação mente-corpo, no mundo todo. Tanto é que vem de ser eleito como o presidente do departamento de psiquiatria e religião da prestigiosa Associação Psiquiátrica Mundial (World Psychiatry Association). Alexander também é o presidente da Seção de psiquiatria da religião da Associação Brasileira de Psiquiatria. Ele dirige um núcleo de pesquisas científicas na Universidade de Juiz de Fora (Nupes) voltado exclusivamente para a pesquisa do assunto e hoje, no Brasil, é o principal fomentador dessa veia de discussão, fomentos científicos e trabalho de pesquisa. O Nupes conta, além de revista própria, com um importante canal televisivo de divulgação dos trabalhos (TV Nupes), aulas didáticas, discussões científicas de altíssimo matiz, gratuitas e disponíveis na internet (vide abaixo). Pode-se dizer que o protagonista disso tudo, Alexander, é um verdadeiro gênio (inclusive tive oportunidade de examiná-lo pessoalmente, ahahaha), e, como muitos grandes gênios, de uma bondade e envergadura de espírito condizentes com sua inteligência. Através da Nupes, tive oportunidade de conhecer três trabalhos de alta relevância científica. No primeiro deles (A poesia transcendente de Parnaso de além-túmulo, Alexandre Caroli Rocha, Dissertação de mestrado em Teoria e História Literária, Unicamp, 2001. http://www.hoje.org.br/arq/artigos/parnaso_dissert.pdf) o autor, um cientista literário, destrincha o inexplicável “maior fenômeno da literatura mundial” (citação minha): como um garoto de 17 anos, semi-analfabeto (4º ano primário, em cidadezinha do interior mineiro, Pedro Leopoldo), trabalhador braçal (hortas, ensacadora de algodão, fazenda), arrimo de família (trabalhando o dia todo), quase uma dezena de irmãos para cuidar, órfão, de uma penada só psicografou 100 poetas brasileiros, desde os mais conhecidos (e difíceis , p. ex., Augusto dos Anjos, Cruz e Souza, Olavo Bilac, etc.) até os absolutamente desconhecidos (p. ex. um poeta, sargento do Exército de Caxias, que ninguém conhecia, ninguém sabia que existia, que escrevia poesias e que, por meio do pesquisador literário Elias Barbosa, foi redescoberto em anais e documentos do Exército no século XIX). Ninguém nem tinha ouvido falar do tal sargento, e este provou-se, existia mesmo e era poeta obscuro e bissexto. As poesias citadas no livro Parnaso de além-túmulo não comungam apenas da estilística literária completamente sui-generis de cada autor, mas também da temática, e, o que é dificílimo, de toda a métrica técnica (p. ex., duodecassílabos, alexandrinos, linguajar completamente hermético-esotérico [Augusto dos Anjos], etc). Eu mesmo, que tenho um punhado de títulos universitários, que tenho por profissão ler e escrever, já tentei, durante um mês, reproduzir uma estrofe de Augusto dos Anjos e não consegui. Quanto mais escrever isso com versos do mesmo número de sílabas, com a sílaba tônica em tal ou tal lugar, ou seja, com todo o hiper-tecnicismo que a métrica poética exige (e que Chico Xavier cumpria). Só de um autor para mim foi impossível, imaginem para cem autores!!! Imaginem um garoto de 17 anos!!! Imaginem um rapaz do interior de Minas, braçal, ignorante, arrimo, sem tempo para jogar uma partida de biloca. Pois bem, essa é a tônica do estudo do cientista literário da Unicamp, Alexandre Caroli. Continue lendo. clicando aqui. 18/06/2015 |
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