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Notícia

Francisco de Assis e Francisco Cândido Xavier: dois Chicos, o mesmo médium do Cristo




Em "A Caminho da Luz" no capítulo Francisco de Assis, Emmanuel informa-nos: "… Por isso, um dos maiores apóstolos de Jesus desceu à carne com o nome de Francisco de Assis. Seu grande e luminoso espírito resplandeceu próximo de Roma, nas regiões da Úmbria desolada. Sua atividade reformista verificou-se sem os atritos próprios da palavra, porque o seu sacerdócio foi o exemplo na pobreza e na mais absoluta humildade. A Igreja, todavia, não entendeu que a lição lhe dizia respeito e, ainda uma vez, não aceitou as dádivas de Jesus."
No livro “Kardec prossegue” Adelino da Silveira pergunta a Chico Xavier : Você poderia nos dizer se Francisco de Assis era a reencarnação do Apóstolo João Evangelista? Chico Xavier responde : "Grande comunidade dos nossos companheiros espíritas cristãos admite essa realidade. Nós também acreditamos que a elevação de São Francisco de Assis foi a continuidade da Obra de João Evangelista na divulgação da Obra do Cristo em todo o mundo, especialmente na vida ocidental. Creio que o assunto exposto é a expressão da verdade."

No obra do médium mineiro “Chico Xavier, 100 anos de amor”, estudemos a mensagem de Bezerra de Menezes (pelo médium Chico Xavier) que traça o paralelo das missões de Dois Missionários: Francisco de Assis e Allan Kardec: “ (…) E estamos em outubro, com a necessidade de lembrar dois heróis do Cristianismo: Allan Kardec e Francisco de Assis. O primeiro foi explicador dos ensinos do Mestre e o segundo foi aquele que soube vivenciar o Evangelho. (…) São estes missionários, recordados agora, em 3 de outubro, nos anos 1869 e outro em 1226. A distância no tempo não lhes desfigura a grandeza e apresentamos o assunto para convidar-vos à fidelidade, ao trabalho, à tolerância e à persistência.”
Também a 3 de outubro, mas de 2012, Chico Xavier foi eleito “O Maior Brasileiro de todos os tempos” pela SBT. De forma análoga a Bezerra de Menezes, Jhon Harley que conviveu com Chico desde 1981 diz com todas a propriedade: “Kardec foi o codificador e Chico foi o exemplicador.

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No livro “Universo e Vida” (FEB, 1979), o espírito Áureo pela psicografia de Hernani T. Sant`Anna diz que “Isaac, que seria Daniel e posteriormente João, o Evangelista. Isaac é o filho de Abraão que quase foi sacrificado a Jeová, que depois renasceu novamente com Profeta – Daniel.

Haroldo Dutra Dias sublinha que a descodificação para a simbologia do Apocalipse de João, está toda explicada pelo Profeta Daniel no seu livro apocalíptico... A obra “Francisco de Assis” (1982) do espírito Miramez pela psicografia de João Nunes Maia (amigo de confiança de Chico) reitera que Francisco de Assis é a reencarnação do apóstolo João.

A obra de Chico Xavier também evidencia que João Evangelista é Francisco de Assis e que João Huss é Allan Kardec. Alguns até admitirão que Chico Xavier tenha o perfil psicológico de Francisco de Assis mas não o de Kardec. Aliás esse é praticamente o único “argumento” daqueles que têm a certeza absoluta que Chico não pode ser Kardec, como se tivessem conhecido os dois na intimidade….

Há mais de 150 anos que a Revista Espírita de Kardec evidencia que a persona João Huss que tem um perfil mais próximo de Chico. Há mais de 78 anos que a obra de Chico demonstra que falar de personalidades diferentes neste assunto, não faz o menor sentido…

Quem diria que Kardec tem personalidade semelhante a Francisco de Assis/João Evangelista e podem ser o mesmo espírito? Chico Xavier como sempre responde através das suas obras. Em 31 de março de 1938, 39 anos após a desencarnação de Allan Kardec, duas comunicações de Emmanuel e Casimiro Cunha pela psicografia de Chico Xavier na mesma sessão comprovam que Allan Kardec é João Evangelista.

1 - Excerto de poema de Casimiro Cunha na biografia de “Chico Xavier - Mandato de amor”, compilada por Geraldo Lemos Neto:
"(...) Guarda o discípulo amado No templo do coração. Ele foi o mensageiro do Espírito da Verdade (...)"

Ao estudar em conjunto o Novo Testamento, as obras de Kardec e de Chico, elas comprovam de forma coerente que o Discípulo Amado é João Evangelista. Mensageiro do Espírito da Verdade é o codificador Allan Kardec, logo...
2 - E para não deixar dúvidas, Emmanuel reitera no mesma sessão comemorativa ao desenlace de Allan Kardec, na União Espírita Mineira, nessa sessão de 31 de março de 1938. O mentor da obra mediúnica de Chico dedica a mensagem a "O Discípulo Amado" (Cap. 29 da obra “Deus conosco”) e diz de forma explícita:

“(…) A personalidade do discípulo amado de Jesus, que foi Allan Kardec, foi lembrada por vós com as mais doces comemorações. Sim. A grande figura do mestre deve ser evocada. (…)"

O que isto implica? Pela diversas evidências em várias fontes seguras das ligações entre estas personalidades como pertencentes ao mesmo espírito, cai pela base o argumento superficial de que Chico Xavier não pode ser a reencarnação de Allan Kardec porque as personalidades são incompatíveis... Como se quem deu essa sentença proibitiva pudesse subir de nível para avaliar todas as características reencarnatórias, a evolução e as diferentes missões de um Espírito Apóstolo do Cristo.

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Em 2010, no final da palestra “As vidas de Allan Kardec” na Associação Espírita de Lagos - Portugal, Maria Julieta Marques reflecte sobre 2 novas informações sobre reencarnações de Kardec:

“Estávamos fazendo um trabalho sobre Chico Xavier num grande envolvimento espiritual. De repente uma grande emoção tomou conta de mim. Diante de mim apresentou-se a situação. Repudiei e rejeitei…. De imediato entrei em contacto com amigos mais íntimos de Chico Xavier pela internet (…). Que Allan Kardec foi Chico Xavier nós aceitamos. Mas há 2 vidas do nosso Chico, do nosso Kardec… e essas 2 vidas estão sendo já pesquisadas também. Terá ele sido João Evangelista e Francisco de Assis!...
E a resposta que recebi (lê a carta):

“Sim, querida Julieta. Quanta emoção ao receber as tuas palavras. Quem toca a verdade por caminhos próprios ela tem sabor diferente. Não foi a carne quem to revelou, mas a bondade infinita de Deus, que está nos céus e em toda a parte. Nunca ninguém te falou sobre o Poverello de Assis e no entanto tocaste a verdade dos fatos. Quando psicografei o romance medíunico da autoria do espírito de Theophorus cujo título é Inácio de Antioquia, chorei copiosamente todas as vezes que aparecia o personagem João Evangelista, porque identificava nele a figura do nosso Amado Chico Xavier. Todos sabem que João Evangelista voltou depois como Francisco de Assis. É nosso Chico, sim Julieta! E foi Deus quem to revelou esta verdade sublime por acréscimo de misericórdia e como justo prémio do teu livrinho de luz (referência ao livro “Chiquito”/Vinha de Luz).

Não comentarei mais nada hoje, deixando-te a co-autoria desta revelação…”

Carta de Geraldo Lemos Neto
Geraldinho confirma e desenvolve a revelação: “Quando eu psicografava o livro "Ignácio de Antioquia", durante os 18 meses (entre 2004 e 2005), o espírito Theophorus escrevia os capítulos e algumas vezes mostrava-me as cenas para que eu as compreendesse e tivesse mais condições mediúnicas de retratá-las com fidelidade. Quando o espírito comunicante me mostrava as cenas nas quais aparecia o Apóstolo João Evangelista, preceptor e mentor de Ignácio de Antioquia e Nestório [Emmanuel], eu mediunicamente deslumbrado com aquelas visões somente enxergava a presença inequívoca da personalidade de Chico Xavier na pele de João Evangelista. Muitas vezes parava a psicografia para chorar de emoção, e não raras vezes as páginas originais se molhavam com minhas lágrimas.

Sem entender a princípio aquelas visões, mais tarde o próprio espírito de Irmão José, através do médium Ivanir Silva, com quem trabalhava aos sábados na Fraternidade Espírita Cristã Francisco de Assis em Belo Horizonte, sem que eu houvesse de antemão tocado no assunto, veio espontaneamente confirmar que minhas visões espirituais, mostrando o passado do I século da Era Cristã eram verdadeiras e que de fato João Evangelista fora uma das encarnações de Chico Xavier.

Geraldinho conclui “Desde o centenário de Chico Xavier tenho falado disso em público, a começar do 37º MIEP - Movimento de Integração do Espírita Paraibano (2010) onde me encontrei com Severino Celestino, que na ocasião, de público contou um sonho que teve com Chico Xavier lhe mostrando que tinha sido Francisco de Assis.”

No 6º Encontro Nacional dos Amigos de Chico Xavier e sua Obra (em Pernambuco,12/10/2013) no Severino Celestino reitera a revelação que Francisco Cândido Xavier é a reencarnação de Francisco de Assis, em belo testemunho da sua vivência https://www.youtube.com/watch?v=2ddLHLqcedI

No livro "Chico Xavier - Mandato de Amor" (organizado por Geraldo Lemos Neto e editado pela União Espírita Mineira), Chico diz: "Respeito os estudos do Apocalipse mas ainda não tenho a largueza de pensamento para interpretar o Apocalipse como determinados técnicos o interpretam e situam."

Como Chico Xavier é a reencarnação de João Evangelista, quem melhor do que o próprio médium para revelar o significado das visões que teve acesso em Patmos, interpretando-as de acordo com as suas vivências e sabedoria dos mentores espirituais?

Tal como Allan Kardec não reconheceu que foi Platão e João Huss, Chico Xavier não reconheceu que foi João Evangelista, Francisco de Assis e Allan Kardec. Se Chico tivesse apresentado a sua real identidade espiritual, como teria reagido a Igreja Católica sobre a sua vida e obra, se mesmo se ocultando alegadamente em Flávia (a menina leprosa de “Há 2000 anos”) foi tão perseguido pelas trevas?

E se dissesse que era São Francisco de Assis em vez da alegada Lucrezja di Colonna, como reagiria o Vaticano? Em todas as perguntas maliciosas sobre a Igreja Católica que fizeram a Chico - tal como os fariseus faziam ao seu Mestre Jesus – o médium sempre respondeu de forma sensata, demonstrando seu respeito pela instituição que o acolheu até à adolescência.

E se Chico dissesse que era Allan Kardec, como teria reagido o movimento espírita repleto de pseudosábios com seus preconceitos de vária ordem (racial, sexual, etc…), e atavismos de correntes religiosas e filosóficas onde estagiámos durante séculos? Como dizia Chico a amigos íntimos, pertencem “à turma que filosofa muito e faz pouco!...”

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Do livro “Chico Xavier, o médium do pés descalços” de Carlos Baccelli da Vinha de Luz Editora

Capítulo 44 - Estigmas nos pés

Chico era extremamente reservado. Não falava de si, evitando qualquer situação que pudesse colocá-lo em destaque. Vivia repetindo: "Eu sou um cisco", e acreditava, com sinceridade, que o fosse.

Ele protagonizou todos os fenômenos mediúnicos que, em nossa atual conjuntura evolutiva, podemos conhecer. Era comum, por exemplo, que de seu corpo emanasse perfume de flores, ou que o ambiente em que estava se inundasse de cheiro de éter!

Naqueles dias que vamos descrever, antecedendo à chamada Semana Santa, Chico estava se locomovendo com maior dificuldade que nos demais dias. Penalizado, cheguei a lhe sugerir uma cadeira de rodas. Ao que me respondeu:

— Baccelli, se aceitar a cadeira de rodas, depois eu não caminho mais...

Os seus pés estavam muito inchados e não cabiam dentro dos sapatos. Visivelmente, haviam se transformado em duas bolas, protegidos por grossas meias de lã. Quando caminhava, ele parecia estar pisando em feridas.

Recebendo em nossa casa, eu e Márcia, a visita do casal amigo Lineu e Elenir Meirelles, de Niterói, comentamos com eles a nossa preocupação. No dia anterior, ambos haviam estado com Chico mais reservadamente e, então, nos relataram o que puderam constatar.

Descalçando os sapatos, que estava utilizando como se fossem chinelos, e tirando as meias, o médium permitiu que Lineu e Elenir lhe testemunhassem o fenômeno dos estigmas nos pés: sobre o peito de cada um, uma chaga se havia aberto!

— Esses dias todos, — explicou-lhes Chicoeu tenho pensado muito em Jesus e, de tanto pensar nele, no episódio de seu sacrifício na cruz, essas duas feridas apareceram em meus pés... Peço a vocês não dizerem nada a ninguém. Poucos seriam capazes de entender. Eu não sou nada...

E desatou a chorar, enxugando as lágrimas que lhe escorriam do rosto com as golas do surrado paletó que vestia.

Por seu imenso amor a Jesus, à semelhança de outro Francisco, o de Assis, Chico também fora estigmatizado!

E apenas permitiu que pouquíssimos ficassem sabendo.

Capítulo 79 - Ainda a questão dos estigmas de Chico

Temos conosco cópia de um depoimento escrito e assinado por Josyan Courté, datado de 9 de agosto de 2009, da cidade de Itatiba, Estado de São Paulo. Josyan, durante muitos anos, na companhia de outros amigos de São Paulo, frequentou a Comunhão Espírita Cristã e a casa de Chico Xavier, em Uberaba. De certa maneira, privou da intimidade do médium. É um estudioso do Espiritismo que, até hoje, continua atuante em suas atividades doutrinárias. A sua palavra, portanto, é merecedora de crédito e nela confiamos, porque pudemos testemunhar o carinho e o respeito com que Chico sempre o tratou.

"Na madrugada de uma terça-feira (...) dia 09/08/1966 - escreveu de próprio punho -, Francisco Cândido Xavier recebeu a transposição dos sinais dos espinhos da coroa do Cristo em sua própria cabeça.

O fenômeno podemos nomear como incorporação de sinais e marcas do Cristo (estigmas). O fato não é novo na historiologia dos cristãos. Francisco de Assis, Rita de Cássia, Verônica Giuliani, Gema Galgani, Maria Madalena de Pazzi, entre tantos outros, conhecidos ou não, receberam, em parte ou na totalidade, esses estigmas da configuração extrema do Cristo no Calvário.

(…) O certo é que o Chico já estava de pé, respondendo a enorme correspondência que lhe era enviada do Brasil e do mundo. Suspendia por alguns instantes o seu trabalho para nos cumprimentar e perguntar a respeito de todos, e enquanto íamos descansar prosseguia trabalhando.

A viagem rotineira, que efetuamos em 09/08/1966, se fizera diferenciada. Na estrada, fomos surpreendidos por violento temporal na divisa dos Estados de São Paulo e Minas, o que nos obrigou a parar, após a travessia do Rio Grande, em local denominado 'Delta'.

A parada foi providencial, pois, logo à frente, momentos antes, ocorrera terrível desastre, envolvendo uma carreta e um auto que vinha em sentido contrário. Felizmente, sem vítimas fatais, somente danos materiais. A viagem atrasou até ao amanhecer. A ventania e a chuva depositaram na funilaria do carro folhas e flores multicoloridas, que aderiram à pintura. Limpamos o parabrisa e os vidros para prosseguir...

O amanhecer descortinou um céu azul, sem nuvens, extremamente limpo.

Bandos de garças muito brancas voavam a grande altura, na direção que deveríamos seguir...

O rádio do carro passou a sintonizar maravilhosa e desconhecida música, cuja harmonia traduzia sem palavras um hino de alegria pela bênção de mais um dia... Nunca mais ouvimos nada igual ou parecido. Intenso perfume de lírios impregnou o interior do veículo, inclusive as nossas roupas.

Essa grande convergência de felizes coincidências começou a nos emocionar.

Quando nos aproximamos da casa do médium, já era manhã muito clara, radiante de sol.

Chico estava na calçada, junto ao portão, vestindo um terno branco, que usava raramente, rodeado de crianças que se dirigiam, por certo, à escola. Conversava com os pequenos e olhava na direção em que deveríamos surgir, como a nos aguardar... Recebeu-nos com a afabilidade de sempre, e quando lhe relatávamos o motivo do atraso sorria levemente, como se já soubesse de tudo.

O carro estava ainda coberto com as flores que agregara e o aroma lirial invadia tudo e todos.

Reparamos que o Chico usava um gorro na cabeça, muito justo, que cobria desde a testa até a nuca. Naquela manhã não sabíamos ainda o que ele pretendia ocultar. Nas terças-feiras eram realizadas reuniões no lar dos irmãos João e Lázaro, em periferia distante. Esse era um dos outros motivos de nossas idas a Uberaba.

Os nossos irmãos de fé, João e Lázaro, eram dois velhinhos que habitavam humilde choupana e que dependiam dos donativos do Chico para sobreviver. Quem daria trabalho àqueles braços velhos e cansados?

Foi para o ancião João que perguntei se ele sabia desde quando o Chico mantinha coberta a cabeça.

Ele respondeu-nos no linguajar simples e sincero: "Onte não tava, não..."

(...) Os estigmas surgiram pela primeira vez naquela data distante para desaparecer em seguida. Retornariam mais tarde, de forma definitiva, obrigando o médium a ocultá-los em sigilo absoluto. Muito mais tarde, décadas após, os sinais surgiriam também nos pés. Escrevo-te, meu caríssimo benfeitor e amigo João Carrara, estas reminiscências para que nada se perca da vida do apóstolo do bem e herói da caridade, Francisco Cândido Xavier.

* Descrição dos estigmas de Francisco de Assis em anexo (abaixo)

O jornalista Assis De Lima Ribeiro diz que “Esse fenômeno [estigmatização], que tem implicações com a mediunidade de incorporação, obrigou-o a usar boinas, gorros e, depois, perucas. Chico procurou de todas as formas ocultar os sinais, somente observados na velhice, quando não mais podia locomover-se livremente, e foram enfim, observados pelas caridosas irmãs que banhavam o corpo do médium já muito debilitado pela idade avançada. Após a estigmatização, Chico passou a exalar penetrante aroma de rosas até o fim de seus dias.”

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No livro “Entender conversando” de Emmanuel/Chico Xavier em Diálogo na TV – item 94: Filosofia de vida, Nei Gonçalves Dias pergunta - Se você pudesse resumir numa frase a sua filosofia de vida, o que você diria? Ao que Chico responde: Diria que no mundo, a nosso ver, não apareceu, por enquanto, nenhuma frase resumindo uma filosofia correta de vida como aquela pronunciada por Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (Jo) Isto é, amar sem esperar ser amado, e sem aguardar recompensa alguma. Amar sempre.”

Relembremos excerto da Oração São Francisco de Assis:

Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.


Recordemos excerto do Evangelho de São João (cap. 13: 34,35)

34 Dou-vos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros, e assim como vos amei, amai-vos também mutuamente. 35 Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

No livro “O Evangelho de Chico Xavier” de Chico Xavier e Carlos Baccelli no item 43 - Portal da Nova Era…, Chico diz: Se eu dispusesse de autoridade, rogaria aos homens que estão arquitetando a construção do Terceiro Milênio que colocassem no portal da Nova Era as inolvidáveis palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (Jo)

Em vídeo Chico reitera de viva voz: Chico Xavier - Amar Sempre https://www.youtube.com/watch?v=Fku...

"Se eu fosse alguém, se eu tivesse influência, se eu pudesse realizar alguma coisa em benefício da comunidade, e seu tivesse a menor autoridade para fazer isto, eu apenas repetiria, para mim mesmo e para todos os nossos irmãos em humanidade, de todas as terras e de todos os idiomas, aquelas palavras de nosso Senhor Jesus Cristo: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Porque amor é o esquecimento de si mesmo, porque amor, nada pedindo para si. O “Amai-vos uns aos outros” foi superado pelo “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. Amar alguém ou alguma causa, sem pedir nada, sem esperar o pagamento, nem mesmo da compreensão da inteligência do próximo, então, é trabalhar pela humanidade mais feliz, por um mundo melhor, pela extinção das guerras, e pelo incentivo do progresso em bases morais, convenientes para que nós todos estejamos no melhor lugar possível, que possamos ocupar no campo da vida humana, servindo ao pai, ao criador, a nosso Senhor Jesus Cristo e a todos os princípios Cristãos, como Ele, e aos princípios mais nobres de outras religiões, para que com respeito mútuo possamos vencer todas as barreiras e amar como o amor deve ser consagrado entre nós, isto é, amor sem recompensa, porque todo amor que é possessivo, infelizmente, ainda é um amor de grande parentesco com o amor dos animais."

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O novo livro de Carlos Baccelli “Na Oficina da Fé” de Chico Xavier relata: “Ensinava-nos Chico Xavier que a oficina da fé é a oficina do trabalho incessante, nas forjas do bem genuíno! Uma oficina comum pode ser de reparo ou de construção de um objeto qualquer, mas, quando se trata do trabalho na caridade, a fé sempre pode ser fortalecida ou edificada. Por meio de cartas de Chico Xavier, repletas de curiosos relatos e valiosas lições, esta obra oferece palavras de força e consolo, com mensagens de incentivo para as lutas do dia a dia.”
Geraldo Lemos Neto relata que “o livro “Na Oficina da Fé” das Cartas de Chico Xavier a Carlos Baccelli é um primor. Veja-se por exemplo o que ele escreve em 3/12/84:

"…Que emoção se apoderou de mim! Era tarde e achando-me só podia olhar o céu qual se quisesse vasculhá-lo para encontrar aquela divina Face. Desde criança, me impressionei com o bilhete-oração que São Francisco de Assis escreveu para Frei Leão, que seguia para longa viagem. O texto é quase assim: - Deus te abençoe! Que o Senhor te mostre a sua face!

E as páginas do “Fé” como que nos convidam a contemplar a face de Jesus em todos os momentos nos quais nos detemos na leitura ou releitura do livro. Isso me comoveu intensamente e agradeci, em pensamento, a você e a Márcia, a alegria intraduzível que senti.”

"A face de Jesus!… Desde a escola primária perguntava a mim mesmo como seria o semblante d'Ele, o Benfeitor Incomparável!Muito cedo, caminhei na mediunidade e indagava dos Espíritos Amigos como seriam os traços fisionômicos do Senhor. Os benfeitores espirituais me determinavam procurá-lo nas crianças doentes e desamparadas, e nas pessoas abatidas, sofredoras, andrajosas ou feridas. Certa vez, meu pai, impressionado com a minha persistência em recortar retratos do Senhor de jornais e revistas, me perguntou: “Chico, que nome terá Jesus no céu?” Eu, que estava sempre induzido pelos amigos espirituais a procurar a divina Face nos sofredores e nos infelizes, imaginei que o Senhor, sendo o conforto e a providência dos tristes e dos desventurados, deveria ter no Alto um nome de luz e respondi: “Meu pai, eu penso que no céu Jesus se chama ‘Alegria’, pois todos os que sofrem na Terra estão esperando por ele”.

(…) As casas se abriam, mas eu não encontrava o rosto de Jesus naqueles semblantes sorridentes e felizes, e no dia seguinte ia procurá-lo nas crianças paralíticas de nossa vizinhança ou nos velhinhos quase agonizantes do Abrigo São Vicente de Paulo, em Pedro Leopoldo.

Geraldinho conclui sobre a analogia entre os dois Franciscos sobre a face de Jesus: “As ligações são inquestionáveis…”
Horas depois desta perspicaz analogia que Geraldo observou, relia o final do livro “Francisco de Assis” do espírito Miramez quando reparei na sintonia entre estas nossas observações. A obra “Francisco de Assis” (1982) pela psicografia de João Nunes Maia reitera que Francisco de Assis é a reencarnação do apóstolo João. Observemos como este livro termina com subtileza falando de Chico Xavier, de quem João Nunes Maia foi leal amigo…

"E Francisco regressa à Pátria Espiritual, palmilhando a estrada iluminada pela sua própria luz, a fim de assumir novos encargos, como verdadeiro Preposto Divino a operar em favor das criaturas. Juntamente com aqueles que colaboraram diretamente para o êxito da sua missão, bem como vários daqueles que, tocados pelo seu amor, galgaram alguns degraus na escada evolutiva, forma poderosa falange que continua, em ambos os planos da vida, laborando pela salvação do rebanho de Deus, principalmente no Brasil, no amanho da terra ubérrima, para a implantação definitiva da Árvore do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. E se a ele, o Apóstolo querido, foi dado o vislumbre do futuro de bilhões de criaturas na esfera planetária, concedida pela Excelsa Misericórdia, por coerência da Suprema Justiça, não poderia ser outro o seu amoroso executor.

“Convém que fiques até que eu volte.” (Jesus, João 21:23)

Evangelho de João (final do novo testamento) - Cap. 21

20 Voltando Pedro, viu que o seguia aquele discípulo que Jesus amava, que ao tempo da ceia estivera até reclinado sobre seu peito, e lhe perguntara: Senhor, quem é o que te há de entregar? (João, 13: 23-25)
21 Assim que Pedro o viu, disse para Jesus: Senhor, e a este?
22 Disse-lhe Jesus: Se é minha vontade que ele fique até que eu venha; que te importa a ti? Segue-me tu.
23 Espalhou-se então esse dito entre os irmãos, que aquele discípulo não morreria. Jesus, porém, não lhe disse: Não morrerás; senão: Eu quero que ele fique até que eu venha; que te importa a ti?
24 Este é aquele discípulo que dá testemunho destas coisas, e que as escreveu: e nós sabemos que é verdadeiro o seu testemunho.
25 Há porém muitas outras coisas que fez Jesus, as quais se fossem escritas uma por uma, creio que nem no mundo todo caberiam os livros que delas se houvessem de escrever.

João esclarece que Jesus não disse que ele não morreria, mas sim que ficaria (reencarnando) até à Volta de Jesus no dia do Juízo Final como esclarece Kardec em "A Gênese" - As predições segundo o Espiritismo cap. 17 - Predições do evangelho - Segundo advento do Cristo (43-46) /Juízo final (62-67).

Geraldo Lemos Neto observa que “João Evangelista estaria antevendo a sua própria Missão de escrever Histórias sobre Jesus. Quem melhor do que o seu Espírito envergando a roupagem física de Allan Kardec e depois como Chico Xavier, para fazer e realmente fez isso?

Allan Kardec: 5 obras básicas 12 volumes Revista Espírita 13 Livros Complementares ou subsidiários - total (30)
497 Obras psicografadas por Chico Xavier até fevereiro 2016 (novas virão...)
Kardec Chico = 527 livros até hoje...
4 obras reconhecidas de João Evangelista - seu Evangelho 3 Epístolas (além de outros textos atribúidos a ele)
No mínimo: João Kardec Chico = 531!!

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Muitos companheiros colocam dúvidas legítimas e que nós tivemos quando a questão se levantou. Se Chico Xavier foi Francisco de Assis e João Evangelista… Como explicar as as três mensagens do espírito de Francisco de Assis pelo médium Chico Xavier para Pietro Ubaldi e Divaldo Franco e desse espírito por Pietro Ubaldi a Divaldo Franco (aquando da visita do médium italiano ao Brasil acompanhada por Chico Xavier). E as comunicações medianímicas de Platão e João Evangelista durante a codificação de Allan Kardec? Todas elas são possíveis em termos doutrinários como nos ensina o próprio codificador.

Geraldo Lemos Neto chama a atenção que “a mensagem que Chico Xavier recebeu dirigida a Pietro Ubaldi não foi assinada por Francisco de Assis. A mensagem veio assinada apenas por Francisco. As interpretações foram os espíritas encarnados que acompanharam a reunião concluindo por eles mesmos que o espírito seria Francisco de Assis. Isto me foi relatado pelo próprio Chico Xavier.

E mesmo que tenha sido o espírito de Francisco de Assis sabemos por Allan Kardec no Livro dos Médiuns que o espírito do médium pode perfeitamente, ao ausentar-se do corpo físico em transe mediúnico profundo, assumir uma personalidade humana que tenha sido ele mesmo em outra encarnação, e com esta individualidade passada manifestar-se mediunicamente. O fenômeno é amplamente estudado pelos clássicos espíritas do século XIX com o nome de Animismo, e há obras fantásticas que estudaram o assunto de Aleksandre Aksakov, de Gabriel Delanne, de Ernesto Bozzano, de Leon Denis, e do próprio Kardec. Sendo assim, nada impediria que Chico Xavier, em transe profundo de sua mediunidade, ausentando-se do corpo físico assumisse a personalidade que fora anteriormente como Francisco de Assis, e com ela escrevesse a página mencionada. O curioso é que a assinatura veio apenas FRANCISCO. O que ainda mais reforça a ocorrência do fenômeno anímico, que teve uma função específica de incentivar Pietro Ubaldi a prosseguir em sua missão junto às massas europeias.”

Em “O Livro dos Médiuns”, no cap. 19 - O papel do médium nas comunicações, diz-se que comunicações até podem ser medianímicas, isto é, o próprio espírito do médium comunica-se por ele mesmo. Kardec pergunta - As comunicações escritas ou verbais podem ser também do próprio espírito do médium?” Ao que os Espíritos da Codificação respondem: “A alma do médium pode comunicar-se como qualquer outra. Se ela goza de um certo grau de liberdade, recobra então as suas qualidades de espírito. Tens a prova na visita das almas de pessoas vivas que se comunicam contigo, muitas vezes sem serem chamadas. Porque é bom saberes que entre os espíritos que evocas há os que estão encarnados na Terra. Nesses casos eles te falam como espíritos e não como homens. Porque o médium não poderia fazer o mesmo?”

As comunicações de João Evangelista na presença do codificador Allan Kardec, seriam mediúnicas uma vez que foram feitas através das médiuns Senhorita J… e Senhora Costel.

João assina a mensagem “O arrependimento” na Revista Espírita - Julho 1863 (11° Artigo) como João, discípulo. Há uma comunicação de João Evangelista na Revista Espírita de 1868 interessante em vários pontos. João fala na 3ª pessoa do singular: Muitas vezes tendes lido a revelação de João e vos perguntastes: Mas, que quer ele dizer? Como se cumprirão essas coisas surpreendentes? E, confusa, vossa razão mergulhava num tenebroso labirinto, de onde não podia sair, porque queríeis tomar ao pé da letra o que estava escrito em sentido figurado. Agora que chegou o tempo em que uma parte dessas predições vai cumprir-se, pouco a pouco aprendereis a ler nesse livro onde o discípulo bem-amado consignou as coisas que lhe tinha sido dado ver (…)”

Além de ser possível a alma de uma pessoa encarnada se comunicar pela sua mediunidade ou através de outro médium, é legítimo que o espírito que assina não seja necessariamente o próprio, havendo permissão que outro espírito da mesma categoria se apresente como se fosse o próprio espírito evocado. Em “O Livro dos Espíritos” aborda-se essa possibilidade na questão
505. Os Espíritos protetores que tomam nomes comuns são sempre os de pessoas que tiveram esses nomes?

- Não, mas Espíritos que lhes são simpáticos e que, muitas vezes, vêm por sua ordem. Necessitais de um nome: então, eles tomam um que vos inspire confiança. Quando não podeis cumprir pessoalmente uma missão, enviais alguém de vossa confiança que age em vosso nome.

Em “O Livro dos Médiuns” no cap. 24 sobre Identidade dos EspíritosAs Provas Possíveis de Identidade – item 256, Kardec amplia essa questão para os espíritos superiores e é ainda mais esclarecedor: “À medida que os Espíritos se purificam e se elevam na hierarquia, as características distintivas de sua personalidade desaparecem, de certa maneira, na uniformidade da perfeição, mas nem por isso deixam eles de conservar a sua individualidade. É o que se verifica com os Espíritos superiores e os Espíritos puros. (…) Notemos ainda que os Espíritos se atraem mutuamente pela semelhança de suas qualidades, constituindo grupos ou famílias simpáticas. (…) Mas, como precisamos de nomes para fixar as nossas idéias, eles podem tomar o de um personagem conhecido, cuja natureza mais se identifique com a deles.(…) O mesmo se verifica todas as vezes que um Espírito superior se comunica usando o nome de um personagem conhecido. Nada prova que seja precisamente o Espírito desse personagem. Mas se ele nada diz, no seu ditado espontâneo, que desminta a elevação espiritual do nome citado, existe a presunção de que seja ele. E em todos esses casos se pode dizer que, se não é ele, deve ser um Espírito do mesmo grau ou talvez mesmo um seu enviado.”

Há quem alegue que “Platão e João Evangelista não podem ser o mesmo espírito porque ambos assinam o “Prolegômenos” em O Livro dos Espíritos, o que não faz sentido se fossem um só Espírito. Cada assinatura representa uma individualidade distinta, isso, para nós, é fato.(…)”

É o próprio Allan Kardec e em Espírito que nos dá a resposta correta. Estudemos as 2 comunicações de 2 personalidades do mesmo Espírito - de João Huss e Allan Kardec – publicadas em setembro de 1869, após a desencarnação de Kardec em 31 de março desse ano. Para os que argumentam que se fosse o mesmo Espírito não fazia sentido João Evangelista e Platão assinarem com 2 nomes diferentes na codificação, é o próprio - Espírito de Kardec - que comprova essa possibilidade.

Numa comunicação o mesmo Espírito assina com a personalidade de Huss, noutra com a de Kardec. Um Espírito Superior como este assumirá a personalidade que é “evocada” nos seus arquivos espirituais, seja como Platão, João Evangelista, Francisco de Assis, João Huss, Allan Kardec, Chico Xavier, ...

Segundo depoimento de Chico (inquestionável para nós), Camille Flammarion, um dos principais médiuns de “A Gênese”, era a reencarnação de Galileu Galilei. Durante as comunicações de Galileu, Flammarion entrava em transe e acessava o seu inconsciente de onde emergia a personalidade de Galileu. Assim Flammarion “psicografava” (a si mesmo), trabalhando ao lado do seu amigo Kardec, na Sociedade Espírita de Paris.

Geraldo diz-nos que “o fato de um espírito encarnado se comunicar com outro espírito encarnado não tem nada demais nem de extraordinário, embora possamos classificá-lo como um fato mais raro dentro da mediunidade. André Luiz, na obra Nosso Lar, trata do tema da comunicação de um espírito encarnado, o Sr. Ricardo, marido de Dona Laura, que já havia encarnado na Terra e na ocasião era ainda um bebê de poucos meses, e que não obstante isso saiu do corpo auxiliado por benfeitores espirituais de Nosso Lar e foi levado em perispírito até o lar de Dona Laura em Nosso Lar para se comunicar perfeitamente como o Sr. Ricardo com a própria família e os amigos de Nosso Lar. Obviamente, conforme escreve o próprio André Luiz que presenciou a comunicação, ela vai se dar em condições especialíssimas, não sendo portanto uma atividade corriqueira.”

Na sua biografia de “Chico Xavier - meus pedaços do espelho” (2014), no cap. “Comunicações de Platão na obra da codificação”, Marlene Nobre (MN) esclarece Leopoldo Zanardi (LZ) em entrevista concedida em 5 de julho de 1995.
LZ: Vou fazer uma pergunta meio embaraçosa, mas sei que a senhora tem um espírito aberto e vai compreender. Na entrevista, diz que Allan Kardec foi Platão, no entanto, há uma resposta do filósofo sobre a eternidade das penas, na questão 1009 de O Livro dos Espíritos e ele está também entre os espíritos que assinam os Prolegômenos, a introdução do mesmo livro. Como explicar?

MN: Primeiramente, gostaria de deixar claro que a afirmação não é minha, mas do próprio Kardec. Vou repetir o que já declarei. Vi, com meu marido, Freitas Nobre, em anotações do próprio punho do Codificador, essa afirmação, dizendo que isso lhe fora revelado pelo espírito Zéfiro.

Esse documento faz parte do acervo do Dr. Canuto Abreu e poderá ser visto com quem ficou depositário desse tesouro. Quando todas essas preciosidades forem encontradas e estiverem devidamente catalogadas, qualquer pessoa interessada poderá constatar a veracidade desse documento, que, a rigor, pertence à história do Espiritismo, para ser devidamente analisado e comentado.

Respondendo à questão principal da sua pergunta: o fenômeno anímico explica perfeitamente os dois fatos, mas também há a possibilidade de um espírito assinar pelo outro, conforme nos advertiu o próprio Kardec, na Revista Espírita. Muitas instruções dadas pelos Espíritos e assinadas com o nome de São Luiz não foram dadas por ele, mas por um espírito da sua ordem, como esclarece a mensagem registrada por Allan Kardec na Revista Espírita de agosto de 1865 possibilidade esta que o mestre admitiu na Introdução de O Livro dos Espíritos XII) e em O Livro dos Médiuns.

Comumente, não estamos habituados a raciocinar levando em consideração o animismo, no entanto, ele é responsável por inúmeras ocorrências interessantes. Nós sabemos que a alma não está enclausurada no corpo físico, mas pode afastar-se dele e manifestar-se de diversas formas, durante a existência terrestre. Ernesto Bozzano escreveu “Animismo ou Espiritismo?” e Alexandre AksakofAnimismo e Espiritismo.” Em ambos, encontraremos material explicativo para a ocorrência em exame. O próprio Codificador analisa o fenômeno do desdobramento e outros fatos relativos ao animismo (…)

Creio que Allan Kardec tinha evolução suficiente para escrever, adotando a sua personalidade anterior. Chico Xavier também já se apresentou a muitas pessoas, estando o seu corpo em outro lugar (ver cap.42 deste livro). (…) Ele mesmo relatou que, certa vez, enquanto o seu corpo psicografava aqui na Terra, em sessão do Grupo Espírita da Prece, recebia outra mensagem no plano espiritual. Por que ele não poderia apresentar ora como Chico, ora como Kardec? Confesso a você que de Chico Xavier sou ignorante.”

Geraldinho complementa: “Quanto a Chico ser também Platão esta é uma realidade. São diversos testemunhos a respeito do assunto, não somente de Marlene Nobre, mas também de Carlos Baccelli, de Eurípedes Higino e outros mais. Como descrevi, aquando da psicografia do livro "Ignácio de Antioquia" o espírito Theophorus mostrava-me algumas cenas e muitas e muitas vezes, me espantava chorando ao verificar na personagem João Evangelista o nosso amado Chico. Então quando João Evangelista vai pregar o Evangelho de Jesus pela primeira vez aos curiosos helenos da cidade de Ephesus, os gregos ilustres que lá estavam para ouvi-lo se surpreenderam com a fluência que ele possuía do grego, sem suspeitar que o médium João Evangelista estava na realidade recebendo pela psicofonia, nada mais nada menos, do que o espírito liberto do filósofo grego Sócrates. A sintonia entre eles fora absoluta. Então eu fiquei pensando neste assunto e me convenci de que João Evangelista teria sido mesmo Platão e estava a receber o seu mestre Sócrates que pela primeira vez falava em língua pátria aos seus semelhantes sobre a mensagem do Cristo!”

Estudemos Kardec a sério, honestamente e sem preconceitos! E no mínimo consultemos perfis psicológicos de João Evangelista, Francisco de Assis e João Huss. Um espírito Crístico pode ter diferentes persona, mas seu grau superior exige que tenha humildade sempre! Entre opiniões terrenas e as de Chico Xavier e Emmanuel, com quem ficamos?

ANEXO
Relatos sobre a estigmatização em “Francisco de Assis” – Miramez/João Nunes Maia
(…) [Francisco de Assis] Visitou o Calvário, e nele sentiu coisas estranhas, mas agradáveis, como que a presença da Mãe Santíssima, chorando o Seu Filho Amado. Sentiu a presença dos apóstolos, e por vezes via alguns deles, a lhe transmitir ânimo na sua jornada. E quando a saudade quis prendê-lo no Lugar Santo, ajoelhou-se no mesmo instante, sem escolher lugar apropriado para orar e o fez dentro da espontaneidade correlata ao seu modo de ser, dizendo com profunda humildade:

- Senhor Jesus de Bondade e de Amor!... Sei, e sinto que sou um ser desprezível, sem qualidades para Te falar, sem condições para Te pedir o que desejo, sem importância na escala dos Teus filhos. Mas, mesmo assim, peço-Te, por misericórdia, que não deixes que a morte me visite sem as marcas das Tuas chagas, para que eu sinta, Jesus, o que passaste e compreenda o verdadeiro sentido da Tua dor, da dor universal que se transmuta em Paz, em concórdia, em Amor.

(…) O Monte Alveme foi, por assim dizer, o Calvário do Poverello de Assis. Foi lá que ele teve sua maior emoção espiritual na vida, onde recebeu a graça que tanto desejara: as chagas do Mestre.

(…) O Poverello já pedira a Jesus que antes de voltar à pátria espiritual desejaria sentir as Suas chagas no próprio corpo, o que para ele seria uma bênção, a coroação dos seus trabalhos nos caminhos do mundo. E naquela madrugada preludiando novo dia, o homem de Assis buscou as estrelas por quem era apaixonado, correu os olhos pelo céu, sentindo no coração as linhas paralelas e todos os meridianos universais; esqueceu-se do mundo e voou para o infinito nas asas da oração.

(…) Peço-Te ouvir o que falo neste templo da natureza. Subi este Monte para sentir-me mais próximo do céu, e dele adorar com maior penhor a Tua obra incomparável. No entanto, quero subir o monte mais elevado, aquele que ergueste dentro de mim. Peço-Te, com todas as forças de Espírito, que me ajudes a subir o meu Calvário pelas vias internas do reino do coração.

(…) Sinto o calor do Sol, cujos raios benfeitores beijam a Terra, em uma profusão de luzes que despertam as vidas; sinto a harmonia do Teu cântico e a paz do Teu amor. Cristo!... Cristo!... Cristo!... Se for a hora, deixa por misericórdia as flores das Tuas chagas florirem em mim, pobre pecador, que tenta Te seguir e que terá a maior alegria com os vínculos de Esperança. Os estigmas, para Teu servo, Jesus, serão como as portas dos Céus, que nos abriste e que devo conquistar na consciência".

(…) Francisco, naquele estado sublimado, abriu os olhos para o alto, e viu com emoção divina e humana, acima dele, o Cristo de braços abertos, sem algo dizer. Lembrou-se do Apóstolo João Evangelista, quando narra que a presença do Mestre diante do Sol, pelo Seu fulgor espiritual, fazia-o empalidecer. Era o que estava acontecendo naquele momento. O Sol, diante de Francisco de Assis, empalidecera ao acender-Se o Cristo frente aos seus olhos admirados. E o filho de Bemardone pôde observar as chagas do Senhor como imensas flores brilhantes desenhadas em sua pele e, dentro de cada uma, estrelas vivas das quais se desprendiam, como por encanto jatos de luzes de cambiantes diferentes, a ferir o corpo de Francisco, dando ao Poeta da Umbria uma sensação que não se pode descrever, por faltarem os recursos da própria escrita e, por faltar ao verbo, o empuxo que ele deverá atingir no futuro.

Quando o Poverello foi atingido pela luz, seu corpo se elevou no ar, desobedecendo assim à lei da gravidade que rege os corpos físicos na Terra e nos espaços cósmicos. Franciscoestava, naquele momento, sob a regência de outras leis, e suas chagas começaram a sangrar.

(…) Frei Leão registrou inúmeros fenômenos ocorridos com Francisco, depois que ele recebeu a graça das chagas do Nosso Senhor Jesus Cristo.

(…) Multidões de pessoas iam a Assis, procurando-o onde estivesse, para ver de perto as chagas do Cristo, que Francisco ostentava nas mãos, nos pés e no peito.
Chicos (com legenda) - Tim e Vanessa
Chicos - Música de Gladston Lage e Tim - Cantam: Tim e Vanessa
Chicos
Compositor: Gladston Lage / Tim

"Duas estrelas da pobreza Em dois paletós e um burel Da bondade a beleza A Terra espelha o céu
O pequeno de Assis estremece o Vaticano Toma a cruz, renega a si O zênite franciscano
Oito séculos de história, Cristianismo é caridade Lápis, pedra-preciosa,
é o Chico da Mediunidade
São dois vasos escolhidos na estrada da humildade
São dois servos à serviço da luz São dois pobres, são dois ricos, tamanha claridade
Vão trazer no corpo a história do amorPelo Cristo, são franciscos, são dois chicos."
“Chico Xavier: o amigo dos animais” de Carlos Baccelli - Além da condição de medianeiro, Chico Xavier revela-se nesta obra por sua grandeza e elevação espiritual, no amor que devotou à natureza. São apresentados belos relatos da vida de Chico, que conversou com os animais, acariciou as flores, reverenciou toda a Criação Divina. Alma sensível e cândida como a do "Pobrezinho de Assis", Chico Xavier irmanou-se com todos os seres.


Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | Nuno Emanuel - SP - Artigo postado ipsis verbis - Via Facebook
08/03/2016
 


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