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Notícia

Homenagem em Portugal — Chico Xavier, 100 anos exemplificando no mundo o amor de Jesus


Por Nuno Emanuel | Portugal

No dia 2 de abril, data dos 100 anos da reencarnação de Francisco Cândido Xavier, o Grupo Espírita Batuíra organizou uma homenagem ao Chico, 100 anos exemplificando no mundo o amor de Jesus. O seminário sobre a magnífica vida e obra da maior antena psíquica do séc. XX decorreu no Auditório da Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa.

Com entrada livre, participaram cerca de 850 pessoas de todas as regiões do país, além de muitos brasileiros, um casal espanhol e uma sra. inglesa. A Livraria da Editora Verdade e Luz registrou muita procura de livros da Doutrina, sobretudo de Chico e Kardec. O evento trouxe até Portugal personalidades que conviveram intimamente com o Chico ao longo dos anos. Com a apresentação de Marta Rosa e Cátia Pargana, a cerimônia abriu com 3 temas musicais pelo Coro Audite Nova de Lisboa.

As palavras iniciais de Marlene Nobre recordaram-nos as visões de Chico da rainha Santa Isabel, sua protetora desde o início da sua mediunidade. Foi a conselho dela que ele começou a distribuir pães, mesmo que tivesse poucos. Foi relembrada a oferta de João Xavier Almeida (ex-presidente da FEP) da medalha de homenagem/convite a Chico para o 2º Congresso Espírita Mundial em Lisboa (1998). Nessa ocasião, Chico, agradecido e sensibilizado, fez uma saudação aos portugueses, gravada em sua casa. A Prece do Servidor, de Emmanuel, na voz e nas mãos de Chico, foi a prece de abertura desse seminário.

Perfil de Chico Xavier

O 1º orador foi o Dr. Weimar Muniz de Oliveira (Presidente da Associação Brasileira de Magistrados Espíritas). Durante décadas, ele e a esposa, D. Cleuza, foram amigos diletos de Chico. O autor traçou o Perfil de Chico Xavier, em biografia resumida. A palestra foi interrompida pela emoção e tensão de Weimar. Alguns assuntos que pretendia abordar e que com tanto trabalho preparou: Chico e a arte; no campo da mediunidade; Maria de São João de Deus, sua mãe; a humildade de Chico; o caso Langerton; Chico e Jesus; natureza do espírito de Jesus; Chico, mensageiro do Senhor; União e unificação; Liderança e sabedoria de Chico; Chico na Índia e Gandhi; o Perdão sob a ótica de Chico; aspecto religioso do Espíritismo; o apóstolo do Milénio, mineiro do séc. XX, maior brasileiro da História.

Atualidade científica na obra de Chico

De seguida, a Dra. Marlene Nobre, amiga íntima de Chico Xavier desde 1958, falou sobre Revelações e Instruções Científicas na Obra Chico Xavier – Emmanuel. Começou com algumas reflexões de Chico Xavier sobre a necessidade da renovação interior e abordou assuntos como: visão integral do ser; constituição do ser humano; propriedades da Luz; revelações sobre o pensamento; Biologia celular e molecular; Processo reencarnatório; Bioética; a Dor – Carma; origens das doenças (etiopatogenias e corpos sutis); Infecções, depressão e cancêr; revelações sobre a glândula pineal; a casa mental; Transtornos mentais (desgastes da impaciência e tristeza); Terapia complementar espírita; Fonoaudiologia (estudo da voz; cólera; gaguez e diplofonia); Perdão e saúde; Cura – perdão das ofensas; Terapia complementar Espírita (anamnese); poder do amor; Mediunidade (conselhos da mãe de Chico) e progresso humano; Humildade - imunologia eficaz.

Cartas-mensagens consoladoras

Conrado Gonçalves Santos, em representação de Paulo Rossi Severino, amigo pessoal de Chico, trouxe-nos Mensagens que consolam e comprovam a vida após a morte. O livro “A vida triunfa” de Paulo Severino (em parceria com a AME São Paulo) é um estudo sobre a mediunidade do Chico, que prova a autenticidade das mensagens recebidas pelo médium, com demonstração dos dados corretos referidos nas psicografias recebidas pelo médium, alguns dos quais, em muitos casos, eram desconhecidos dos próprios parentes encarnados.

O orador explicou como decorriam as entrevistas aos familiares encarnados de um total de 45 casos, apresentando 8 casos de jovens falecidos. Referiu como eram as reuniões públicas onde as cartas-mensagens foram recebidas e o método de pesquisa para explicar as mensagens, num estudo estatístico com apresentação de gráficos das pesquisas efectuadas. Falou da fundação do jornal mensal “Folha Espírita” de São Paulo e de casos nele publicados. Denominador comum nas mensagens é a solicitação do desencarnado para a sua família da adoção de pensamento positivo, trabalho construtivo e conformação. Outra conclusão de “A vida triunfa” é que Chico também triunfou!

Casos inesquecíveis

Após o almoço, Rubens Germinhiasi esteve Relembrando Chico Xavier. O orador foi amigo de Chico Xavier durante mais de 40 anos e estava em Uberaba no dia da desencarnação do médium, em 30 de junho de 2002. No momento de despedida, escreveu um texto emocionado - que partilhou com o auditório - descrevendo os acontecimentos e as homenagens dos amigos e da população. Durante a exibição em vídeo do funeral de Chico (ao som de Nossa Senhora, de Roberto Carlos), o público português associou-se às palmas de quem participou no cortejo fúnebre, produzindo um belo efeito na sala como se também estivéssemos lá.

Rubens relatou vários casos inesquecíveis vividos junto de um homem simples e bom, que estava sempre bem disposto, transmitindo as suas lições de sabedoria num clima de paz e de fraternidade. Deixou uma mensagem de esperança de Chico: “Jamais deixarei os meus filhos órfãos.”

Adelino da Silveira foi convidado, mas não pode vir por razões de saúde. Conviveu durante muitos anos com o seu amigo e mestre, “uma luz refletindo o próprio Cristo.”

O maravilhoso mundo literário de Chico

O ator e cantor Rolando Boldrin subiu ao palco e falou da sua participação em “A Viagem”, em 1975 - premiado como melhor ator interpretando um médium, o Dr. Alberto. A primeira telenovela que abordou um tema espírita no Brasil teve assessoria de Herculano Pires e baseou-se em Nosso lar/E a vida continua. Rolando relatou uma reunião das principais personagens da novela com Chico e na qual Emmanuel deu uma mensagem de estímulo.

Depois, interpretou versos e sonetos de figuras da poesia portuguesa e brasileira, psicografados por Chico Xavier. De Parnaso de Além-Túmulo: À morte e Deus, de Antero de Quental, Três estrelas, de João de Deus; Brasil, A crucificação e O livro, de Olavo Bilac. De Cornélio Pires: Parentesco e Reencarnação, e Herança do Além.
De forma sentida e bem-humorada, contou histórias (‘causos’ engraçados) com conteúdos espirituais, de autores brasileiros (Guimarães Rosa/Catulo da Paixão Cearense) e falou sobre a influência de Cornélio Pires (que conheceu quando era criança) na sua carreira artística. Rolando cantou três músicas de sua autoria: Eu, a viola e Deus, Amor de violeiro e Vide-Vida-Marvada. Com letra psicografada de Noel Rosa e música de Hervê Cordovil cantou Vila Isabel do espaço.
De seguida, os oradores Marlene, Conrado e Rubens responderam a perguntas e dúvidas do público sobre diversos temas. A prece de encerramento foi Pai Nosso, do espírito Monsenhor José Silvério Horta, constante do Parnaso de Além-Túmulo e proferida por Marlene Nobre.

Campanha Chico Xavier: um pão, um gesto de carinho

No final, a distribuição de pães em nome de Chico Xavier e da rainha Santa Isabel, que continuou no dia seguinte. A organização fez o convite para a participação na campanha Chico Xavier: um pão, um gesto de carinho. Em Marlene Nobre ecoou o apelo de Chico: “Há algo pelo qual eu gostaria de ser lembrado, a forma como comecei: distribuindo pão a quem tem fome.” Daí partiu a sugestão dela: “Era preciso seguir-lhe os passos. Vamos distribuir o pão material e o pão da alma”.

Foi assim que a equipe do GEB/Associação Frei Fabiano de Cristo, à qual se juntaram todos os oradores do seminário (incluindo o Dr. Weimar já restabelecido e D.Cleuza), iniciou de manhã a preparação de alimentos e vestuário. Na prece, Marlene Nobre referiu que os pães também simbolizam a visita a presos, pessoas doentes, idosos, sem abrigo e demais desamparados, bem como simples gestos de bondade que qualquer um de nós pode fazer todos os dias.

O destino foi o bairro dos Navegantes em Porto Salvo, um bairro social carente, com pessoas de diversas origens e muitas crianças. Assim que a equipe chegou ao local da distribuição ouviram-se os primeiros acordes do “Parabéns a você!” cantado em coro pelas pessoas do bairro. A população pensava que a Associação fazia anos e preparou essa surpresa. Mas não. Quem faria 100 anos no dia anterior?

Perto do final, quando da distribuição de rosas em nome da rainha Santa Isabel, uma senhora do Bairro, ao recebê-las das mãos de Marlene Nobre, pergunta-lhe de forma subtil e inspirada: “Rosas em janeiro, Senhora?” Surpreendidos, ela conta-nos que conhece bem a história da Rainha Isabel e D. Dinis (reencarnação anterior de Batuíra), que questionou a sua esposa após ela transformar os pães - que discretamente distribuía - em rosas.



Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz - Serviço Editorial
07/04/2010
 


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