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Notícia

Vinha de Luz recebe e-mail sobre as obras "Sementeira de luz" e "Deus conosco" de Chico Xavier, que contêm dados históricos corroborados por livro do austríaco Stefan Zweig, "Brasil, país do futuro"


Esta semana, o editor do Vinha de Luz | Serviço Editorial recebeu por e-mail, de um confrade espírita de Brasília, o link para o e-book Brasil, país do futuro, de autoria de Stefan Zweig, escritor austríaco de ascendência judaica, que residiu no Brasil em 1941, época em que produziu a obra. O livro constitui não só um retrato do país como também uma interpretação do espírito brasileiro. Segundo José Maurício de Mello Brito, em seu e-mail a Geraldo Lemos Neto, Stefan Zweig "referencia a figura de Nóbrega de forma altamente positiva. Fala da objetividade do jesuíta, das suas lutas contra a forma selvagem que encontrou, os óbices... É muito interessante, visto que Emmanuel relata em "Trinta anos com Chico Xavier" tudo isso que o autor (...) narra". José Maurício ainda referencia as obras editadas pelo Vinha de Luz em 2006 e 2007, Sementeira de luz e Deus conosco, de Chico Xavier  — pelos espíritos Arthur Joviano e Emmanuel, respectivamente —,  que, comparativamente ao conteúdo do livro-documento Brasil, país do futuro, "ratificam a belíssima vida de Nóbrega/Emmanuel com as revelações.

A seguir, reproduzimos a apresentação e o prefácio da obra, disponibilizada integralmente no www.ebooksbrasil.org/eLibris/paisdofuturo.html, para deleite de todos. Vale a pena conferir!

APRESENTAÇÃO

Nélson Jahr Garcia
 
     “Brasil, país do futuro” é realmente uma obra; trabalho cuidadoso e preciso de quem soube observar, sentir, viver este país. Há pesquisa de gabinete, que se percebe na citação de dados e cifras. Há, também, a observação sensível de um intelectual respeitável. Tratado e, ao mesmo tempo, livro didático sobre História do Brasil. Relatos coerentes que, inclusive, desmitificam certas concepções ilógicas e incoerentes como, por exemplo, a de que o Brasil teria sido descoberto por uma casualidade, a tal da calmaria enfrentada por Cabral. As percepções sobre a realidade brasileira em nada se assemelha à de inúmeros viajantes estrangeiros que se limitaram a conhecer nosso país através de vista aérea, ou por detrás dos vidros de automóveis confortáveis. Stefan Zweig viu de perto, subiu morros das favelas cariocas, participou de festas na Bahia e Recife, andou por São Paulo. 
O livro é perfeito no que retrata o que o Brasil havia sido e era, mas precário em relação ao que seria. Mania de europeus, principalmente os de origem semita: prever errado. Marx previu revoluções na Inglaterra e Alemanha, que ocorreram na Rússia, China, Cuba, contrário do previsto. Stefan Zweig previu evolução tecnológica, fim das favelas, tudo diferente. 
Zweig colocou os óculos vermelhos de Kant e viu um Brasil róseo, viu beleza na miséria, riqueza no triste, alegria na dor. 
O único defeito da obra: eurocentrismo: ver o mundo a partir do padrão europeu. Os rios sinuosos são vistos como um problema, face ao traçado retilíneo dos rios da Europa. Montanhas, planícies, praias, mangues são considerados comparativamente a uma realidade que não é nossa. Foi essa mania que fez da África o único continente do mundo a ter fronteiras definidas por réguas; separaram tribos, ignoraram os limites geograficamente naturais e criaram problemas que não se sabe serão resolvidos algum dia. 
Ressalvada essa pequena restrição, o livro é ótimo. Não é uma historiazinha do Brasil recitando nomes e datas sem significado, há explicações econômicas, políticas, sociais e culturais que esclarecem nossa razão de ser. É o livro que sempre quis ler, li, li novamente e vou continuar a reler.

PREFÁCIO
 
     Não é isto apresentação, ou introdução, que, felizmente, o nosso público dispensaria, à fama mundial de Stefan Zweig: é um agradecimento. Foi ele nosso hóspede, aqui viveu algum tempo; foi da Bahia ao Amazonas, de Pernambuco a São Paulo, de Minas ao Rio Grande; demorou, porém, no Rio de Janeiro. É um namorado de nossa terra e de nossa gente. 
O Brasil é como as mulheres bonitas: têm apaixonados de toda a sorte, até os desinteressados. Não querem nada, nem um olhar, nem um sorriso, nada. Basta-lhes amar. Chamam a isso “namoro de caboclo”: até a namorada o ignora... Era assim o amor cavalheiresco. Goethe resumiu-o, numa frase: “Se te amo, que t’importa?” Zweig é assim. 
Seus livros são editados em seis e mais línguas, — alguns em dezoito! — às vezes em edições duplicadas: inglês para Inglaterra e Domínios e inglês para a América do Norte... Espanha e Íbero-América... Portugal e Brasil... É o escritor mais impresso, mais adquirido e mais lido do mundo: ensaios, biografias romanceadas, ficção pura. O autor é um encanto de convivência, de conversação, de simplicidade: ternura e poesia. Podendo estar, festejado, nos Estados Unidos, como Maurois, ou na Argentina, como Waldo Franck... aqui está, aqui esteve, sem ruído, no Brasil. Aqui, não foi ao Catete, nem ao Itamarati, nem às Embaixadas, nem à Academia, nem ao D.I.P., nem aos Jornais, nem aos Rádios, nem aos Hotéis-palaces... Andou, virou, passeou, viajou, viveu. Não quis nada, nem condecorações, nem festas, nem recepções, nem discursos... Não quis nada. 
A Bahia desejou ser vista por ele e convidou-o. Ficou comovido, mas pôs condição: nem ajuda de custo, nem hospedagem oferecidas, nem recepção, conferência, nada. Gostava do Brasil, gostaria da Bahia, não queria mais. Queria Ver, sentir, pensar escrever, livremente... De tudo, este livro, este grande livro, livro de amor presente e esperança futura que sai em imensas edições, na América, na Inglaterra, na Suécia, na Argentina, em francês e alemão também — seis de uma vez, a menor, a brasileira... É o mais “favorecido” dos retratos do Brasil. Nunca a propaganda interesseira, nacional ou estrangeira, disse tanto bem do nosso país, e o autor, por ele, não deseja nem um aperto de mão, nem um agradecimento.. Amor sem retribuição. Amor de caboclo supercivilizado: a namorada vai saber agora e ficará confusa de tanto bem querer. Ele, porém, já partiu.. Deixou apenas esta declaração. Declaração de envaidecer à formosura mais presumida. Os “pátriaamada”, os “ufanistas” ficarão de cara à banda, pois ninguém até hoje escreveu livro igual sobre o Brasil... O amor faz desses milagres. Se ele fosse político, ou diplomata, ou economista, ficar-se-ia perplexo; a explicação é só esta, Stefan Zweig é poeta: é hoje o maior poeta do mundo, poeta com ou sem versos, mas com poesia, sentida, vivida, escrita pelo mais suave prosador do mundo...

Afrânio Peixoto

Julho, 1941.

Bibliografia
Brasil, País do Futuro
 | Stefan Zweig


Edição: Ridendo Castigat Mores


Versão para eBook: eBooksBrasil.com


Fonte Digital: www.jahr.org


© Autor: Stefan Zweig | Tradução: Odilon Gallotti | Charge: SF Delfim Vieira


Edição eletrônica: Ed. Ridendo Castigat Mores (www.jahr.org)





28/08/2009
 


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