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Notícia

Entrevista com Eurípedes Higino dos Reis – Filho adotivo de Chico Xavier


1 – Eurípedes, como tem sido para você estes mais de sete anos sem a presença física de Chico Xavier, com quem, desde criança, você conviveu diariamente?

Eurípedes: De muita saudade do amigo, companheiro e pai, que no dia-a-dia me passava exemplos de vida que jamais o tempo vai deixar esquecer. Tenho certeza de que todos quantos tiveram o prazer de conhecer Chico Xavier têm saudade e quantos não o conheceram pessoalmente chegam dizendo: “Que pena não ter pelo menos tocado em suas mãos!”

2 – Para você, qual o traço mais marcante da personalidade de Chico Xavier? Como ele era na intimidade?

Eurípedes: O trabalho constante. Para Chico Xavier, o dia era sempre pequeno. A tarefa com os bons espíritos e com o povo era algo que ele cumpria com prazer. Na intimidade, alegre, conquanto as dificuldades que sabia superar e continuar na fé que abraçou de corpo e alma.

3 – Fale-nos de uma lição ou de um ensinamento que, transmitido por ele, seja inesquecível para você.

Eurípedes: Falava sempre de suas preocupações com o mundo e com a tecnologia que ia avançando e, aparentemente, dominando o planeta – através das guerras ou serviço de informações, facilitando o poderio das grandes nações. Mas dizia que, um dia, os asiáticos teriam de se abraçar, os europeus da mesma maneira e, inclusive, nós, americanos. Não seria por força das guerras, mas, sim, por problemas financeiros. Todos iriam se ajudar para se manterem de pé. No ano passado, assistimos à grande crise no mundo, que está se arrastando até os dias atuais. Todos teriam experiências e maturidade para seu povo.  Ele afirmava que o Brasil não sofreria tanto e descobriria muito petróleo nessa época. Está aí o Pré-Sal, a enriquecer mais o país!

4 – Como o Chico via o Espiritismo e o movimento espírita?

Eurípedes: Chico Xavier sempre dizia que a Doutrina Espírita iria seguir seu curso providencial em favor da humanidade. Com todo o respeito aos intelectuais da mesma, ela nasceu livre, do povo para o povo, com Jesus, o único chefe que conhecia. Vemos que a reencarnação é estudada hoje pelos homens de ciência, filosofia e diversas religiosidades. Mediunidade não é privilégio dos espíritas, como dizia Chico Xavier. A reencarnação está em todas as culturas, ela apenas foi incomparavelmente estudada e desenvolvida por Allan Kardec. Depois, em 1910, chega a Pedro Leopoldo Chico Xavier, cristianizando a Doutrina, para entendimento de todos, estudiosos ou não. Notamos que mais de 70% das pessoas que procuravam o amigo, o conselheiro, o médium, o orientador para as suas dores nem espíritas eram!

5 – É verdade que, certa vez, ele lhe revelou ser a reencarnação de Allan Kardec?

Eurípedes: Realmente, não somente a mim, como a vários companheiros que frequentavam nossa casa no dia-a-dia, ou periodicamente, como Neusa Barsanulfo Arantes, Adelino da Silveira e outros. Sem dúvida, a mim mais ainda, porque estávamos ali e o querido Chico gostava de conversar e participar conosco sua vida. Principalmente, se tornou mais necessário quando alguém poderia dizer que Kardec era ele... Aí não teve como continuar em silêncio. Apesar de sempre afirmar que não era líder desta abençoada Doutrina e que nunca passou de um “cisco”. Dizia que, mais tarde, poderíamos falar sobre o assunto.

6 – Como vai indo o Grupo Espírita da Prece e o trabalho assistencial que, aos sábados, à tarde, você continua mantendo na periferia? Quantas famílias são assistidas?

Eurípedes: O Grupo Espírita da Prece passou a denominar-se de Grupo Espírita da Prece de Chico Xavier, após a desencarnação do nosso querido Chico, em homenagem a ele. Continuamos com as nossas tarefas de sábado, às 19:30 horas, e os trabalhos assistenciais na Av. João XXIII, 2.246/2.258, às quintas-feiras, às 17:30 horas, com o jantar aos irmãos carentes no Refeitório Amigos Anônimos de Chico Xavier e, aos sábados, às 14:00 horas, distribuição de gêneros, frangos, pães, enxovais para gestantes, leite e, uma vez por mês, distribuição de cestas básicas. Todo o trabalho é voluntário, mas estamos como aquele compositor que, homenageando seu querido pai, compôs: “Naquela mesa está faltando ele...”

7 – Quais as suas expectativas para a celebração do centenário de Chico, que o Brasil espírita comemorará em 2010?

Eurípedes: As comemorações ao centenário deverão estender-se por todo o país. Filmes, documentários, encontros, selo postal, homenagens efetuadas, inclusive, por homens públicos, em todo o Brasil. Chico merece tudo isso e muito mais, como o maior amigo de Jesus que pudemos conhecer. Exemplo de vida em favor não somente da Doutrina Espírita, mas do Cristianismo e de toda a humanidade. Vários livros devem ser publicados homenageando Chico Xavier.


 Fonte: Jornal da Mediunidade | Informativo Novembro/Dezembro 2009 | Enviado por Geraldo Lemos Neto
30/11/2009
 


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