Vinha de Luz
seja bem-vindo à nossa loja virtual!

REGISTRE-SE | LOGIN ( esqueci minha senha )

Notícia

23º artigo de Martins Peralva: “Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito”



ArtigoO Jornal da Cidade BH preparou lançamentos, periódicos, de artigos do escritor, expositor e articulista José Martins Peralva Sobrinho, ou simplesmente Martins Peralva, como era conhecido. Ele, que foi um dos grandes representantes do movimento espírita no Brasil, escreveu os seguintes livros: “Estudando a mediunidade”, “Estudando o Evangelho”, “O Pensamento de Emmanuel”, “Mediunidade e evolução”, editados pela Federação Espírita Brasileira (FEB), e “Mensageiros do bem”, editado pela UEM.

Os artigos que publicados no JCBH, fazem parte do livro “Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito”. Trata-se uma coletânea de textos disponibilizados nos jornais “O Luzeiro”, periódico de sua terra natal, Sergipe, “Síntese” e “Estado de Minas”, ambos de Minas Gerais, e na revista “Reformador” da FEB. Geraldo Lemos Neto, responsável pelo Vinha de Luz — Serviço Editorial, foi quem coletou o material com a família Peralva, para que a comunidade espírita tivesse a oportunidade de conhecer mais de perto Martins Peralva.

Leia todos os artigos de Martins Peralva publicados no JCBH 

A resposta do tempo…

Novembro | 1956

O conhecimento doutrinário do Espiritismo é tão necessário ao médium quanto o pedaço de pão a quem tem fome e o copo de água a quem tem sede. Médium sem Evangelho e sem Doutrina estará sempre defrontado pela ameaça da queda e do fracasso.

As mais belas florações mediúnicas e os mais poderosos recursos psíquicos podem atirar o seu possuidor nas ruas da amargura e da aflição, mais cedo ou mais tarde, se a sua alma não se prepara, convenientemente, para o bom desempenho de sua tarefa. Temos conhecido médiuns famosos que, por ausência de estudo e por nada desejarem com o Evangelho, apresentam hoje deplorável situação espiritual, ante as incongruências cometidas e que atentaram contra a lógica, o bom senso, a humildade e o desinteresse.

Temos ventilado até com certa insistência esse problema, com possibilidades, certamente, de não agradar aos que pensam não precisar o médium senão possuir a faculdade. O nosso objetivo é contribuir para que se consolide no espírito da maioria a certeza de que os médiuns não são, em absoluto, seres privilegiados, mas criaturas iguais a nós outros, portadoras das mesmas fragilidades, suscetíveis, portanto, de enveredarem, com facilidade, pelos tortuosos caminhos da invigilância.

Homem ou mulher, o médium é uma criatura comum: come e bebe água, trabalha normalmente e se veste, uma vez que tem compromissos tão inadiáveis e sagrados quanto os de qualquer pessoa. Na sua generalidade, a conta-corrente espiritual de quem reencarna trazendo dons mediúnicos apresenta sempre “saldo devedor”, pedindo reajuste e cobertura. A sua colaboração nos serviços do Espiritismo cristão tem de ser dada, portanto, “segundo a cota de tempo de que possa dispor, entre os labores sagrados do pão de cada dia e o cumprimento dos seus deveres familiares”, segundo o parecer de entidades respeitáveis e credenciadas a orientar. O serviço mediúnico jamais deve afastar o médium das sagradas obrigações de cada dia, seja ele homem ou mulher.

Jesus nos pede equilíbrio e sensatez. Nada de singularidades. O Espiritismo, como Cristianismo restaurado, defende também os mesmos salutares princípios. Esclarece Emmanuel que o médium que, muita vez de boa fé, se inclina ao não cumprimento de seus deveres,  no lar ou no trabalho, sob pretexto de servir a Doutrina,  pode “cair no declive das situações parasitárias ou do fanatismo religioso”. A maior bênção para o  médium será sempre o fiel cumprimento de suas obrigações, na vida pública ou particular. Estudar, sentir e praticar o Evangelho nas atividades da fé que nos enriquece o espírito e nos felicita a existência, sob o estandarte do Espiritismo cristão, é tão indispensável quanto a própria identificação com os renovadores princípios doutrinários. Evangelho e Doutrina são as forças que sustentam o médium nos labores santificantes de cada dia. Relegá-los a plano secundário será, mais cedo ou mais tarde, porta aberta aos mais lastimáveis deslizes, seguidos das mais dolorosas consequências. Quem duvidar dessa assertiva observe os médiuns e aguarde, calmamente, a resposta do tempo…

_________________

Fonte: PERALVA SOBRINHO, José Martins; PERALVA, Basílio (Org.). Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito. Belo Horizonte: Vinha de Luz Editora, 2009. p. 81-82.

Nota da Editora: Reformador, novembro de 1956, p. 248. Reformador é uma revista de divulgação da Doutrina Espírita, editada mensalmente pela Federação Espírita Brasileira (FEB). É uma das mais antigas publicações de seu gênero, em circulação no Brasil (desde 1883, no formato original de jornal). Com a fundação da FEB, em 1884, o periódico foi por ela incorporado, passando a ser o seu principal órgão de divulgação, voltado para a difusão de artigos doutrinários, fatos e trabalhos desenvolvidos pela entidade, assim como pelas entidades afiliadas em todo o país. In: . Acesso em: 12 nov 2009.




Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | Artigo postado "ipsis verbis" | In: https://www.jornaldacidadebh.com.br/sociedade/23o-artigo-de-martins-peralva/
17/07/2020
 


Wan BrasilAC Portal
VINHA DE LUZ - SERVIÇO EDITORIAL LTDA.
Av. Álvares Cabral, 1777 - Sala 2006 - Santo Agostinho 30170-001 – Belo Horizonte – MG
Telefone: (31) 2531-3200 | 2531-3300 | 3517-1573 - CNPJ: 02.424.852/0001-31