Depois de insistente e árdua pesquisa sobre os perfis de Allan Kardec (5ª Parte) e de Chico Xavier (6ª Parte), na busca de vestígios e indícios, e mesmo de provas que nos convençam de que, de fato, Allan Kardec voltara à Terra na personalidade de Chico Xavier, não remanesce dúvida a respeito, resultando na publicação do meu livro “A volta de Allan Kardec” (Ed. Feego, 2008), já em 3ª edição. Antes da publicação do trabalho, o assunto aparecia esparso, aqui e ali, inclusive nos excelentes livros de Adelino da Silveira (“Kardec prossegue” – CEU – 3ª edição) e deCarlos A. Baccelli (“A reencarnação de Allan Kardec” – Livraria Espírita Edições “Pedro e Paulo”, Uberaba, MG), sem, no entanto, ter a faculdade de convencer a gregos e troianos.Comigo, que nem me preocupava com o assunto e que, à época, se perguntado, é bem possível que me posicionasse contra a tese, começaram a acontecer determinados fenômenos que, dadas as coincidências entre eles, acabei por me lançar à pesquisa e análise da intrigante questão.A pesquisa foi das mais intensas e trabalhosas, em mais de setenta obras. Revendo a literatura espírita, no que ela tem de mais expressivo sobre o tema, a partir das obras básicas e complementares, incluindo nessas a obra psicográfica de Francisco Cândido Xavier, os clássicos do Espiritismo e outros autores consagrados, encarnados e desencarnados, fui avançando na pesquisa.Os três fenômenos, inusitados, em ordem sucessiva, constam da 2ª parte do livro.O primeiro fenômeno ocorreu em Los Angeles (EUA), numa noite de 1996, no momento em que eu proferia uma palestra no Centro Espírita Eurípedes Barsanulfo. O segundo fenômeno, confirmando o primeiro, aconteceu três anos depois, em Uberaba, MG, inusitadamente, na Grupo Espírita da Prece, então dirigido por Chico Xavier. Esses fenômenos e as três mensagens constam da 1ª parte, com datas próprias e sucessivas.A terceira dessas três mensagens fora recebida pelo mesmo médium das duas primeiras, Antônio Baduy Filho, à mesa e no momento em que eu proferia a palestra de instalação da reunião pública da Semana do Livro Espírita, em Ituiutaba, MG, em 16/04/2004.E, por inexplicável acaso, a quarta mensagem, que foi objeto de um artigo nesse nobre Diário da Manhã, de 22/03/2009, sob o título de “Nova mensagem confirma a volta de Allan Kardec”, foi recebida de Hilário Silva, pelo mesmo médium, também em Ituiutaba, por ocasião da 45ª Confraternização de Madurezas e Mocidades Espíritas do Triângulo Mineiro (Commetrim ), no dia 31/10/2008, enquanto eu, representando a Feego, participava da mesa diretora daquele evento.Como se vê, as aparentes coincidências se multiplicaram. Muitas outras não serão aqui relatadas por exiguidade de espaço.Além da pesquisa, o trabalho compõe-se de dezesseis entrevistas dos espíritas mais comprometidos com o Espiritismo, no Brasil e no exterior (3ª Parte), e de dez depoimentos, também de companheiros de elevado estofo moral e doutrinário (4ª Parte).São muitos os argumentos. Mas eu gostaria de destacar um dentre os inúmeros que suscitam forte convicção, relacionado à publicação do livro “Kardec prossegue”, de Adelino da Silveira.O livro, depois de marchas e contramarchas, acabou sendo publicado, por ordem de Emmanuel a Chico Xavier. Depois de publicado, o autor enviou para o Chico dezenas de exemplares e o Chico, sem embargo de sua inegável humildade, enviou um exemplar do mesmo a diversos dos seus mais íntimos amigos e um deles era Geraldo Lemos Neto, de Belo Horizonte. O primeiro exemplar enviado por Chico a Geraldo Lemos recebeu o seguinte autógrafo:Em frente, Geraldo Lemos, ou Geraldinho, como gostava Chico de chamá-lo, faz-me a oferta do autógrafo, em fotocópia, da página correspondente de seu primeiro exemplar, ofertado por Chico, de “Kardec prossegue”, o que representa presunção da veracidade do fato: Informa, ainda, Geraldinho, que, indo a Uberaba dois meses depois, em visita a Chico Xavier, este perguntou-lhe qual a sua opinião sobre o livro, tendo Geraldinho respondido: – Chico, acho que é a expressão da verdade! Conta Geraldo Lemos que, diante da pergunta de Chico, julgou-se ele no direito de também lhe perguntar qual era a opinião dele: – E o senhor, Chico, o que é que o me diz sobre isso?Foi então que Chico respondeu: “É uma coisa muito curiosa esse fato, Geraldinho, porque desde quando eu tinha 5 anos de idade, na minha meninice em Pedro Leopoldo, eu guardo as páginas do 'Evangelho segundo o Espiritismo' integralmente na memória!”Em seguida, depois de ambos chorarem, bastante emocionados, Chico vai ao seu quarto, pega mais um exemplar de “Kardec prossegue” e faz outra dedicatória a Geraldinho Lemos, nos seguintes termos: Esse autógrafo, Geraldinho assim mo dedicou: A prova escandida, que abona a tese proposta, é gigantesca, irrespondível. Basta que se lembre de que quem compôs “O Evangelho segundo o Espiritismo” foi Allan Kardec, em seguida à publicação de “O Livro dos Médiuns”, retirando dos quatro evangelistas os textos mais importantes e incontroversos quanto à moral, desenvolvendo-os, com elevado senso crítico e peregrina sensibilidade. É natural, assim, que tenha retido na memória perispiritual o trabalho, de tanta responsabilidade, e que tanta alegria lhe deve ter proporcionado. Weimar Muniz de OliveiraGoiânia,10/06/2009.(O autor, magistrado aposentado, é presidente do Lar de Jesus, vice-presidente da Associação Brasileira dos Magistrados Espíritas e diretor da Feego.) Do jornal Diário da Manhã | Goiânia | (s.d.t.) | Enviado por Geraldo Lemos Neto | Vinha de Luz - Serviço Editorial
08/12/2009
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