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Notícia

Notícias do Centenário


8º Conec
Semana e Congresso de Espiritismo do. Tema Central “As dimensões de Chico Xavier”
Circuito das Águas





Palestra com Wellington Gonçalves em homenagem a Chico Xavier | Nova Andradina, MS

11 de outubro é o dia da palestra com Wellington Gonçalves da cidade de São Gabriel D' Oeste.



Tema: Homenagem ao 100 anos de Chico Xavier.

Local: Centro Espírita André Luiz

Rua: José Heitor de Camargo, 534 - Nova Andradina - MS

Horario: 19:30h


Evento de Fechamento dos 100 anos Chico Xavier em Campinas, SP



FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER
Arquivo Geraldo Leão, Pedro Leopoldo, MG

COMUNIDADE "CASINHA" - AMIC FÉ E AMOR -  PARA AS CASAS DE CAMINHO IRMANADAS NO PROPÓSITO DE SERVIR (A GRANDE LIÇÃO DO MEDIANEIRO CHICO XAVIER)

DIAS 25, 26 E 27

LIVRARIA CULTURA - SHOPPING IGUATEMI DE CAMPINAS: AV. IGUATEMI, 777

COM A PRESENÇA DE:

TEREZINHA DE OLIVEIRA (CEAK - CAMPINAS) - ABERTURA - DIA 25

SAULO GOMES - PINGA FOGO - DIA 26

E O CONVIDADO DE HONRA:  FECHAMENTO - DIA 27

O FILHO DO CORAÇÃO, EURIPEDES HIGINO REIS (DE UBERABA - MINAS GERAIS)

HAVERÁ AUTÓGRAFOS DOS AUTORES

LANÇAMENTO DO LIBRETO: DIÁLOGO COM ALLAN KARDEC E CHICO XAVIER (PELA CÁRITA EDITORA ESPÍRITA - DO EDUCADOR, POETA E ESCRITOR SEVERINO ANTÔNIO) E UMA ORAÇÃO DE GRATIDÃO POR ESSA VIDA MISSIONÁRIA CRISTÃ: CHICO XAVIER, O HOMEM AMOR!


Homenagem Póstuma | “Um paladino da Educação Dr. Tomas Novelino”

Ismael Gobbo | Folha Espírita | Maio, 2000
 
Tomás Novelino é uma das personalidades da mais alta significação para o movimento espírita brasileiro, exemplo vivo de entendimento e prática do "amai-vos e instruí-vos", as máximas por excelência que o Evangelho sempre buscou nos ensinar. Sua existência terrena, quase centenária, é pontilhada por acontecimentos e experiências inolvidáveis, dignos de serem relembrados, festejados e seguidos. Aluno de Eurípedes Barsanulfo, o médico Tomás Novelino se notabilizou por fundar um dos mais tradicionais estabelecimentos de ensino do país, o "Educandário Pestalozzi", em Franca, onde, desde o início e de forma ininterrupta, são ministradas aulas de evangelização à luz do Espiritismo. Orador de grande projeção continua em plena forma, lúcido, emotivo, batalhador, com energia e entusiasmo de fazer inveja a menino. Não se furta a responder perguntas e o faz com muito gosto quando elas envolvem a figura impoluta do seu grande mestre Eurípedes Barsanulfo, a quem se refere com incontida veneração. Na visita que nos permitiu àquelas obras gigantescas, verdadeiros monumentos da cultura e da caridade, fez questão de nos acompanhar sala por sala, setor por setor, reduto por reduto; ao orquidário, que é uma homenagem ao colega Antenor Germano, um de seus melhores amigos, a quem se refere como "um nego levado à breca", que trabalhava com o "seo Eurípedes", e com o qual ia ao mato colher orquídeas. Exibiu-nos fotos de seu acervo, levou-nos ao enorme jatobazeiro, árvore bela que restou da antiga chácara onde está construída a escola; às jabuticabeiras que plantou com as próprias mãos e aos primorosos jardins forrados de rosa, margarida e amor-perfeito. Nesta entrevista, buscamos, ao lado de passagens de sua vida pessoal, sobejamente conhecida, oferecer uma visão do trabalho admirável que realiza em prol da educação que, ali, nunca deixou de ser norteada pelos princípios éticos e morais esposados pelo Espiritismo.


 
FE - Dr. Tomás, fale-nos um pouco do Sr. mesmo.

TN- Nasci em Delfinópolis, antiga Espírito Santo da Forquilha, um arraialzinho na beira da Serra da Canastra, no dia 6 de outubro de 1901. Como se vê, já caminho para 99 anos.
Meu pai, Tomás Novelino de Aquino, era filho de italianos e se casou com Auta Maria das Dores Novelino, minha mãe, lá mesmo em Delfinópolis. Tiveram quatro filhos: Natália, Alice, Nestor e eu. Fiz minhas primeiras letras com o mestre-escola Evaldo Duim e posteriormente com o Sr. Helvécio. Eu tinha sete anos de idade quando fiquei órfão de pai e mãe e sob a tutela do meu tio Jose Gonçalves Novelino, pai da prima Corina Novelino. Órfãos, fomos internados no Orfanato "Anália Franco", em São Paulo. Lá estivemos por cinco anos. Com doze anos, voltei para Delfinópolis, onde fiquei por mais dois. Em 1916, fui estudar com o Sr. Eurípedes Barsanulfo, em Sacramento, e lá permaneci até 1918, quando ele desencarnou. Naquele ano, fui internado no Colégio de Muzambinho, em Minas Gerais, que era chamada de "Atenas brasileira", porque seus certificados tinham validade para a banca do Colégio D.Pedro II, do Rio de Janeiro. Tirei lá os preparatórios de Medicina. De 1919 para 1920, me matriculei na Faculdade de Medicina da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, onde fiquei por sete anos. Formei-me em 1928 e vim para o interior e, em Ibiraci, comecei a exercer a profissão de médico. Lá, fiquei por quatro a cinco meses, de onde me transferi para Monte Santo de Minas, onde moravam minhas duas irmãs, que eram casadas com ricos fazendeiros de café. Em 1934, vim para Franca, onde permaneço até hoje. Casei-me, no dia 24 de junho de 1936, com a professora Maria Aparecida Rebelo Novelino, que residia em Ribeirão Preto. Tivemos seis filhos: Eneida, que é medica em Ribeirão Preto; Icléia, que é solteira, e mora comigo; Alcione, que exerce a medicina em São Paulo; Cleber, que é médico aqui em Franca e responde como vice-diretor da Fundação Pestalozzi; Climene, a caçula, falecida há pouco e que era a diretora do educandário, e Jesiel.
 
FE- Como profissional de medicina, em que áreas o Sr. atuou?

TN- No início, cliniquei em Ibiraci e Monte Santo. Em Franca, exerci a medicina como cirurgião, parteiro e clínico-geral. Atendi na Casa de Saúde "Allan Kardec"; na Santa Casa de Misericórdia, onde fui diretor clínico por muitos anos, e lecionei Medicina Legal na Faculdade de Direito.
 
FE- Quando o Sr. entrou para a Faculdade de Medicina, já conhecia o Espiritismo, do Orfanato Anália Franco e do convívio com Eurípedes Barsanulfo. Como era encarado o Espiritismo no meio Acadêmico daquela época?

TN- Na Escola de Medicina do Rio de Janeiro estavam reunidos os maiores sábios do país. Ser professor lá era uma distinção da qual eles tinham muito orgulho. Infelizmente, faziam questão de se declarar materialistas, o que muito me entristecia. Quando davam as lições no anfiteatro, eu me lembro que o professor de fisiologia, Oscar de Souza, descrevendo o cérebro, circunvoluções cerebrais, corpo caloso, tubérculo, neurônios, etc, arrematava dizendo: "Olha, meus amigos, olha, meus estudantes, não há necessidade de nenhum espírito para explicar essas coisas..." Tinha um outro, Luiz da Silva Santos, o maior anatomista do Brasil, que dissecando o cadáver com a luva de borracha, fumando numa piteira de madeira, com as mãos engraxadas de gordura, aquelas tripas e fígado à mostra, manejando o bisturi, ia dizendo: "Vejam, procurando aqui, não encontrei nenhuma alma, nenhum espírito..." Eles faziam apologia do materialismo, impregnando os estudantes de idéias materialistas. Me lembro de alguns colegas que ficavam reunidos em um bar lá do centro, tomando chope, que, com vaidade e orgulho, proclamavam: "Nós somos materialistas...". E eu, que já tinha estudado com "seo Euripedes", ouvindo tudo aquilo saía lá fora e ficava a perguntar: "Mas será possível tudo isso, meu Deus?" E me fixando em Eurípedes, a resposta logo brotava e eu dizia para mim mesmo: "Não, tudo o que ele ensinou foi a pura verdade, ele nunca mentia, nem por brincadeira..." Felizmente, hoje já não há aquela tomada de posição contrária aos espíritas como ocorria antigamente. No caso dos médicos espíritas, estão podendo trabalhar sem embaraços e com tranquilidade.
 
FE- O Sr. sempre se refere ao Dr. Miguel Couto como um grande exemplo de luta pela educação.

TN- O Professor Miguel Couto era um ídolo no Rio de Janeiro, um coração bondoso e, a bem da verdade, até amigo dos espíritas. No ano em que eu saí da Escola, ele fez uma palestra no Rio de Janeiro, na qual a afluência de público foi espantosa para ver e ouvir aquele expoente da medicina. O tema era sobre educação, e ele afirmava: "No Brasil só existe um problema: a educação do povo". Iniciou a palestra falando que no norte da Europa havia um convento em que os monges se cumprimentavam pela manhã proferindo as seguintes palavras: "Pensai na morte, irmãos". E o Professor Miguel Couto, parodiando-os, sentenciava: "Pensai na educação, brasileiros...". Essa postura do Dr. Miguel Couto, extremamente preocupado com a educação, me marcou profundamente.
 
FE- O Sr. acredita que os princípios esposados pelo Espiritismo poderão, de alguma forma, trazer contribuições para a Medicina?

TN- A Medicina auferirá um lucro espantoso para o seu conteúdo de conhecimentos através do Espiritismo, porque entrará em outro campo de ação. Ela, a medicina, tem se preocupado quase que exclusivamente com o campo material, sem dar a atenção devida àquelas problemáticas de ordem espiritual. O conhecimento dos fluidos, os benefícios do passe e o domínio da técnica de tratamento de doentes em provação espiritual são recursos poderosos que, com o tempo, a Medicina obrigatoriamente terá que se ajustar.
 
FE- O Sr. é visto como um paladino da educação aqui em Franca. Como se iniciou esse enorme complexo educacional que é a Fundação Educandário Pestalozzi?

TN- Quando me casei, a minha companheira era formada professora e já tinha essa idéia que também era a minha. E esse ideal ganhou corpo quando nos deparamos com a intolerância religiosa, aqui em Franca, envolvendo alguns estudantes espíritas de Rifaina. Na cidade, havia o tal Alburitel, que depois de sair do seminário, fundou uma escola no centro da cidade, num sobrado, que tinha retratos de santos por toda parte. E ele queria, a todo custo, submeter aqueles estudantes espíritas aos ensinos religiosos da igreja católica, que ali na sua escola eram obrigatórios. Então, se levantou em defesa daqueles estudantes a Maçonaria, que se associou a nós. Fundamos, no dia 1º de agosto de 1944, uma escolinha onde funcionavam os cursos pré-primário, alfabetização de adultos e admissão ao antigo ginásio. Quando começamos, o bispo de Ribeirão Preto baixou uma ordem, cujos termos diziam que todo católico que pusesse os pés na nossa escola seria excomungado. O texto foi lido na igreja pelo Padre Faleiros, que, embora pedisse desculpas, se dizia obrigado a cumprir a pastoral do bispo que trazia a determinação para excomungar quem freqüentasse a Escola Pestalozzi. De lá, nós passamos para uma casa própria, porque aquela era alugada e então começamos a crescer. A Fundação propriamente dita foi criada no dia 20 de maio de 1945.
 
FE - Hoje, como ela está estruturada?

TN- As Escolas Pestalozzi estão funcionando em três unidades. No prédio mais antigo, a Unidade I, com 1800 alunos, 70 funcionários e 120 professores, são ministrados cursos de Educação Infantil, Ensino Fundamental da 1ª à 8ª séries, Ensino Médio e Cursos Profissionalizantes para Magistério e Contabilidade. Na unidade II, instalada em um prédio mais moderno, com nove pavilhões, além do curso ginasial da 5ª à 8ª séries, temos um lar-escola, em regime de semi-internato, com 255 crianças que recebem tudo gratuitamente desde o jardim até a 8ª série, pelas mãos de 30 funcionários e 37 professores. Outra atividade que desenvolvemos é o Conservatório, instalado no prédio da antiga fábrica de calçados "Pestalozzi", onde temos cursos de piano, violão, teclado, flauta, percussão e alguns outros.
 
FE- Sentimos que o Sr. tem um carinho muito especial pelo lar-escola.

TN -Sim, essas 255 crianças nós vamos buscar em suas casas todos os dias pela manhã. Elas chegam, tiram a roupinha de casa e vestem a de recreio, aqui mesmo. Depois do almoço, vestem o uniforme da sala de aula. Aqui, elas escovam os dentes e têm tratamento médico e dentário. À tarde, depois do jantar, tiram a roupinha da escola e vestem a de casa, para onde regressam. Eu as acompanho todos os dias nas viagens de ônibus da nossa instituição.
 
FE- A arquitetura colonial da Unidade I impressiona o visitante.

TN- Alguém, vendo esse prédio, disse: "Mas isso parece um castelo ! ". Realmente, dá uma idéia de castelo. Quando comemoraram os duzentos e cinqüenta anos de nascimento de Pestalozzi, vieram nos buscar para sermos homenageados na Suíça. E fazíamos questão de conhecer o castelo onde Pestalozzi atuou e constatamos que havia um pátio que era igual a este, embora sua construção fosse mais pesada, com aqueles blocos de granito e um reboque com forte coloração amarronzada.
 
FE- Quanto ao funcionamento, o educandário segue a linha daquele do Professor Pestalozzi?

TN- Foi justamente esse o motivo de nossa ida à Suíça, no ano de 1996, para recebermos a homenagem a que nos referimos. A nossa escola foi considerada, dentre as muitas existentes no mundo, uma daquelas que mais se aproxima do modelo idealizado pelo grande educador Pestalozzi, que foi o mestre do nosso querido Allan Kardec.
 
FE- O mestre Eurípedes Barsanulfo influenciou o trabalho do Sr.?

TN - Tudo eu aprendi com ele, pois a instrução de Eurípedes foi completa. Como sempre digo, lá passei os três anos mais felizes da minha vida.
 
FE- Nas Escolas Pestalozzi, existem aulas de espiritismo como aquelas que o Sr. recebeu lá no colégio de Eurípedes Barsanulfo?

TN- Aqui, nós temos o ensino religioso baseado nos postulados da doutrina espírita, embora a escola tenha alunos que professam outras religiões e para os quais não fazemos qualquer tipo de restrição. O nosso trabalho é balizado pela ética e moral da doutrina espírita, e todos sabem disso. No momento da matrícula, os pais fazem a opção por escrito se querem ou não que os filhos assistam as aulas de evangelização que fazem parte da grade curricular, com dia e horário estabelecido, tratada como uma atividade, sem atribuição de nota. E o interessante é que, no decorrer do ano, muitos alunos não espíritas buscam a direção da escola pedindo para freqüentar as aulas de evangelização, o que permitimos depois de se ouvir e obter autorização dos seus pais, providência necessária para demonstrar que aqui não se exerce qualquer tipo de coerção religiosa. Essas aulas de evangelização são muito valorizadas pelas crianças, que normalmente não faltam e participam com muito interesse.
 
FE- E quem é que ministra as aulas de evangelização?

TN- São evangelizadores espíritas provenientes dos Centros Espíritas da cidade, aliás, este é o único trabalho voluntário existente na instituição. Normalmente, são pessoas ligadas à escola por alguma razão, pais de alunos, membros da própria diretoria; todos comparecem voluntariamente com muita dedicação e carinho. As aulas de evangelização são dadas uma vez por semana, sendo para as crianças do pré até a 4ª série, às quintas-feiras, das 13h às 14h e para as crianças do colegial e da 5ª à 8ª séries, às quartas-feiras, pela manhã, das 7h: 10min às 8h. No lar-escola, que abriga crianças carentes que ficam o dia todo sob nossa responsabilidade, todas assistem às aulas de evangelização, porque, ao admiti-las, assumimos por uma delegação de seus pais também as formações religiosas delas.
 
FE - Para finalizar, de quais outras atividades doutrinárias o Sr. participa?

TN- Colaboramos no trabalho de evangelização das crianças e jovens; temos atendido convites para proferir palestras; às quartas-feiras realizamos reunião pública aqui no Salão Nobre e, às quintas-feiras, também em sala da escola, temos uma reunião mediúnica.


Site com muitas informações sobre dependência química e Espiritismo

Neste final de semana Nelson Mendes fez nova atualização em seu site www.palestras.diversas.com.br, no qual foram colocados mais de 400 itens sobre dependência quimica, Espiritismo e mensagens diversas. Todos os materiais postados são muito legais. Aproveita e divulga o seu livro Drogas e espiritualidade, que se encontra à venda nos sites www.clubedeautores.com.br e www.agbook.com.br. Ele faz um convite a todos para o VI Encontro de Valorização da Vida, a ser realizado na IAM no dia 16 de outubro, das 13h00 às 16h45.






Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz Editora | Ismael Gobbo | Em e-mais de Erika Silveira, URE/Nova Andradina, Ezio Amaral e Otavio Cunha
07/10/2010
 


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