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Notícia

Esboço do perfil de Jesus Cristo




Jesus retratado como "O bom pastor" – Vitral em St. John Ashfield, Sidney, Austrália (Wikipedia)


Por Weimar Muniz de Oliveira


Quantas vezes me surpreendo, absorto, na impossível e ilusória tentativa de desvendar a grandeza e a sublimidade do maior protetor e amigo da humanidade terrestre, Jesus, o Cristo.


Ciente de sua indescritível posição espiritual, por mais que rebusco em nosso latino idioma, “Última flor do Lácio, inculta e bela (...)”[1], não encontro palavras adequadas para qualificá-lo, por mais brilhantes, suaves e melífluas sejam!

Eu sei que tu compões a “(...) comunidade dos espíritos puros e eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias”![2]


Eu sei, querido Mestre, que és o nosso governador planetário, e que foste o seu arquiteto há 4,5 bilhões de anos e que, desde então, o modelas e pastoreias o teu rebanho de mais de 20 bilhões de almas, corpóreas e incorpóreas!


Eu sei, Senhor, que antes que o mundo fosse tu eras!


Sei, também, Mestre, que vieste ao mundo para trazer, ensinar e exemplificar um novo e definitivo paradigma, único propício à transformação e à redenção da humanidade terrena, a começar por teu nascimento numa manjedoura, quando poderia ter sido num palácio!


2 – Quantas hosanas, Mestre, se ergueram em teu louvor!


Quantas obras d´arte! Na escultura, na arquitetura, na pintura, na literatura e na música universal, Senhor?


Nesta última, a quinta essência das artes, quantos insígnes compositores te homenagearam, Mestre?


Ora é Ludwig Van Beethoven, com “Missa Solemnis”; ora é Amadeus Mozart, com a “Grande Missa” (“Great Mass”); ora, Antônio Vivaldi, com “Gloria, Gloria”; ora, Georg Friedrich Haendel, com a “Aleluia”, do “Messias”; ora é Jean Sebastian Bach, com a “Alegria dos Homens”; ora, Georg Philipp Telemann, com “A Paixão segundo S. Mateus”! E assim por diante.


Nas artes plásticas, na pintura e na escultura, ora é Leonard Da Vinci, com “A Última Ceia” e “O Batismo de Cristo”; ora é Michelangelo Buonarroti, com a “Capela Cistina” e “Jesus e seus Discípulos”; ora, Antônio Francisco Lisboa (o “Aleijadinho”), com o “Cristo carregando a Cruz” e o “Profeta Daniel”, ambos expostos no Santuário de Bom Jesus de Matosinhos/MG, etc.


Nos lamentos da poesia, ora é João de Deus, poeta português, ora Cruz e Souza e Fagundes Varela, vates brasileiros! Ora é William Shakespeare; ora, Dante Alighieri; ora é Victor Hugo; ora, Luiz de Camões, entre outros, todos eles para alçar-te a dimensão!


Na ciência, na religião e nos demais setores do conhecimento, ora é Albert Einstein; ora é Léon Hippolyte Denizard Rivail; ora, Mahatma Gandhi; ora, Albert Schweizer, para citarmos apenas alguns dos mais recentes, todos eles, Senhor, para exaltar-te a grandeza!

 

3 – E este relato não teria fim, Senhor!


E no que tange aos Evangelhos, quantas obras em teu nome, Mestre? Nenhuma biblioteca do planeta comportaria todos os títulos que sobre o teu nome e teus feitos até hoje se escreveram!


E quem sou eu, Senhor, para fixar-te o retrato? Trata-se, aqui, tão-somente de um leve e obscuro esboço!


Já que da quinta essência da arte sou apenas ouvinte e admirador, não tendo como aqui reproduzir uma cantata em teu louvor, não obstante a inegável irmandade rítmica entre ambas – música e poesia –, permite-me, Mestre, servir-me, em frente, da doçura da sempiterna musa, em dois rútilos sonetos, um brasileiro e o outro lusitano.

 

 

O Senhor vem

 

Auta de Souza[3]

 

E eis que Ele chega sempre de mansinho.

Haja sol, faça frio ou tempestade,

Veste o manto do amor e da verdade,

E percorre o silêncio do caminho.

 

Vem ao nosso amargoso torvelinho,

Traz às sombras da vida a claridade,

E os próprios sofrimentos da impiedade

São as bênçãos de luz do seu carinho.

 

Como o sol que dá vida sem alarde,

Vem o Senhor que nunca chega tarde

E protege a miséria mais sombria.

Ele chega. E o amor se perpetua...

É por isso que o homem continua

Ressurgindo da treva a cada dia.

 

 

Mão divina

 

Antero do Quental[4]

 

A luz da mão divina sempre desce

Misericordiosa e compassiva

Sobre as dores da pobre alma cativa,

Que está nas sendas lúcidas da prece.

 

Se a amargura das lágrimas se aviva,

Se o tormento da vida recrudesce,

Aguardai a abundância da outra messe

De venturas, que é da alma rediviva.

 

Confiando, esperai a Providência

Com os sentimentos puros, diamantinos,

Lendo os artigos ríspidos da Lei!

 

Os filhos da piedade e da paciência

Encontrarão nos páramos divinos

A paz e as luzes que eu não alcancei.

 

 

4 – Para encerrar, com a intenção de, palidamente, também homenagear o nosso divino governador planetário, Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus, permito-me transcrever reflexão de meu livro “Perdidos no tempo”:[5]

 

     ?

 

Se não fosse tua doutrina

que consola, que ensina...

 

Não fosse teu Evangelho

desde o infante ao mais velho...

 

Se tu não fosses, Senhor,

o que seria do amor?

 

Se tua doutrina não fosse,

não fosse teu Evangelho,

que seria do moço e do velho?

 

O que seria do amor

se tu não fosses, Senhor?...

 

 



[1] Olavo Bilac –“ Poesias”  – Livraria Francisco Alves – 2.4. ed., 1952, p. 262.

[2] “A caminho da luz”–  FEB – Brasília – 34. ed., Cap. I, p. 17.

[3] “Parnaso de além-túmulo” – ob. citada, p. 181.

[4] Idem, idem, p. 97.

[5] Belo Horizonte: Editora Itapuã, 2013, p. 26.








Enviado por Giovani Guimarães | Vinha de Luz Editora | Weimar Muniz de Oliveira | Goiânia | GO | Imagem in: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cd/StJohnsAshfield_StainedGlass_GoodShepherd-frame_crop.jpg
14/08/2015
 


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