O Natal de Jesus é sempre uma sugestão, suave e doce, generosa e fraterna, à solidariedade humana.
A impressão que se tem, à medida que se aproximam os dias natalinos,
quando a figura do Guia Supremo da humanidade é lembrada com mais
intensidade, é de que uma aura de suavidade e paz começa a envolver a
Terra, fazendo com que os corações menos sensíveis despertem para o
impositivo de confraternizar, de ajudar, de alegrar o companheiro de
jornada evolutiva.
Entendemos
assim que, à proporção que formos, no curso do tempo, espiritualizando
ideais e aspirações, todos os dias do ano, de janeiro a dezembro, serão
permanente e venturoso Natal de alegria, paz e trabalho, em favor do
próximo. Durante
o Natal, nossas mãos se abrem, nossos corações se alargam, nossos
impulsos de afetividade se acrisolam, em homenagem ao Pastor divino.
O Natal, com a magia de sempre, sugere atividades beneficentes,
encontros cordiais, atitudes fraternas, exaltando a imarcessível glória
do seu perene Inspirador.
O entusiasmo suscitado na época do Natal existirá, de forma permanente,
quando pudermos vivenciar, dia a dia, o amor preconizado pelo celeste
Emissário. O
Natal de 25 de dezembro, embora festejado sob as mais belas
inspirações, não é tudo, embora seja muito para que possamos suavizar as
agruras de um ano inteiro de lutas as mais diversas. É necessário que
cada um de nós, individualmente ou em comunidade, movimente-se no
sentido de renová-lo todos os dias, dentro de nós mesmos, a fim de que
possamos oferecer, sempre, algo em compreensão e amor, de janeiro a
dezembro, para que haja alegria e esperança, entendimento e paz nos
lares e coletividades.
Pela
bondade que inspira, observa-se oportuna conotação entre o que fazemos,
nos dias natalinos, e o que devíamos fazer durante os 365 dias do
calendário terrestre, mesmo porque Deus não nos dotou de mãos e não nos
enriqueceu de sentimentos para uso, apenas, em alguns dias da nossa
vida.
Martins Peralva Jornal Estado de Minas | 16 de dezembro de 1981
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Do livro "Evangelho Puro, Puro Evangelho – Na Direção do Infinito" | Martins Peralva | Organização de Basílio Peralva | Vinha de Luz Editora
Enviado por Fernando Peron | Projeto Saber e Mudar | 16 de dezembro de 2011
26/12/2011
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