Vinha de Luz
seja bem-vindo à nossa loja virtual!

REGISTRE-SE | LOGIN ( esqueci minha senha )

Notícia

13º artigo de Martins Peralva: “Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito”



Artigo. O Jornal da Cidade BH preparou lançamentos, periódicos, de artigos do escritor, expositor e articulista José Martins Peralva Sobrinho, ou simplesmente Martins Peralva, como era conhecido. Ele, que foi um dos grandes representantes do movimento espírita no Brasil, escreveu os seguintes livros: “Estudando a mediunidade”, “Estudando o Evangelho”, “O Pensamento de Emmanuel”, “Mediunidade e evolução”, editados pela Federação Espírita Brasileira (FEB), e “Mensageiros do bem”, editado pela UEM.

Os artigos que publicados no JCBH, fazem parte do livro “Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito”. Trata-se uma coletânea de textos disponibilizados nos jornais “O Luzeiro”, periódico de sua terra natal, Sergipe, “Síntese” e “Estado de Minas”, ambos de Minas Gerais, e na revista “Reformador” da FEB. Geraldo Lemos Neto, responsável pelo Vinha de Luz — Serviço Editorial, foi quem coletou o material com a família Peralva, para que a comunidade espírita tivesse a oportunidade de conhecer mais de perto Martins Peralva.

Coluna evangélica

O “presente” do mundo…
15 | maio | 1957

“Responderam e disseram-lhe: ‘Se este não fosse um malfeitor, não to entregaríamos’.” — Do Evangelho

Quando os israelitas levaram Jesus à presença de Pilatos, perguntou-lhes o preposto de César que acusação traziam contra aquele homem, cuja singular figura tanto lhe impressionara. E os irrequietos judeus disseram-lhe que se ele não fosse um malfeitor, não lho teriam entregue.

O episódio merece, como todos os lances evangélicos, acurada meditação. Num mundo como o nosso, em que o mais desvairado egocentrismo avassala as criaturas, é interessante comentemos a posição do Mestre ante o poder de Roma e a incompreensão do judaísmo.

Preocupamo-nos, excessivamente, de modo geral, com o que de nós pensam, com o que de nós dizem. O conceito que de nossa pessoa fazem é problema a que damos muita importância. Semelhante atitude realça o orgulho que caracteriza a nossa individualidade, espelhando, igualmente, o tremendo egoísmo que se irradia por todo o nosso ser, inclinando-nos, sutilmente, à satisfação de considerações quase sempre indevidas, ou falsas. A posição do Cristo corrige-nos, entretanto, os pruridos egocêntricos e nos compele ao reajuste necessário.
Ego sum qui sum… Jesus foi e continua sendo o Governador espiritual da Terra. Em suas mãos de luz plasmou-se a estrutura planetária terrestre. Do seu misericordioso coração emanaram as iniciativas tendentes à preparação deste mundo que é, hoje, o nosso lar e a nossa escola, nosso templo e nossa oficina. Espírito eleito — cuja evolução se processou em linha reta — antes que a Terra existisse já era Jesus Cristo a luz do mundo, o sol da vida…

Pois bem: essa personalidade augusta, benevolente e sábia é apresentada a Pilatos na feição de criminoso vulgar. O título que escolheram para o Salvador do mundo é de MALFEITOR. A ele, justo por excelência, o puro, o imaculado, o perfeito.

Será razoável aspiremos melhor tratamento?!?… Razoável será que nós outros, cujo passado e presente se caracterizam por erros e quedas, por crimes e deslizes, recebamos melhor tratamento do que o dispensado à Flor de Deus? Evidentemente, o trecho evangélico induz-nos a oportunas e indispensáveis considerações. É convite à reflexão e ao reajuste. A humanidade ofereceu ao Cristo de Deus o açoite e a prisão, o sarcasmo e o deboche, a bofetada e a cruz. Assim sendo, não nos parece justo continuemos, nesta altura da nossa jornada, buscando a borboleta da glória e do destaque, da compreensão e do entendimento.

A nossa posição, justa e adequada, é simplesmente a do fiel cumprimento de nossos deveres. Guardemos, pois, atitude de vigilância e de prece. Convençamo-nos de nossas fraquezas, a fim de que o germe do orgulho e o monstro do egoísmo — devorador de consciências — não vicejem em nosso coração, recordando, sempre, de que Jesus Cristo foi considerado malfeitor comum e que, mais tarde, no cimo do Calvário, demos-lhe por recompensa, como “presente do mundo”, a coroa de espinhos e a cruz do martírio.

___________________

Fonte: PERALVA SOBRINHO, José Martins; PERALVA, Basílio (Org.). Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito. Belo Horizonte: Vinha de Luz Editora, 2009. p. 57-58.

Nota da Editora: Jornal Síntese, 15 de maio de 1957. Coluna de Martins Peralva, “Comentando o Evangelho”. O jornal Síntese era um quinzenário mineiro, sediado em Belo Horizonte, e tinha como diretor o Sr. Noraldino de Mello Castro, secretário Sr. Henrique Rodrigues, redator Rubens C. Romanelli e gerente Virgílio P. Almeida.

Leia todos os artigos de Martins Peralva publicados no JCBH 




Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | https://www.jornaldacidadebh.com.br/sociedade/13o-artigo-de-martins-peralva/
05/02/2020
 


Wan BrasilAC Portal
VINHA DE LUZ - SERVIÇO EDITORIAL LTDA.
Av. Álvares Cabral, 1777 - Sala 2006 - Santo Agostinho 30170-001 – Belo Horizonte – MG
Telefone: (31) 2531-3200 | 2531-3300 | 3517-1573 - CNPJ: 02.424.852/0001-31