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Notícia

Os verdadeiros milionários - Relato de episódio vivido por Chico Xavier, narrado pelo médium e amigo a Geraldo Lemos Neto



Chico Xavier em Uberaba nos anos 80


Certa ocasião, em Uberaba, Chico Xavier recebeu a notícia terrível de que grande empresário pecuarista da região havia se suicidado, utilizando-se de arma de fogo. O senhor era ainda jovem, na casa dos 40 anos de idade, e tendo em vista dificuldades econômico-financeiras de suas fazendas ligadas ao gado Zebu, assoberbado por dívidas bancárias, resolveu optar pelo ato extremo de atentar contra a própria vida.

Chico se emocionou muito com a notícia, porque, muito embora o senhor não fosse espírita, de vez em quando ofertava gentil colaboração pecuniária para as atividades caritativas desenvolvidas na Vila do Pássaro Preto, em Uberaba, pelo próprio Chico.

Passados alguns dias da notícia, Chico Xavier deliberou ir pessoalmente ao cemitério da cidade para, em procurando pelo túmulo do empresário morto, oferecer a ele as suas preces sinceras de agradecimento e gratidão em Jesus.

Indicado o local da lápide do suicida infeliz, Chico, ao aproximar-se dela, por sua mediunidade de clarividência, observou que o fazendeiro lá estava, sentado junto ao túmulo, lamentando-se, desconsolado.

Chico orou com fervor a Jesus e a Maria de Nazaré, intercedendo pelo jovem fazendeiro morto. Aos poucos ele foi se acalmando e reconheceu, de imediato, a presença física do Chico, ali ao lado de seu próprio túmulo.

A partir daí os dois entabularam curiosa conversa.

- Chico Xavier - disse o fazendeiro suicida - eu nunca fui muito ligado às questões da religião na vida que se findou. Nunca fui muito de pensar na vida além-túmulo, muito embora respeitasse a opção de cada qual, por essa ou aquela escola religiosa, especialmente vocês, espíritas, cujas práticas levam em consideração o contato com os mortos e a vida mais além!... Agora, veja o senhor a minha situação infeliz, não cogitei sobre a continuidade da vida, e almejando por fim aos meus enganos apenas me surpreendi mais vivo do que nunca, recebendo mais sofrimento e desilusão!...

Chico o consolou, falando a ele das novas oportunidades que haveriam de vir, dizendo-lhe da misericórdia infinita de Deus, nosso Pai, que não abandona os sofrimentos de Seus filhos infelizes. Certamente, disse-lhe o Chico, Jesus e Maria de Nazaré haveriam de se compadecer dos sofrimentos dele para enviar-lhe o socorro às suas aflições além da vida terrestre.

 O jovem fazendeiro suicida, então, emocionado, banhando-se em lágrimas, falou para Chico Xavier:

- Sabe de uma coisa, "Seu" Chico, eu, na face da Terra, fui muito rico, até perder-me em negócios arriscados, pondo fim ao conforto de minha família e de meus subordinados com a ruína financeira que acabou me perdendo a própria vida! Mas desde que cheguei aqui, na outra vida, depois da morte do corpo, ao reconhecer que a vida continua, cheguei a uma importante conclusão.

E Chico Xavier lhe perguntou: 

- E qual foi a conclusão a que o senhor chegou?

 E o infeliz empresário desencarnado respondeu-lhe:

- "Seu" Chico, cheguei à conclusão de que os verdadeiros milionários na face da Terra são vocês, os espíritas! Vocês têm acesso a um conhecimento extraordinário de que a vida continua, de que todos nós vamos prosseguir além-túmulo, vivendo e sorvendo o resultado das próprias obras no cálice amargoso da derrota ou na taça do vinho espiritual da vitória! Os verdadeiros ricos não são, e nunca foram, os empresários e milionários da Terra, e sim vocês, espíritas, os milionários das informações espirituais!

E para surpresa do Chico, ele arrematou: 

- Tomem conta, muito boa conta, desse patrimônio inalienável da alma,  "Seu Chico".   Isso é riqueza sem limites! Ah, se eu pudesse voltar no tempo e me dedicar ao estudo e à aplicação dessa sua nobre doutrina, não estaria eu aqui, agarrado aos despojos de meu corpo despedaçado, vivendo, na angústia e no sofrimento, o resultado de minha indisciplina!...

 Chico confortou-o com algumas palavras mais de carinho e despediu-se, recomendando ao enfermo da alma que orasse junto dele.

Após a prece, vendo que o rapaz sentia-se mais fortalecido e amparado, Chico Xavier despediu-se. Chegou em casa meditando na oportunidade da lição inesquecível que havia recolhido junto ao espírito do jovem fazendeiro suicida.

E Chico Xavier me disse:

 - Geraldinho, de fato, nunca havia pensado sobre esse prisma. Nós, espíritas, somos os verdadeiros milionários da Terra e não nos apercebemos disso! Que saibamos honrar essa riqueza, sabendo distribui-la conforme os ditames da caridade e do amor fraterno exemplificados por Jesus aos necessitados de toda sorte, sobrecarregados e aflitos, para alívio e consolação de suas dores morais e esclarecimento de sua sede de luz!

Depois que Chico me contou esse caso, fiquei eu pensando na responsabilidade afeita aos adeptos da Doutrina dos Espíritos.
 
Geraldo Lemos Neto
Brumadinho, 2 de maio de 2017



02/05/2017
 


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