Das regiões da Gália a Chico: a mesma alma, o mesmo princípio.
Houve um tempo... anterior às invasões de Júlio Cesar, em que nas regiões antigas da Gália havia, em meio aos gauleses, aqueles que eram os verdadeiros legisladores do povo. Não homens de posse instituídos pela coroa, mas aqueles que eram respeitados pela sabedoria que possuíam, pelo respeito ao semelhante, pela harmonia com Gaia e as Estrelas. Eram sacerdotes, juízes, líderes e ensinavam através da oratória a interação com o meio, com o próximo, num profundo respeito e integração com a natureza. Dos quais não faziam questão em defender suas ideias, não se preocupavam com a eloquência de suas palavras, tendo em vista, optarem pela simplicidade em seus afazeres, não gerando para a posteridade, escritos sobre seus ensinamentos, dos quais em essência ficaram no tempo. Entres estes que optavam por ensinar em meio a grandes arvoredos e bosques, ensinando o homem inculto e aos jovens sobre as questões da Imortalidade da Alma, os valores do Espírito e a manifestação da consciência do Ser, não em templos edificados, mas nos templos erguidos pela própria natureza. Estes eram os druidas, classe de sacerdotes, elemento a parte na formação cultural gaulesa de suma importância na construção dos valores da antiga Gália. Em meio a esta cultura de grandes mestres do pensamento, propagadores dos valores do Espirito e das Estrelas encontrava-se um dentre outros, um sacerdote druida, cujo nome remontaria os séculos. Antes mesmo a dominação Romana e a perseguição cristã contra estes, Allan Kardec ali desenvolveria sua consciência, para mais tarde volver o fluxo do tempo e repaginar a história na figura de Platão, nada mais nada menos do que discípulo de Sócrates.
O jovem e forte lutador, filho de aristocratas na Grécia antiga, estudioso e possuidor de grande intelecto, reencontraria tais valores incutidos em seu espírito diante do reencontro com um homem fora dos padrões convencionais de sua época. Este era Sócrates, condenado a tomar veneno, pois seus ensinamentos e valores por ele apregoados, em vias públicas, incomodavam não apenas os que pretendiam dominar as mentes coletivas, mas despertava o interesse de jovens que passariam a encontrar outro significado e sentido para a vida e o cosmos, transcendendo o próprio conceito filosófico de sua época. Este homem simples retomava os mesmos ensinamentos valorizados pelos druidas através da simplicidade, da razão e de valores que transcendem a realidade. Platão, através de Sócrates encontraria janelas para outras inferências que mais tarde denominaria o Mundo das Ideias. Discutiria valores e conceitos de justiça em “A República” e faria de seu mestre ferramenta auto-didática aos seus leitores e discípulos. Ensinaria para estes como sair de uma caverna escura e encontrar a razão e a verdade. Platão legaria história, pois é através de seus escritos que o mundo perceberia a existência de Sócrates, figura ímpar e de grande envergadura espiritual. Um dos grandes membros dos 12 maiores na Pátria Maior, dentre os quais foram responsáveis pelas obras trazidas até nós por André Luiz, via mediúnica de Francisco Cândido Xavier. Através de Sócrates Platão reviveria conceitos sobre a Imortalidade, a interação com outras consciências denominadas por Sócrates de Daimons, informações que assim como os druidas, eram defendidas por Sócrates quanto ao não registro escrito das fontes, de modo a não se perder a essência e o sentido das coisas. Porém ao tempo de Platão, as penas e o papel tomavam grande proporção erudita e este como homem de intelecto, assim como os jovens informatizados de nosso século, não deixaria de seguir o modelo cultural de sua época, legando para o futuro suas belas obras de filosofia.
Porém o espírito aprendiz necessitaria ver, na prática e observação estes ensinamentos, para uma reflexão mais profunda sobre o ser e a existência. De modo a inferir filosoficamente sobre os valores e as ideias que transcendem o transitório. Até então, os ensinamentos faziam parte de sua essência, de sua bagagem em romaria pela erraticidade, numa vasta complexidade entre moratórias siderais. E em meio à efervescência cultural das regiões da Judeia, na cidade de Betsaida, na Galileia, tal aprendiz encontraria o retorno à matéria, na figura de João que ficaria conhecido como “O Evangelista”, autor do consagrado livro “O Apocalipse” e conhecido entre os cristãos de o “discípulo muito amado”. Aquele que no ato da cruz, receberia diretamente de seu mestre a chancela dos cuidados de Maria, sua mãe, até o ultimo sopro de sua vida. Assim como Platão nos agraciou com a vida e obra de Sócrates e foi o que mais bem exemplificou filosoficamente seus ensinamentos. Como João, discípulo do Cristo, lhe caberia a incumbência de nos legar as suas mensagens mais puras e espiritualizadas. suas obras e ações que romperiam o tempo e dividiria a história da humanidade em antes e depois de Cristo. Num dos Evangelhos que mais transparece o método educativo e cósmico que permeia todo o cosmos. Além de receber, diretamente do Embaixador Espiritual da Terra, o Cristo Jesus, a tarefa de legar a humanidade e ao tempo o “Apocalipse”, informações que no período apropriado trariam dados precisos sobre a Grande Transição do orbe Terra, nos fins dos tempos, onde a influência Capelina seria definitivamente desraigada de nossa cultura para a suplantação de uma Nova Jerusalém... a Nova Terra!
Mas o tempo e as necessidades evolutivas da humanidade Terra, ainda entorpecidas pelo Ego e a fé cega, que faziam a imagem de Deus a mais cruel de toda trajetória humana. Assim como as deturpações dos valores edificados no Evangelho, onde a proposta são as Boas Novas do Cristo, estavam sendo deturpadas e corrompidas. Quando o ouro e o glamour invadiram os templos e as cerimônias litúrgicas. Novamente o Embaixador, o Cristo Luz, convocaria esta alma dadivosa e comprometida com a verdade e o progresso, a encarnar na figura sublime de Francisco de Assis para legar a esta humanidade transviada os valores da alma e da essência, ensinados e vivenciado pelos druidas, aprofundados por Sócrates e filosoficamente registrado por Platão. Ensinamentos estes advindos dos antepassados, recebidos em eras remotas pelos seres das estrelas que seriam consagrados mais tarde como deuses ou seres celestiais. Relembrados e aprofundados quando fora discípulo de Sócrates. Presenciado e vivido ao lado da envergadura moral excelsa de Jesus, o Logos que se fez carne e habitou entre nós. Exemplificando através de seus atos a Lei Primeira de Amor e caridade de forma pura, simples e integral para com o semelhante. Legando uma nova fase da proposta da Boa Nova aos duros de coração, e alento aos mansos e pacíficos.
Mas para uma alma comprometida com a Verdade e com a proposta da Boa Nova, outra tarefa lhe seria solicitada na figura de John Huss, o reformador religioso e filósofo que fora queimado vivo na fogueira por defender ideias muito a frente das consciências ainda adormecidas e que não desejavam a implantação de uma Nova Jerusalém na Terra. Almas estas ainda enraizadas no Ego e nos velhos padrões de predomínio social. Embora se tente calar o espírito, as mensagens de John Huss seriam suficientes para romper paradigmas arraigados nas consciências ainda adormecidas. No entanto, aqueles que lutam pela verdade, que fazem de sua vida a verdadeira obra de caridade e de amor ao semelhante, seu espirito ecoa além-transitoriedade e este mesmo Espírito, diante de sua trajetória, retornaria ao vaso físico, como Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais conhecido como Allan Kardec. Proporcionando, com toda a sua bagagem mnemônica, as ferramentas cabíveis para traduzir, decodificar, organizar e estruturar as informações daquilo que Jesus expressaria: - Meu Reino não é deste mundo! Mas a tarefa excelsa deste Espírito, ainda deveria de ser continuada, em tempo favorável, onde as mentes previamente talhadas encontrariam terreno fértil para a compreensão da Boa Nova. E deste modo, novo cortejo de grandes Espíritos, responsáveis pelas Diretrizes Planetária do orbe Terra, em concílio direto com o Cristo Luz, preparariam o retorno ao vazo físico deste tarefeiro que ficaria conhecido entre nós como Francisco Cândido Xavier. Com a tarefa de transportar as consciências e os corações para o reino exposto, estudado e elucidado por Kardec, permitindo à nossa psique romper a aparente película que separa os dois Reinos. Novamente reiterando a tarefa do Consolador Prometido, onde as leis do reino fundamentam-se e se estabelecem na Lei primeira de Amor e Caridade, expressa na proposta Fraterna do Embaixador Crístico: - Somente o Amor cobre uma multidão de pecados.
ANÁLISE SECUNDÁRIA
Se estudarmos o padrão psicológico e mental desta sequência reencarnatória, inerente ao tempo e o período cíclico vivenciado pelo Espírito. Nota-se uma nítida continuidade evolutiva de um mesmo princípio intelectual e moral. As ações destas almas se complementam, porém sempre retornam a mesma base de triagem. A princípio geram-se questionamentos ante as informações, mas se propondo a um estudo sério das fontes acima, analisando o período de cada manifestação deste espírito e o contexto histórico durante suas passagens na matéria, forma-se uma complexa engrenagem e uma estratégia peculiar do Mundo Maior.
Propondo-se a reflexões que norteiam e estruturam a filosofia socrática, naturalmente somos conduzidos aos mesmos conceitos do druidismo difundidos na época em que a região da Gália ainda estava livre das influências e perseguições dos Césares. A linguagem e pureza da filosofia proposta por Sócrates também vai de encontro com reflexões de Buda e em pontos precisos com as de Jesus. E poderemos observa-las nas entrelinhas trazidas pela espiritualidade e decodificadas por Allan Kardec em “O Livro dos Espíritos” e no “Evangelho Segundo o Espiritismo”, ao ponto de o próprio decodificador afirmar serem Sócrates e Platão os percursores da ideia Cristã.
Sabemos tudo ter um encadeamento natural em nosso orbe Terra, e os padrões de pesquisa, de estudo e ações deste espírito encaixam-se, edificando uma cronologia que une as peças do quebra-cabeça, numa engrenagem de alta complexidade cosmológica e atemporal, mesmo anterior a nossa história no planeta azul sobre a chancela de Jesus.
ALEX VITOR
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Fontes de pesquisa:
Sacerdote druida Allan Kardec e Paltão: Ambas as encarnações foram expostas por Zéfiro, espirito protetor e familiar dos Baudins, através da mediunidade de Caroline Baudin em 1856.
John Huss: Revelado à Kardec pela médium Ermance Dufaux em 1857.
Pesquisas de artigos divulgados pela Vinha de Luz Editora.
Conteúdos na internet.
Entrevistas e diálogos com Geraldo Lemos Neto para norteamento e adequação das informações pesquisadas.
Obras de Platão: A república; O banquete; Apologia de Sócrates; A alegoria da Caverna.
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
Obras Póstumas – Allan Kardec.
Chico Xavier Responde – Carlos A. Baccelli
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Biografia
Alex Vitor da Silva reside em São Vicente, estado de São Paulo. Nascido em 1970, na cidade de Cubatão e pai de uma adolescente. Frequentador e estudante da doutrina, onde iniciara atividades e estudos em Instituição Espírita no munícipio onde reside. Local onde obteve encontro mais apurado com a Codificação por meio de estudos e atividades mediúnicas na prática da caridade. Pesquisador e estudioso de assuntos relacionados ao espiritismo e espiritualismo, onde também tem como de praxe abranger estudos no campo da fenomenologia ufológica e da filosofia. Admirador das obras do Cristo, da clareza racional de Kardec e da caridade exercida por Francisco Cândido Xavier, como continuidade dos grandes obreiros da Luz que deixaram marcas neste planeta.