25º artigo de Martins Peralva: “Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito” |
Artigo. O Jornal da Cidade BH preparou lançamentos, periódicos, de artigos do escritor, expositor e articulista José Martins Peralva Sobrinho, ou simplesmente Martins Peralva, como era conhecido. Ele, que foi um dos grandes representantes do movimento espírita no Brasil, escreveu os seguintes livros: “Estudando a mediunidade”, “Estudando o Evangelho”, “O Pensamento de Emmanuel”, “Mediunidade e evolução”, editados pela Federação Espírita Brasileira (FEB), e “Mensageiros do bem”, editado pela UEM. Os artigos que publicados no JCBH, fazem parte do livro “Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito”. Trata-se uma coletânea de textos disponibilizados nos jornais “O Luzeiro”, periódico de sua terra natal, Sergipe, “Síntese” e “Estado de Minas”, ambos de Minas Gerais, e na revista “Reformador” da FEB. Geraldo Lemos Neto, responsável pelo Vinha de Luz — Serviço Editorial, foi quem coletou o material com a família Peralva, para que a comunidade espírita tivesse a oportunidade de conhecer mais de perto Martins Peralva. Leia todos os artigos de Martins Peralva publicados no JCBH Na oração1957 “E quando chegou àquele lugar, disse-lhes: ‘Orai para que não entreis em tentação’.” — Lucas, 22: 40 A atitude do Mestre no Monte das Oliveiras encerra valioso ensino relacionado com a preparação de nossas almas ante os testemunhos redentores que nos aguardam. Foi nas aflitivas horas que precederam o Calvário, quando se preparava para o grande testemunho, que o Senhor advertiu os discípulos para os momentos difíceis, quando a oração surge, em nossa vida, por sublime força a sustentar-nos as almas. Ante a perspectiva do incompreendido momento de logo mais, o divino Senhor prepara o coração dos discípulos para a angústia das horas que viriam, quando os herdeiros da Boa Nova teriam que apresentar um coração varonil, capaz de superar os grandes perigos. Aquele que ora é candidato ao triunfo. O que esquece a oração, na insensata presunção de autossuficiência, é candidato à derrota. A oração sincera infunde ao espírito a serenidade e a paz. Aquela paz que somente o Cristo no-la pode dar. A paz que não é do mundo. A crucificação do Senhor constituiria, pois, o símbolo dos grandes problemas que afligiriam os legatários do Evangelho — problemas que permaneceriam através dos séculos: os milenários problemas relativos à harmonia e ao entendimento, à compreensão e à tolerância; as dificuldades íntimas, oriundas das nossas deficiências, e que se antepõem aos nossos anseios evolutivos, ameaçando reter-nos nos abismos de onde viemos. A oração sincera assegura-nos, indubitavelmente, a vitória final. É por isso que o Mestre, como se falasse à humanidade do porvir, aconselhava aos discípulos vacilantes: ”Orai para que não entreis em tentação”. Os benefícios da oração são imensos, inalienáveis. Eleva-nos, a prece, o tom vibratório favorecendo-nos o convívio espiritual com devotados instrutores. Expulsa de nossa “casa mental” as sombras das lutas diárias. Estimula-nos a confiança. Edifica-nos a fortaleza interior. Convoca-nos à humildade ante os desígnios da Soberana Vontade. Dá-nos serenidade e paz, alegria e bom ânimo. Suaviza-nos as dores pela compreensão da justiça divina. A oração sincera, além de constituir sublime traço de união entre a Terra e o céu, entre a sombra e a luz, entre o homem e Deus, é, também, divino alimento para os corações de boa vontade. Cultivemos, pois, entre as santas obrigações de cada dia, a necessidade da oração, a fim de que, construindo a nossa resistência interior, “não entremos em tentação”, consoante adverte o divino Amigo. _________________ Fonte: PERALVA SOBRINHO, José Martins; PERALVA, Basílio (Org.). Evangelho puro, puro Evangelho – Na direção do Infinito. Belo Horizonte: Vinha de Luz Editora, 2009. p. 85-86. Nota da Editora: Reformador, 1956, p. 10. Reformador é uma revista de divulgação da Doutrina Espírita, editada mensalmente pela Federação Espírita Brasileira (FEB). É uma das mais antigas publicações de seu gênero, em circulação no Brasil (desde 1883, no formato original de jornal). Com a fundação da FEB, em 1884, o periódico foi por ela incorporado, passando a ser o seu principal órgão de divulgação, voltado para a difusão de artigos doutrinários, fatos e trabalhos desenvolvidos pela entidade, assim como pelas entidades afiliadas em todo o país. In: <http://pt.wikipedia.org/wiki/ 13/08/2020 |
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