CINEMAO cinema se rende à popularidade de Chico Xavier (1910-2002) e no ano do centenário do médium mineiro a Doutrina Espírita é tema de diversas produções nacionais. Além de Chico Xavier, vem aí “As cartas”, “As mães de Chico”, “E a vida continua” e “Nosso Lar”.“NOSSO LAR” – dirigido por Wagner de Assis. O filme tem estreia prevista para 3 de setembro. “Nosso Lar” retrata com ares tecnológicos a “cidade espiritual” descrita pelo espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier. Produzido em parceria com a filial brasileira dos estúdios Fox. O filme deve surpreender com cenários e fotografias caprichados. “AS CARTAS” – dirigida por Cristina Grumbach. Em fase de finalização, o filme tem lançamento previsto para setembro e retratará a história de cinco famílias que recebem cartas das mãos do médium Chico Xavier. A cineasta define “As Cartas” como um “filme de conversas”. “Tento mostrar qual é o sentimento de receber uma mensagem supostamente vinda do “outro mundo” e como essas mães identificam seus filhos”. “AS MÃES DE CHICO” – dirigido por Glauber Filho. As filmagens começam neste final de ano em Fortaleza. O destaque do filme são as três mulheres que perderam seus filhos e tiveram contato com as mensagens psicografadas. A gravação termina em maio/2010.“E A VIDA CONTINUA” – dirigido por Paulo Figueiredo. O filme é baseado em uma compilação dos livros de Chico Xavier. A produção está em reta final e deve ser lançada em junho/2010.Também serão produzidos os filmes “NINGUÉM É DE NINGUÉM” e “PELAS PORTAS DO CORAÇÃO”, baseados nos livros de Zíbia Gasparetto.O sucesso de “Chico Xavier, o filme” se reflete no mercado editorial: os livros espíritas estão entre os mais vendidos. “AS VIDAS DE CHICO XAVIER”, do jornalista Marcel Souto, está sendo reimpresso com uma tiragem de 30 mil exemplares. O livro está em quinto lugar nas listas dos mais vendidos, na categoria não ficcção e será relançado em junho pela Leya. REDE GLOBOA Rede Globo lançou no dia 12/04/2010 a novela ESCRITO NAS ESTRELAS, dirigido por Elizabeth Jhin, que conta a história do jovem médico Daniel (Jayme Matarazzo) que morre em um acidente de carro e tenta se comunicar com o pai, vivido por Humberto Martins. Para o segundo semestre está prevista a estreia da série “A CURA” , dirigido por João Emmanuel Carneiro. O ator Selton Mello interpretará um médium, que realiza cirurgias espirituais no interior de Minas Gerais e enfrenta o questionamento da comunidade científica.
Jefferson Modesto
De criança humilde do interior de Minas Gerais à mais importante figura da Doutrina Espírita no Brasil. A incrível história de Francisco de Paula Cândido Xavier continua desafiando, intrigando e emocionando milhares de pessoas em várias partes do mundo. Em seu país, uma prova da sua popularidade são as 2.895.340 pessoas que assistiram à sua cinebiografia, Chico Xavier, dirigida por Daniel Filho, desde a estreia em 2 de abril (data em que o médium completaria 100 anos) até o último domingo.
Em cartaz em 377 salas de cinema brasileiras desde a estreia, Chico Xavier atraiu mais de 580 mil pessoas somente no primeiro fim de semana e, de lá pra cá, já acumulou uma renda de R$ 26.478.831,50. O filme vem no embalo de outro grande sucesso abordando a temática espírita, "Bezerra de Menezes, o diário de um espírito", de Joe Pimentel e Glauber Filho, que levou mais de meio milhão de espectadores ao cinema ao longo de 27 semanas. Ainda assim, segundo o Luís Eduardo Girão, da Estação Luz, que esteve na produção dos dois filmes, esta não se trata de uma onda de filmes espíritas. "Trata-se de um novo gênero que veio para ficar e que tem know how para ser exportado para o mundo", diz, sem esconder o entusiasmo. Ainda segundo Luís, o próprio público tem contribuído com a divulgação positiva de Chico Xavier. "Tem sido grande a mobilização das pessoas que admiram o Chico, que é querido como pacifista, como homem de bem. É uma corrente muito bonita para que o filme seja conhecido". Ele também aponta como motivo para o sucesso do filme "o sentimento das pessoas de estarem cansadas de ver violência no cinema".
Dando continuidade à proposta de "Chico Xavier" e "Bezerra de Menezes", outros filmes estão sendo preparados em torno do "spiritismo. Com estreia prevista para 3 de setembro, o primeiro será "Nosso Lar", baseado no livro psicografado em 1944 por Chico Xavier. Contando com os atores Renato Prieto, Othon Bastos, Ana Rosa, Lu Grimaldi e Paulo Goulart, o filme é uma superprodução repleta de grandes efeitos especiais (feitos no Canadá), que recebeu um investimento de R$ 20 milhões da Fox Filmes. Previsto para o Natal, em seguida será a vez de "As mães de Chico Xavier", de Glauber Filho e Halder Gomes, que está sendo gravado em Fortaleza, Guaramiranga e em Pedro Leopoldo (MG), mais uma vez com Nelson Xavier como Chico. Para completar a lista, há ainda "Ninguém é de ninguém", baseado no livro de Zíbia Gasparetto, "O filme dos espíritos", coproduzido pela Estação Luz, e "A vida continua".
Banhado pela mesma emoção que sempre envolveu os relatos sobre Chico Xavier, o filme sobre sua vida veio como um presente, não só para os que já viam no médium um líder espiritual, como para outros que tinham curiosidade de saber mais sobre ele. "Com certeza, depois do filme, muitas pessoas, mesmo de outras religiões, têm procurado conhecer o Chico e as obras dele, principalmente o "Nosso Lar", comemora Regilane Cajazeiras, vice-presidente do Instituto de Cultura Espírita. Sem poupar elogios, ela conta que a cinebiografia despertou mais a curiosidade das pessoas sobre o médium. Letícia Sá, presidente do Centro Espírita André Luiz, no Álvaro Weyne, concorda e diz que o filme ajudou a aumentar o público da sua casa. "Além do filme, tem a novela "Escrito nas Estrelas" (Rede Globo) que tem contribuído para as pessoas conhecerem esta história".
Para Luís Eduardo Girão, apesar do personagem principal, o Chico Xavier não foi feito exclusivamente para espíritas. "É um filme com três Pai Nosso. O próprio Chico tinha uma relação de muito carinho com a religião católica". Levando agora o filme para circular em outras cidades, inclusive Sobral e Juazeiro do Norte, onde estreou na última semana, ele continua otimista em relação ao público. "Trata-se de um filme com o forte componente do amor. Certamente, vamos superar os 4,5 milhões de espectadores".
Enviado por João Cabral | Presidente da ADE-Sergipe | Aracaju - Sergipe
23/05/2010
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