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Notícia

Espírito de Freitas Nobre, em psicofonia por sua esposa Marlene Nobre, relata a chegada de Francisco Cândido Xavier no plano espiritual


"Saudades, gratidão e reconhecimento. Em 30 de junho de 2002, a pátria espiritual acolhia em festa um apóstolo do Cristo, Francisco Cândido Xavier, nosso querido Chico Xavier.

Meus amigos, sabemos que as indagações são muitas na tentativa de decifrar o que aconteceu no dia 30 de junho último. Como observador privilegiado, posso dizer que houve uma verdadeira epopéia, por assim dizer indescritível, entre o Céu e a Terra, como costuma acontecer quando um missionário vitorioso deixa a crosta terrestre.

Na verdade, colocávamos-nos na qualidade de observador emocionado, não de todo isento, portanto, tendo em vista que é muito grato sabermos que retorma para o "lado de cá" alguém tão querido e que sempre ocupou um lugar muito especial em nossos corações. Mas posso dizer-lhes que as caravanas eram muitas, sendo a principal delas, a que mais me impressionou, a da latinidade, tendo à frente Léon Denis, constituída de todos os que foram pioneiros na difusão do Espiritismo na Europa e nas Américas. Esta, sem dúvida, foi a mais iluminada, mais majestosa, em virtude de termos companheiros de todos os países representados. Ligava-se ela, diretamente, a Jesus, que não víamos, mas cujo facho de luz, de profundidade e largura impressionantes, perdia-se de vista, e mal podíamos acompanhar!

Sabíamos que era o Cristo, mas não tínhamos condições de divisar-lhe a presença, apenas perceber-lhe, palidamente, a grandeza. Vinha o Senhor buscar o servo, o apóstolo, que cumprira integralmente a majestosa tarefa.

De todos os lados, dos mais diversificados planos da Espiritualidade, de todas as faixas etárias, a alegria era a mesma – um só coração, um só agradecimento. Faixas iluminadas, contendo saudações de boas-vindas, estendiam-se ao longo do caminho. Senhoras do povo acenavam lenços muito brancos das janelas do Infinito, sem que pudéssemos mensurar a quantidade.

Os jovens que se comunicaram por seu intermédio, às centenas, formaram uma cornucópia de luz em agradecimento ao servidor humilde, que atravessava agora, passo a passo, a multidão, a estender-se em um raio muito grande, a perder de vista, seguindo sempre na luz do Cristo.

De onde me encontrava, vi o abraço de luz de Bezerra de Menezes, de Emmanuel, André Luiz, Humberto de Campos e de tantos outros amigos. Vimos os comunicantes do "Parnaso de além-túmulo", embora muitos já estejam reencarnados - os que permanecem trouxeram uma lira iluminada, representando a poesia e a música permanentes do Infinito. Podíamos ouvir os cânticos de rara beleza que expressavam o agradecimento e o louvor ao Senhor pelo êxito da tarefa realizada.

Soube que no instante do desenlace estavam junto dele D. Maria de São João de Deus, Cidália, José Xavier e muitos outros parentes e amigos dos idos de Pedro Leopoldo, mas não acompanhei, diretamente.

Com certeza, agora, nos páramos de luz onde se encontra, Francisco Cândido Xavier, o nosso Chico, poderá prosseguir, aliás, já está prosseguindo, nos mais extraordinários planos para a renovação da Terra. Planeta ao qual ele tem se dedicado, com tanto empenho, como servo fiel de Jesus.

Enfim, entre cânticos de alegria, lenços brancos, acenos, beijos, luzes, tivemos de volta o missionário do Senhor, que continua tão humilde quanto antes! E estava de tal modo iluminado que percebi, claramente, o seu desejo de apagar as próprias luzes para que não se apercebessem de sua grandeza.

Sem dúvida, tristeza na Terra, mas alegria nos Céus. Já era tempo de que o planeta não lhe pesasse tanto à alma abnegada, embora saibamos que não será a mesma coisa sem a presença física dele. Mas ninguém está abandonado do amor divino e as falanges superiores vão se desdobrar para que a transição que tem de ser feita preserve as obras do bem e os corações sinceros que procuram modificar-se a si mesmos, modificando, para melhor, a paisagem do mundo. Agradecemos a oportunidade de tê-lo conhecido e fazemos votos de que continue sempre firme nos ideais que abraçou.

Sim, meus amigos, de certa forma eu continuo jornalista, e foi nessa posição que me encontrei neste dia de muita emoção. Os jornais aqui são diferentes, mas continuam a sair. E as pessoas, nos pontos mais distantes tomam conhecimento deles, sem que transite papel, fato que todos agora podem compreender melhor dada a realidade da comunicação eletrônica cibernética em nosso planeta.

Nesses últimos dias, estivemos trabalhando, incansavelmente, para noticiar tudo aquilo que vimos e recolhemos, naturalmente, sob o nosso ângulo de observação, assim como vejo, satisfeito, que a Folha Espírita refletiu de certa forma esta passagem e deixou-a marcada com um suplemento especial.

Agradeço a você, Paulo, à minha companheira e a todos os colaboradores a continuidade do jornal e a luta pela sua difusão, que representa, para nós, uma linha de combate, uma oportunidade de expansão da luz, com a divulgação dos princípios da nossa Doutrina. E nós sabemos o quanto será importante, sobretudo, daqui para a frente, toda e qualquer elucidação que se faça dos princípios doutrinários, porque, sem eles, a humanidade não conseguirá sobrepujar os precipícios que ela própria escavou há milênios. Tenho certeza de que atravessarão os períodos ásperos com muita fé, muita coragem. Agradecemos a Deus a oportunidade que estamos tendo de trabalhar em conjunto. Felizes com o retorno do servo fiel de Jesus, aqui estamos na continuidade de nossas tarefas, na esperança de que o Brasil possa realmente ser o "coração do mundo e a pátria do Evangelho". Que Jesus nos abençoe a todos.

Freitas Nobre


(Mensagem recebida psicofonicamente por Marlene Rossi Severino Nobre, em 10/7/2002, em reunião do Grupo Espírita Cairbar Schutel.)





José Freitas Nobre com Chico Xavier e sua esposa Dra. Marlene

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José de Freitas Nobre (1921-1990)

José Freitas Nobre nasceu em 24 de março de 1921, em Fortaleza, Ceará. Aos 15 anos foi para São Paulo. Levava consigo um livro editado sobre a revolução acreana, "A epopéia acreana", e inúmeros artigos publicados em jornais. Assim que chega vira manchete do "Diário da Noite", com o título de "Garoto prodígio escreve a história do Acre". 0 menino cearense surpreende a grande cidade com o seu brilho precoce. Era a primeira vez que São Paulo se rendia à inteligência de Freitas Nobre, mas não seria a última. Mais tarde, a cidade adotada o reconheceria como o seu legítimo representante, elegendo-o vereador, vice-prefeito e deputado federal.

Começava a sua carreira de jornalista. Trabalhou nos Diários Associados, Última Hora, Folha da Manhã e 0 Cruzeiro. Sua preocupação em defender os direitos da categoria levou-o à vida sindical. Por três vezes, foi presidente do Sindicato dos Jornalistas e por duas ocasiões, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (1950).

Advogado, formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, lecionou Direito da Informação e Legislação dos Meios de Comunicação na Escola de Comunicação de Arte, da USP e na Faculdade Gaspar Líbero.

Além de vários livros de História e Direito editados no Brasil e no Exterior, publicou algumas obras doutrinárias: "0 transplante de órgãos à luz do Espiritismo", "A perseguição policial contra Eurípedes Barsanulfo", "0 crime, a psicografia e os transplantes" e também dirigiu, apresentou e organizou a coleção Bezerra de Menezes, publicados pelas Editoras 0 Clarim e Edicel.

Foi fundador e "durante 16 anos editou a FOLHA ESPÍRITA, o primeiro jornal doutrinário a ganhar as bancas de jornais do país, trazendo uma nova linguagem e um novo direcionamento para a imprensa espírita (...)

(Transcrito em parte da Folha Espírita, São Paulo, SP, texto de Miriam Portela.)

"Foi vice-prefeito de São Paulo de 1961 a 65, na gestão de Prestes Maia (PSB). Em 1968, filiou-se ao MDB, mantendo-se em sua liderança na Câmara dos Deputados durante cinco anos. Teve quatro mandatos.

Como advogado e jornalista, escreveu 22 livros, entre os quais: "Lei de informação" (1968), "Le droit de repouse" (1970), "Imprensa e liberdade", "Os princípios constitucionais e a nova legislação" (1987), "Anchieta, o apóstolo do Novo Mundo".

"(...) Como espírita, ocupou a tribuna de inúmeras entidades, levando a informação doutrinária em palestras, congressos e simpósios. Foi autor de dois projetos na Câmara em favor do Esperanto - um, para a introdução do Esperanto nas escolas; outro, visando a que o Esperanto fizesse parte das línguas optativas nos exames vestibulares, junto com o inglês e o francês (...) e deu apoio à fundação do Grupo de Esperanto dos alunos da USP." Foi ele quem abriu no plenário da Câmara dos Deputados o Congresso Mundial de Esperanto, realizado em Brasília em 1983.

"(...) Na época em que foi escolhido "como vice-prefeito no segundo mandato de Prestes Maia conhece Chico Xavier e inicia-se uma longa amizade.

"Durante as reuniões públicas da Comunhão Espírita Cristã, de Uberaba, Chico recebe uma mensagem de Emmanuel destinada à Freitas Nobre. Nela, Emmanuel falava de sua longa tarefa de pacificação do Brasil. E Chico acrescentou: "Dr. Nobre, Emmanuel está dizendo que o senhor será chamado a atuar em época muito difícil para o nosso país, quando haverá, inclusive perigo de derramamento de sangue. Primeiramente o Brasil caíra muito à esquerda, depois à direita, e finalmente caminhará pelo centro, até encontrar seu verdadeiro destino. Haverá turbulência nesses períodos de mudança e o senhor atuará como pacificador, evitando confrontos e radicalizações.

"Era maio de 1962. 0 país ainda se refazia da renúncia de Jânio Quadros, Jango Goulart é deposto e os militares tomam o poder. Instala-se a Ditadura. As previsões de Emmanuel começam a se concretizar.

"Freitas afasta-se da política e vai para Paris (1964) (...) onde, sob a orientação de Fernando Térrou, realiza na Sorbonne doutorado de Direito e Economia da Informação."

"Em 1968, já de volta ao Brasil, recebe novas mensagens, através da mediunidade de Chico Xavier. Desta vez o emissário é Bezerra de Menezes, que lhe envia notícias, comunicando-lhe que seria reintegrado aos quadros políticos."

"Longe da política, assumiu as funções de advogado (...) e voltou a atuar em diversos órgãos de imprensa, como Jornal da Tarde, Diário do Grande ABC, revista Imprensa e TV Gazeta. Em 1972, foi incluído na lista de "Cassação branca" da Universidade de São Paulo, à qual retornou com o término do seu mandato de deputado federal pelo empenho do reitor José Goldemberg e do governador Franco Montoro. Reintegrou-se na USP por concurso, conquistando os graus de Livre Docente em 1968 e Professor Titular em 1990.

"Nesses 16 anos de atividade parlamentar, Freitas Nobre cumpriu a tarefa de pacificar a nação (...) e pelo fim do arbítrio. Durante todo esse período, Bezerra de Menezes manteve, através de Chico Xavier, uma correspondência permanente com o deputado. São cartas, bilhetes, recados, estreitando ainda mais a amizade entre os três.

"Foi um dos parlamentares da luta pela anistia, pela legalização dos partidos de esquerda, pelo restabelecimento das eleições diretas, pela convocação da Assembleia Constituinte. (...) Depois de rápida passagem pelo PDT, ele participa da criação do PSDB.

(Transcrito em parte do Correio Fraterno do ABC, São Bernardo do Campo, SP, texto de Altamirando Carneiro.)

"Desencarnou no dia 19 de novembro de 1990, em São Paulo, de insuficiência respiratória aguda. Seu corpo foi velado na Câmara Municipal de São Paulo, onde políticos, jornalistas, amigos e parentes lhes prestaram a última homenagem. 0 presidente do PMDB Ulisses Guimarães lembrou que Freitas era o trabalhador incansável, sempre um dos primeiros a chegar e um dos últimos a sair nos trabalhos da Câmara.

Estiveram presentes os companheiros de Doutrina e amigos da Federação Espírita do Estado de São Paulo, da USE, do O Clarim, da Rádio Boa Nova, de Guarulhos (SP), da Amesp - Associação Médico-Espírita de São Paulo, além de outros representantes de grupos espíritas.

No dia 19, também os anônimos, os humildes, os injustiçados estiveram presentes ao salão da Câmara Municipal. Foram agradecer, despedir-se do seu representante político.

José Freitas Nobre era casado com a Dra. Marlene Severino Nobre e deixa quatro filhos. Dra. Marlene é médica, professora da USP e diretora da Associação Médico-Espírita de São Paulo (Amesp).

(Transcrito em parte da Folha Espírita, São Paulo, SP, texto de Miriam Portela.)

Tribuna Espírita - Abril/Junho de 1991



A linha de frente do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) na Comissão Mista do Congresso que discutiu a lei de Anistia em 1979:
Freitas Nobre, Ulysses Guimarães e Paulo Brossard (da esquerda para a direita)






Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | Nuno Emanuel | SP | Via Facebook | Imagem P&B in: http://www2.uol.com.br/historiaviva/noticias/anistia_em_debate_na_sala_de_aula.html
09/07/2015
 


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