Fropo ganha destaque no Movimento Espírita a partir de quando ela contesta o modo como as instituições destinadas à continuação das obras doutrinárias de Allan Kardec estavam sendo administradas. Segundo ela, o principal líder e responsável pelo Espiritismo — Pierre-Gaëtan Leymarie — estava corrompendo suas funções, tanto materialmente, tomando proveito particular dos bens dos Kardec, quanto doutrinariamente, deturpando os conceitos espíritas em favor de outras correntes espiritualistas e místicas, notadamente o roustainguismo de Jean-Baptiste Roustaing e a teosofia de Madame Helena Blavatsky. De fato, Leymarie era o real mandatário da Revista Espírita, da Livraria Espírita e da Sociedade Anônima(criada para administrar os bens institucionais legados pelas obras de Kardec) e, no contexto apresentado por Fropo, havia tomado todas as providencias legais para afastar a influência da viúva Kardec das deliberações institucionais, bem como de todos os que se opusessem aos seus interesses — bem diferentes dos princípios espíritas, segundo Fropo.
Berthe Fropo, "Um pouco de luz" em O Espiritismo - outubro, 1883"
Por que essa evolução? O que se pretendia fazer, removendo o nome do fundador, o mestre que vocês diziam ser tão respeitado e tão venerado. Em nome de todos os meus irmãos de crença, venho pedir-lhe o motivo; essa evolução é muito grave para que não tenhamos a explicação."