Naquela noite ansiada
Em meio a tantos festejos,
Sentado, mirando a lua,
Faria os meus desejos:
Rogaria que caísse do alto
Uma lâmpada encantada,
Para atender a todos,
Do velho à meninada.
Que a criança solitária,
Na dor do seu leito,
Encontrasse ombro amigo
A recolhê-la no peito.
E ao menino levado
Que desconhece o sossego,
Um coração paciente
Que lhe seja aconchego.
E ao órfão e abandonado
Sem roupa ou sem mingau
Uma alma bondosa,
Com toque maternal.
E ao jovem em transtorno,
Que na vida está drogado,
O amparo paternal
Que esteja ao seu lado
E ao que se sente
Sem caminho e companhia,
Alguém que seja forte
A irradiar-lhe alegria.
E para a mãe que chora
A perda do seu filhinho,
Uma palavra de consolo
E um gesto de carinho.
E para o pai, que doente,
Trabalha para todo o sustento,
A força da verdade,
Que se faça seu alento.
E ao casal que briga
Diante de qualquer besteira,
O conhecimento da paz
Na fé verdadeira.
E ao velho acabrunhado
Na dor da solidão,
A presença de um novo amigo,
Que se faça seu irmão.
E a todos que campeiam
Sentindo-se famintos de amor,
A mostra real e sincera
Da força do Criador.
E assim eu pediria
Para que a Terra fosse visitada
Por uma luz maior
A iluminar a caminhada.
Ou melhor, só pediria
Que se retornasse a lembrança
Do jovem e do adulto
Do velho e da criança.
Da presença bendita
Daquele que venceu a cruz
E pudessem viver na alma
A presença de Jesus.
E assim no Novo Ano
Reinaria novo momento,
Onde cada gesto de ajuda
Se transformasse em alimento
Para que cada criatura,
Diante da necessidade,
Abrisse o coração
Para a ação da caridade.
E no consolo mútuo
Na ajuda que satisfaz
O mundo se faria morada
Da felicidade e da paz.
Um ex-paciente
Mensagem psicografada em 5 de dezembro de 2011, em reunião no Hospital Espírita André Luiz, pelo médium Roberto Lúcio.