O Centro Universitário Izabela Hendrix, em parceria com o Ponteio Lar Shopping, realiza, entre os dias 1 e 14 de maio, a exposição 100 D , em que presta uma homenagem a grandes personalidades da música, literatura, política, arquitetura e outros segmentos da sociedade, em virtude da comemoração do seu centenário.
O evento, que acontecerá no Ponteio, pretende criar ambientes especialmente decorados para celebrar grandes nomes, como Adoniram Barbosa, Akira Kurosawa, Aurélio Buarque de Holanda, Burle Marx, Chico Xavier, Madre Teresa de Calcutá, Noel Rosa, Raquel de Queiroz e Tancredo Neves.
A mostra vai montar nove ambientes no mall do shopping, desenvolvidos pelos alunos do Curso Superior em Tecnologia e Design de Interiores do Izabela Hendrix, orientados por professores que trabalham nas áreas de Design e Arquitetura.
Mais sobre os grandes nomes que completam um século de história em 2010:
Adoniran Barbosa - nasceu na cidade de Valinhos, interior de São Paulo, a 6 de agosto de 1910, e foi um dos maiores compositores do cancioneiro popular brasileiro. Premiado em todo país, escreveu grandes sucessos como “Tiro ao Álvaro”, “Pafúncia”, “Malvina” e “Joga a Chave”. As pequenas crônicas da vida paulistana criadas por Adoniran com sotaque peculiar, resultado da fusão das várias raças que escolheram a capital paulista como morada, tornaram-se conhecidas em todo Brasil na interpretação dos Demônios da Garoa, com “Saudosa Maloca”, o “Samba de Ernesto” e o clássico “Trem das Onze”.
Akira Kurosawa - Considerado um dos maiores cineastas do Japão, estreou no cinema em 1943, com o filme "Sugata Sanshiro", que incluía uma complexa sequência de lutas marciais. No fim da década de 1940, passou a realizar os filmes que o tornaram um dos cineastas mais respeitados da história do cinema. Mestre dos filmes históricos de samurai, realizou obras como "Os Homens que Pisaram na Cauda do Tigre" , "Rashomon", que recebeu o Leão de Ouro no festival de Veneza, "Os Sete Samurais" e "Trono Manchado de Sangue". Akira Kurosawa deixou sua marca no cinema por uma tocante humanidade, caracterizada pela paixão pela cultura japonesa, pela intensa plasticidade e pelo perfeccionismo com que dirigia os atores.
Aurélio Buarque de Holanda - Foi crítico, ensaísta, tradutor, filólogo e lexicógrafo. Fez parte de um grupo de intelectuais que exerceria forte influência literária no Nordeste, entre outros, Valdemar Cavalcanti, José Lins do Rego, Graciliano Ramos, Raul Lima, Rachel de Queiroz. Em 1941, começou a atividade que o iria absorver a vida inteira e que, de certa forma, iria suplantar o Aurélio escritor: o Aurélio dicionarista. Em 1975, saiu o Novo dicionário da língua portuguesa, conhecido por todos como o dicionário Aurélio. Desde a sua publicação, atendeu a muitos convites, no Brasil inteiro, para falar do Dicionário e dos mistérios e sutilezas da língua portuguesa, que ele enriqueceu de tantos brasileirismos, fazendo do brasileiro comum um consulente de dicionário e um usuário consciente do seu idioma.
Burle Marx - Foi um dos maiores paisagistas do nosso século, distinguido e premiado internacionalmente. Artista de múltiplas artes, foi também desenhista, pintor, tapeceiro, ceramista, escultor, pesquisador, cantor e criador de joias, sensibilidades que conferiram características específicas a toda a sua obra. Em 1949, com a compra de um sítio em Barra de Guaratiba, no Rio de Janeiro, organizou uma grande coleção de plantas. Em 1985, doou esse sítio, com todo o seu acervo, à extinta Fundação Nacional Pró Memória, atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan.
Chico Xavier - Notabilizou-se como médium e célebre divulgador do Espiritismo brasileiro. Teve seu primeiro contato com a Doutrina Espírita em 1927, após fenômeno obsessivo verificado com uma de suas irmãs. Passa, então, a estudar e a desenvolver sua mediunidade que, como relata em nota no livro Parnaso de Além-Túmulo, somente ganhou maior clareza em finais de 1931. O mais conhecido dos espíritas brasileiros contribuiu para expandir o movimento espírita brasileiro e encorajar os espíritas a revelarem sua adesão à doutrina sistematizada por Allan Kardec. Psicografou 451 livros, sendo 39 publicados após a morte. Nunca admitiu ser o autor de nenhuma dessas obras. Reproduzia apenas o que os espíritos lhe ditavam. Por esse motivo, não aceitava o dinheiro arrecadado com a venda de seus livros. Vendeu mais de 50 milhões de exemplares em português, com traduções em inglês, espanhol, japonês, esperanto, italiano, russo, romeno, mandarim, sueco e braille. Psicografou cerca de 10 mil cartas de mortos para suas famílias. Cedeu os direitos autorais para organizações espíritas e instituições de caridade, desde o primeiro livro. Este ano, também em comemoração ao seu centenário, foi lançado um filme sobre sua biografia.
Madre Teresa de Calcutá - Religiosa macedônia, naturalizada indiana. Ícone do Bom Samaritano, ela ia a toda parte para servir Cristo nos mais pobres entre os pobres. Viveu como religiosa e foi professora de história e geografia no Colégio Santa Maria, único colégio católico para meninas ricas da cidade de Calcutá. O contraste com a pobreza à sua volta era muito grande. Em maio de 1937, Teresa fez a profissão perpétua, e passou a viver com os pobres. Fundou casas religiosas por toda a Índia e, depois, no exterior. Seu trabalho obteve grande repercussão. O Papa João Paulo II cedeu uma casa, ao lado da Santa Sé, para recolhimento dos pobres, a casa "Dom de Maria". Em 1979, recebeu o prêmio Nobel da Paz, pelos serviços prestados à humanidade.
Noel Rosa - Um dos grandes compositores da música brasileira, nasceu no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, que se tornou célebre por meio de suas músicas. Desde a adolescência interessou-se pela vida boêmia, freqüentando rodas de samba. Aprendeu a tocar bandolim com sua mãe, adotando depois o violão, que aprendeu a tocar com o pai, como seu instrumento. Em 1927, Noel fundou, com os compositores Almirante e Braguinha, o Bando dos Tangarás. Nesse ano, criou suas primeiras composições, "Minha Viola" e "Festa no Céu". Em 1931, a composição "Com que Roupa?" tornou-se um grande sucesso no Carnaval. Durante a década de 1930, Noel Rosa tornou-se um compositor extremamente criativo e protagonizou uma carreira vertiginosa, com mais de uma centena de composições, entre sambas e marchinhas. Trabalhou com dezenas de parceiros. Foi nessa década que compôs os sucessos "Feitiço da Vila", "Filosofia", "Fita Amarela", "Gago Apaixonado", "O x do Problema", "Palpite Infeliz" e "Pra que Mentir". Em 1927, Noel fundou, com os compositores Almirante e Braguinha, o Bando dos Tangarás. Nesse ano, criou suas primeiras composições, "Minha Viola" e "Festa no Céu".
Raquel de Queiroz - Nascida em Fortaleza (CE), foi tradutora, romancista, escritora, jornalista e importante dramaturga brasileira. Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi a primeira mulher galardeada com o Prêmio Camões, equivalente ao Nobel, na língua portuguesa. É considerada por muitos como a maior escritora brasileira. Foi presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista e exemplares de seus romances foram queimados. Em 1964, apoiou a ditadura militar que se instalou no Brasil. Publicou um volume de memórias em 1998 e transformou sua "Fazenda Não Me Deixes", propriedade localizada em Quixadá, estado do Ceará, em reserva particular do patrimônio natural.
Tancredo Neves - Foi político e presidente da República. Advogado, ingressou na política pelo Partido Progressista, pelo qual foi eleito vereador em São João del Rei em 1935, cargo que exerceu até 1937. Pelo Partido Social Democrático elegeu-se deputado estadual e federal. Atuou como ministro da Justiça e Negócios Interiores até o suicídio do presidente Getúlio Vargas. Foi diretor do Banco de Crédito Real de Minas Gerais e da Carteira de Redescontos do Banco do Brasil. Foi nomeado primeiro-ministro com a instauração do regime parlamentarista, logo após a renúncia do presidente Jânio Quadros. Foi um dos líderes do Movimento Democrático Brasileiro, partido criado em 1965, a partir do AI-2, que decretou a extinção de todos os partidos políticos até então existentes e instituiu o bipartidarismo. Após a volta do pluripartidarismo, Tancredo foi senador pelo MDB e fundou o Partido Popular. No ano seguinte, ingressou no PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e foi eleito governador de Minas Gerais (1983-1984). Neste período político, houve grande agitação política em prol do movimento Diretas Já, numa ação popular que mobilizou os jovens e pregava as eleições diretas para presidente. Porém, com a derrota da emenda Dante de Oliveira, que instituía as eleições diretas para presidente da República em 1984, Tancredo foi o nome escolhido para representar uma coligação de partidos de oposição reunidos na Aliança Democrática. Com o senador José Sarney como vice, foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral, em 1985, representando o partido da oposição e derrotando Paulo Maluf, de direita. Morreu no dia 21 de abril de 1985, em São Paulo.
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Thiago Verdolin (9673-1463)