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Os pais
espiritistas devem ministrar a educação doutrinária a seus filhos ou
podem deixar de fazê-lo invocando as razões de que, em matéria de
religião, apreciam mais a plena liberdade dos filhos?
O período
infantil, em sua primeira fase, é o mais importante para todas as bases
educativas, e os pais espiritistas cristãos não podem esquecer seus
deveres de orientação aos filhos, nas grandes revelações da vida. Em
nenhuma hipótese, essa primeira etapa das lutas terrestres deve ser
encarada com indiferença. O pretexto de que a criança deve
desenvolver-se com a máxima noção de liberdade pode dar ensejo a graves
perigos. Já se disse, no mundo, que o menino livre é a semente do
celerado. A própria reencarnação não constitui, em si mesma, restrição
considerável à independência absoluta da alma necessitada de expiação e
corretivo? Além disso, os pais espiritistas devem compreender que
qualquer indiferença nesse particular pode conduzir a criança aos
prejuízos religiosos de outrem, ao apego do convencionalismo, e à
ausência de amor à verdade. Deve nutrir-se o coração infantil com a
crença, com a bondade, com a esperança e com a fé em Deus. Agir
contrariamente a essas normas é abrir para o faltoso de ontem a mesma
porta larga para os excessos de toda sorte, que conduzem ao
aniquilamento e ao crime. Os pais espiritistas devem compreender essa
característica de suas obrigações sagradas, entendendo que o lar não se
fez para a contemplação egoística da espécie, mas sim para santuário
onde, por vezes, se exige a renúncia e o sacrifício de uma existência
inteira.