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Notícia

"Gato por lebre" — Um texto de Weimar Muniz sobre o livro espírita, na data em que se comemora o seu dia


(...)

O dia 18 do mês de abril é tido como o Dia do Livro Infantil e, também, por feliz coincidência, o Dia do Livro Espírita.

No último 18 de abril, O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, base do edifício doutrinário, completou 144 anos de existência.*

Torna-se oportuno, pois, uma reflexão sobre o livro.

O livro, o bom livro, tem sido, desde Gutemberg, a maior fonte de conhecimento, de cultura.

Não obstante a grande contribuição da informática, em todos os níveis (cinema, televisão, computador, etc.), o bom livro continua sendo o ás da informação, da disseminação de conhecimento.

Daí a enorme responsabilidade do escritor.

No que diz respeito ao livro espírita, diz-se que tem vindo a lume uma verdadeira avalanche de livros de má qualidade, repetitivos, fracos de conteúdo e pobres de forma.

Não há dúvida de que tem sido assim mesmo.

Porém, nada se pode fazer para estancar tais fontes, de vez que a liberdade de pensamento e de opinião é uma das garantias inscritas em nossa Carta Constitucional.

Só resta um meio para, pouco a pouco, solucionar, ou amenizar, pelo menos, esse grave problema: a conquista de conhecimento básico da Doutrina Espírita, que somente se adquire através do estudo do pentateuco kardequiano.**

À medida que o leitor for se inteirando dessas bases, irá adquirindo condições de selecionar suas leituras, sendo o censor de si mesmo, liquidando o risco, com o tempo, de tomar gato por lebre.

A respeito dessa importante questão, a Dra. Marlene Rossi Severino Nobre, da Associação Médico-Espírita do Brasil e diretora da Folha Espírita, de São Paulo, fez a seguinte pergunta ao Chico [Xavier]:
 
"Têm surgido muitas obras no movimento editorial espírita, de cunho psicográfico, que não são de boa qualidade e às vezes até conflitantes com determinados ensinamentos. Não há nada que se possa fazer?
 
Eis a resposta:
 
"Não, porque eu acho que isso é um mercado. Cada lavrador leva ao mercado a produção que ele consegue obter da terra! Agora, o consumidor é que vai dizer, não é mesmo?"

(...)
 

________________

Notas de Fernando Peron (março de 2011): * A referida obra foi lançada em 2001, quando, de fato, completava-se 144 anos do lançamento de O Livro dos Espíritos - ocorrido, portanto, em 1857 (Paris, França). ** São consideradas o pentateuco kardequiano as cinco principais obras de Allan Kardec: 1. O Livro dos Espíritos; 2. O Livro dos Médiuns; 3. O Evangelho Segundo o Espiritismo; 4. O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo e 5. A Gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo.


Do livro: O apóstolo do século XX – Chico Xavier | Weimar Muniz de Oliveira | Feego | 2010 | Enviado por Fernando Peron | Projeto Saber e Mudar
18/04/2011
 


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